segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Em meio à crise, Dilma corta dinheiro da principal linha de financiamento para ônibus


Para tentar contornar a crise econômica, com o descontrole das contas públicas admitido pelo próprio governo com o ajuste fiscal, a equipe de Dilma Rousseff continua cortando recursos que estariam disponíveis para financiamentos do setor produtivo.
Nesta sexta-feira, 23 de outubro de 2015, o CMN – Conselho Monetário Nacional aprovou resolução que corta R$ 30,5 bilhões do PSI – Programa de Sustentação do Crescimento, a principal fonte de financiamento de ônibus, caminhões e outros bens de capital que beneficia a indústria destes setores, estimulando as compras e consequentemente a produção, e os prestadores de serviços, que podem comprar máquinas, equipamentos, veículos de carga e transportes coletivos em melhores condições.
O limite do PSI caiu de R$ 50 bilhões para R$ 19,5 bilhões.
O prazo para contratações continua até 31 de dezembro, mas as operações devem ser protocoladas até doa 30 de outubro, o que na prática reduz a possibilidade de mais investidores terem acesso ao PSI neste ano. Este prazo não existia antes da resolução.
O dinheiro disponível para a aquisição de máquinas, equipamentos e bens de capital industriais ou agrícolas por grandes empresas foi de R$ 14,7 bilhões para R$ 4 bilhões.
Já os recursos disponíveis para grandes empresas financiarem a compra de ônibus e caminhões novos caíram de R$ 8 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Já o total para micros, pequenas e médias empresas renovarem as frotas caiu de R$ 8,8 bilhões para R$ 5 bilhões. O Programa Pró-Caminhoneiro, que incentiva transportadores autônomos e individuais, teve o limite reduzido de R$ 1,4 bilhão para R$ 151 milhões.
As taxas de juros e os prazos para financiamentos continuam os mesmos.
"PEDALADAS” PODEM RESULTAR EM JUROS FLUTUANTES:
Hoje os juros no PSI são fixos, mas isso pode acabar. O TCU – Tribunal de Contas da União ao verificar as chamadas "pedaladas fiscais”, pelas quais o governo usava recursos de bancos e instituições públicas para mascarar os déficits numa espécie de empréstimo não oficial, isso segundo os ministros, também percebeu atrasos repetidos de pagamentos pela União ao BNDES para bancar as variações dos juros na economia e manter as taxas do PSI fixas, a chamada equalização.
A indicação de fim dos juros fixos para o PSI veio em comunicado do próprio Ministério da Fazenda.
"No contexto atual de realinhamento de preços relativos e taxas de juros, a reavaliação da conveniência da renovação do PSI com taxas pré-fixadas é mais um passo no processo de reequilíbrio fiscal ora em curso da economia brasileira”, disse a Fazenda em comunicado.
Sobre a redução nos limites para os financiamentos, no comunicado, o Ministério da Fazenda admite que os níveis de investimentos estão baixos e que apenas R$ 6,8 bilhões foram utilizados para o PSI.
"não deverá ter impacto negativo relevante sobre o programa, visto a contratação de financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter alcançado apenas 6,8 bilhões de reais até o final de setembro de 2015”.
O PSI foi criado em 2009 como uma forma de tentar contornar os efeitos da crise econômica mundial em 2008. O objetivo era estimular os setores produtivos, exportação e os investimentos para a economia interna, com foco em bens de capital e inovação. Os financiamentos são concedidos pelo BNDES e pela Finep – Financiadora de Estudos e Projetos e os recursos são subvencionados pela União.
Além de índices e prazos mais interessantes que outras linhas de financiamento, a equalização dos juros para as taxas pré-fixadas é uma das maiores características do PSI.
ÔNIBUS E CAMINHÕES:
Para pequenas e médias empresas, há cobertura de 90% do valor do ônibus ou caminhão, sendo que 70% têm juros de 9,5% ao ano e sobre os outros 20% incidem 17%. O prazo de pagamento é de seis anos. Para as grandes empresas, o financiamento também é de 90%, sendo que sobre 50% incidem 10% de juros e sobre os outros 40% do valor do ônibus ou caminhão, os juros são de 17,5%. O prazo também é de seis anos.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Blog Ponto de Ônibus

Cidade do Porto sem Carros


Saiba como o Park(ing) Week quer tirar carros da cidade do Porto






Plataforma Ideias à Moda do Porto  realizou, entre 18 e 27 de Setembro, o Park(ing) Week, um evento que visava ocupar lugares de estacionamento na cidade do Porto com estruturas criativas que promovam a interação com o público.  A iniciativa conta com o apoio da Câmara do Porto.
O Park(ing) Week, que se insere na Semana Europeia da Mobilidade, decorreu em quatro zonas da cidade do Porto (Baixa, Foz, Bom Sucesso e Campanhã), sendo que metade dos espaços foram ocupados por artistas convidados e a outra metade por vencedores de um concurso, explica a Marketeer.
“As estruturas visam transmitir um pensamento artístico, promover o usufruto de um espaço para os cidadãos se sentarem, tomarem café, lerem um livro, utilizarem Internet wireless disponibilizada; permitir a realização de uma aula de Yoga; um percurso de mini-golfe; uma aula de ginástica; a criatividade não tem limite,

Menos um Carro.
Site Ideias à Moda do Porto