quarta-feira, 25 de novembro de 2015

BRASIL DEBATE DESAFIOS E MEDIDAS PARA REDUZIR MORTES NO TRÂNSITO


Participação de toda a sociedade, investimentos em tecnologia e educação foram apontados como caminho

A união entre governos, setor privado e sociedade civil foi apontada como essencial para que a meta de redução de mortalidade e de acidentes nas estradas seja atingida em 2020. Esta foi uma das conclusões do debate que reuniu o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o diretor executivo do Banco Mundial, Bertrand Badre, o representante das Nações Unidas para a segurança no trânsito, Jean Todt e autoridades de países de quatro continentes na 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito
–Tempo de Resultado


Jean Todt foi enfático ao afirmar que as ações realizadas nos últimos cinco anos ainda não atingiram níveis satisfatórios, à medida que o número de acidentes e mortes continuam a crescer em boa parte do globo.O representante da ONU destacou que é preciso ter mais empenho político para diminuir a violência nas
estradas e cobrou destinação de recursos à causa. “Temos que nos comprometer política e financeiramente e concentrar nossos esforços para que consigamos ter sucesso em nosso propósito.
Precisamos padronizar os veículos e as sinalizações nas vias e implantar sistemas de monitoramento mais
transparente”, exemplificou.

No Brasil, houve avanços, como a redução de 6% de mortes no trânsito. No entanto, Kassab reconheceu
que a velocidade de implantação de políticas públicas ainda está aquém do desejado. “Apesar dos avanços,
ainda não temos a consciência tranqüila. Eles não têm acontecido na velocidade desejada”.
O diretor do Banco Mundial, Bertrand Badre, frisou a importância de mobilizar governos locais para ampliar
o alcance das políticas. “Precisamos de uma estratégia em que todos os atores trabalhem em parceria. Não
é apenas um problema federal”, destacou.

No debate, a ministra de Infraestrutura da Suécia, Anna Johansson, destacou que a população tem
apostado cada vez mais na bicicleta como meio de transporte e por isso tem buscado soluções para
garantir a segurança destes ciclistas nas ruas de seu país.

No Peru, a taxa de mortalidade no trânsito caiu em 20%a legislação ficou mais rígida, e houve busca de
parcerias com os governos regionais. O vice ministro de Transporte da Arábia Saudita, Hathlool Hussein,
informou que no país tem 14 mil quilômetros de estradas monitoradas, e que tem sido feito investimentos
em projetos educativos para mudar o comportamento dos condutores.

Já o administrador Mark Rosekind, da Administração Nacional para a Segurança do Trânsito nas Estradas,
dos Estados Unidos da América, relatou que 94% dos acidentes estão relacionados a erros humanos e que,
por isso, o país está investindo em duas frentes: educação dos condutores e pesquisas para criar
tecnologias mais seguras, citando como exemplo a possibilidade de criação um sistema que identifique a
alcoolemia do condutor e impeça a condução do carro.

Clipping do Pedrosa