sexta-feira, 19 de junho de 2015

Faixa Reversível para ônibus na Avenida João Dias dá ganho de 90% no tempo percorrido

A implantação da faixa reversível para ônibus na Avenida João Dias, Zona Sul, reduziu o tempo de percurso do transporte coletivo de 08 para 01 minuto, representando uma economia de quase 90%.


Técnicos da Companhia operacionalizando faixa reversível na Avenida João Dias 

Esta redução foi provocada em virtude do aumento da velocidade média dos ônibus no trecho. Segundo estudos realizados pela Companhia, o índice saltou dos 8 km/h para 55 km/h, com ganho de 85% no ritmo de deslocamento.


Transporte coletivo ganha em tempo de deslocamento na faixa reversível 

A faixa está localizada no Sentido Centro-Bairro, entre a Rua Bento Branco de Andrade Filho e o Terminal João Dias, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 17h às 20h. No local transitam 54 ônibus por hora.
No sentido Bairro-Centro, a via exclusiva está implantada desde fevereiro de 2013, em 300 metros na Ponte João Dias, funcionando de segunda a sexta-feira, das 6h às 8h30.
A operação também gera benefícios expressivos ao trânsito local, onde os veículos com destino à Estrada de Itapecerica, Avenida Giovanni Gronchi (Sentido Centro-Bairro), e às Ruas Centro Africana e Bento Branco de Andrade Filho (Sentido Bairro-Centro) estão gastando em média de 1 a 3 minutos para completar o percurso.
Vale destacar que as faixas reversíveis são adotadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) desde 1986. As implantações existentes nas Avenidas Ordem e Progresso, Edgar Facó, Celso Garcia, Penha de França, M’Boi Mirim e Ponte do Piqueri colaboram para melhor fluidez do trânsito e mobilidade urbana, pois registram índices de redução de tempo na casa dos 90% em prol do transporte urbano.

Assessoria   de Imprensa - CET

Um plano de mobilidade inclusivo


O Plano de Mobilidade de São Paulo está em fase final de estudo e entrega pela Secretaria de Transportes de São Paulo. O estudo tem como objetivo principal a ampliação do acesso à cidade, contemplando, principalmente, a ampliação da rede de ciclovias e ciclofaixas pelos próximos 15 anos.
O transporte por fretamento deverá estar neste projeto, mas não terá a importância, nem a relevância, necessária. O setor ainda enfrenta sérios entraves como Zona Máxima de Restrição, proibição de compartilhamento de alguns pontos de parada do sistema público, bem como embarque e desembarque nas estações de trem e metrô.
O que vale ressaltar é que o transporte de passageiros por fretamento também é proibido de circular nas faixas exclusivas de ônibus urbano, no qual táxis com passageiros estão incluídos. É um descaso com a população que utiliza esse modal para deslocamentos e necessita também de uma atenção especial, uma vez que ele contribui – e muito! – para a mobilidade urbana na capital.
O fretamento está disponível para agregar ao conjunto de opções que São Paulo pode oferecer. Não faz sentido a proibição do uso nas faixas exclusivas e permitir seu acesso é uma maneira inclusiva de contribuir para o bom andamento do trânsito nessa metrópole, além de reconhecer o valor desse modal para meio ambiente e sociedade.
Já passou da hora de representantes municipais tomarem definitiva ciência de que o fretamento atende necessidades especí­ficas além de complementar o transporte público – retirando automóveis das ruas e transportando com qualidade diariamente milhares de trabalhadores e estudantes. Na Região Metropolitana de São Paulo o setor transporta cerca de 500 mil pessoas por dia! Número significativo que já justi­fica sua inclusão nas políticas públicas de mobilidade da capital. 

Jorge Miguel é diretor executivo do Transfretur (Sindicato das Empresas de Transporte por Fretamento e por Turismo da região metropolitana de São Paulo)
ANTP