O Estado do Ceará
O que aconteceria se uma parte das pessoas deixasse o carro
em casa e passasse a usar ônibus, andar a pé ou de bicicleta? Um simulador
virtual lançado no Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, da ANTP
(Associação Nacional de Transportes Públicos), tenta responder à pergunta. A
ferramenta estima o impacto de mudanças no uso de diferentes meio de transporte
nas maiores cidades do país (acima de 60 mil habitantes).
São considerados cinco itens: tempo de deslocamento, consumo
de espaço viário, gasto de energia, emissão de poluição local e de gases do
efeito estufa. Em São Paulo, por exemplo, se metade dos usuários de automóvel
decidisse usar ônibus haveria um prejuízo e quatro ganhos.
O lado ruim seria um aumento de 7% no tempo de deslocamento
mesmo nas congestionadas vias paulistanas, os carros são, em média, mais ágeis
do que os veículos coletivos.
Mas a mudança de meio de transporte traria diversos
benefícios à cidade: redução de 25% na emissão de poluentes locais, como
monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e material
particulado, e de 19% na emissão de gases do efeito estufa, como o gás
carbônico. A poluição local é apontada por cientistas como responsável por
agravar doenças respiratórias, por exemplo, e como fator contribuinte de
milhares de mortes todos os anos na cidade.