domingo, 21 de fevereiro de 2016

Com o tema da Mobilidade, o MDT manteve-se presente em ações desencadeadas pelo Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU)


A exemplo de anos anteriores, em 2015, o MDT participou de praticamente todas as reuniões da coordenação, encontros e ações organizados pelo Fórum Nacional da Reforma Urbana. As Organizações Nacionais dos Movimentos Populares têm representantes do Secretariado do MDT; são elas: União Nacional de Moradia Popular (UNMP), Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM), Central de Movimentos Populares (CMP).; Fórum Nacional da Reforma Urbana. No mês de abril, representado por seu coordenador nacional, Nazareno Affonso, o MDT participou em Belém, no Pará, da Reunião de Coordenação do Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU) sobre o Plano de Ação para 2015. O encontro reuniu membros de entidades atuantes no FNRU, entre as quais representantes de organizações que integram o Secretariado do MDT: União Nacional de Moradia Popular (UNMP), Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM), Central de Movimentos Populares (CMP), e Ubiratan Félix, presidente do Sindicato dos Engenheiros da Bahia.
Em maio, desenvolvendo o tema Direitos e deveres na Lei da Mobilidade Urbana, o coordenador do MDT, fez uma palestra II Encontro Estadual do Fórum de Reforma Urbana da Paraíba, na capital daquele Estado, João Pessoa. Ele utilizou a maior parte da exposição para destacar as conquistas de direitos sociais com a entrada em vigor da Lei 12.587/12 (Lei de Mobilidade Urbana). E chamou a atenção para os direitos conquistados com a lei, referentes à democratização das vias, modicidade das tarifas, acessibilidade, controle social sobre os serviços de transporte, restrição ao uso de automóveis e motos e a exigência de plano de mobilidade.
Em julho, na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, Nazareno Affonso apresentou pontos das ações do MDT que contaram com a participação e a parceria do FNRU. Entre outras informações, ele relatou que estavam em fase final de preparação o livro Mobilidade e Inclusão Social – Novas Conquistas e a cartilha em quadrinhos intitulada A rua é nossa e não dos carros – Conquistando direitos com a Lei da Mobilidade – Lei 12.587/12, ambas elaboradas pelo MDT por meio de parceria com o Fórum Nacional da Reforma Urbana, o Instituto Brasileiro de Direito Urbano (IBDU) e a Fundação Ford, e que foram oficialmente lançadas no final do ano.
No mês de setembro de 2015, em Curitiba, Paraná, durante nova reunião de Coordenação do FNRU, a oficina do MDT sobre o tema ‘Conjuntura e perspectiva da Mobilidade Urbana do Brasil’, como uma das Oficinas do projeto ‘Fortalecendo o Direito Urbanístico e a Mobilidade Urbana para a Efetivação do Direito à Cidade’ conduzido pelo MDT e pelo Instituto Brasileiro de Direito Urbano (IBDU), com financiamento da Fundação Ford.Na Oficina, o coordenador do Projeto, José Fernandes, apresentou a experiência recente do Município de São Paulo, e o representante da Federação Nacional dos Engenheiros (FISENGE) no MDT, Valter Fanini, fez uma analise critica da historia do transporte público em Curitiba. No mesmo evento, foram também discutidos o atual quadro dos investimentos e desafios das propostas do Pacto Nacional da Mobilidade Urbana, a democratização da via pública e outros assuntos relevantes surgidos na reunião do Comitê Técnico de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana do Conselho Nacional das Cidades, realizada a semana anterior.
Artigo. Em outubro, o Jornal do Fórum Nacional de Reforma Urbana sobre Campanha pela ‘Função Social da Cidade e da Propriedade trouxe artigo do coordenador do MDT, Nazareno Affonso, intitulado ‘Função social e mobilidade’. É também de Nazareno também a imagem do cartaz da Campanha.

Movimentos Sociais. No final de junho de 2015, discutindo a mobilidade como direito social, o coordenador nacional do MDT, Nazareno Affonso, fez na capital de Minas Gerais a conferência inaugural do Seminário sobre mobilidade e transporte público na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O dirigente do MDT disse ser fundamental a mobilização popular para assegurar avanços da Lei de Mobilidade. Também se manifestaram na ocasião João Luiz de Souza Dias, diretor do Metrobel; Lucio Gregori, idealizador do Tarifa Zero- Movimento Passe Livre de São Paulo, e Tiago Esteves, da Universidade Federal de Minas Gerais, que fez uma exposição sobre o tema Diretrizes do Plano Metropolitano.

Movimentando
Informativo MDT

O efeito do álcool, direção e velocidade no público adolescente.


                                               

O que eles dizem e fazem é o que ocorre em relação ao álcool: se você pergunta, independentemente de ser adolescente, as pessoas dizem que não pode beber e dirigir, que é a conduta certa. Mas a hora que você transpõe a fala para a ação a coisa não é assim. Caso contrário não teríamos um índice tão alto de acidente envolvendo álcool. Ninguém nem pegaria carona com motorista sob efeito de álcool. O comportamento mostra que os adolescentes, em particular, não sabem o que é entrar em um carro com uma pessoa alcoolizada, não sabem do risco. E o mesmo para dirigir. Isso acontece com os adolescentes, mas permeia toda a cultura brasileira. Nos países fora do Brasil ocorre o medo de ser punido e isso não acontece. Aqui, elas acham que não vão pagar caro. A sensação da impunidade, apesar da lei seca, não foi suficiente. Na verdade, beber e dirigir é um comportamento mais difícil de mudar que usar o cinto.

Porque envolve uma mudança maior, há perda de comodidade. Para sair com os amigos, ir em uma festa, por exemplo, precisa ter esquema: ou alguém não bebe, ou você precisa pedir táxi etc. Você só faria isso se o risco da punição fosse iminente. Quando começou a fiscalização ostensiva o comportamento mudou. Hoje já não tenho essa certeza. Essa mudança de paradigma de comportamento só se vai conseguir de fato com um sistema de fiscalização eficiente.


Como transmitir isso ao jovem é um desafio para nossos comunicadores. Porque se você proíbe mostrando que é um risco, cai na rebeldia do jovem. Então tem que ser passado de uma maneira eficiente e mais divertida que restritiva. Os adolescentes são solidários, gostam de andar em grupo, então é preciso encontrar uma forma na qual ele não vai ser chamado de careta. Amigo da vez é uma maneira de fazer mais simpática, mas não sei se consegue atingir a todos só com essa abordagem. 

O álcool age diferente em organismo adolescente?

O efeito no adolescente é pior, uma porque ele ainda está menos acostumado a beber. É um bebedor novo. Quanto mais se bebe, aumenta a tolerância e diminui os efeitos na medida em que você vai envelhecendo. Além disso, eles ainda não têm o desenvolvimento físico pleno. Organismo menor, efeito físico maior. O álcool age no sistema nervoso central, diminuindo suas ações conforme a ingestão. A atenção, concentração, capacidade motora e o campo visual diminuem, além disso, há perda do grau de vigília. Conforme se bebe mais, há falta de coordenação até que se chegue no ponto da letargia completa e coma. É como se fosse apagando as luzes do cérebro. E o álcool aumenta os outros comportamentos perigosos, como não usar cinto, alta velocidade. O indivíduo só vai estar em condição de dirigir pelo menos seis horas depois. Banho frio e café não adiantam. O álcool não está na pele, está dentro do sangue.

O que mais aumenta as chances de acidentes?

Ao efeito do álcool se soma o comportamento do perfil do adolescente, rebelde e agitado. O álcool desinibe e potencializa esse comportamento, o que é trágico. Imagine um menino todo corajoso com um bando de amigos querendo se mostrar. E nem precisa ter tomado muito! Em grupos, todos ficam mais corajosos e aumentam os comportamentos inadequados. E hoje os acessos aos carros estão muito fáceis. É muito mais adolescente e jovem com carro. Há poucos anos, a maior parte deles não tinha, pegava emprestado de vez em quando. Com essa facilidade de financiamento etc., pessoas que não tiveram uma educação formal adequada para lidar com o carro estão com uma arma na mão. O ensino de como se comportar na direção não veio da família, ele não aprendeu a respeitar o veiculo motorizado. Isso também aumenta o risco de acidentes.

Blog De Olho no Trânsito