sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Limite de velocidade no centro de SP será de 40 km/h

As ruas e avenidas do centro histórico de São Paulo terão limite de velocidade de 40 km/h ainda este ano, de acordo com o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.
Ele disse que a ideia é terminar a implantação das faixas exclusivas de ônibus na chamada Rótula Central e depois reduzir a velocidade. A área é delimitada por avenidas como Ipiranga, São Luís, Rangel Pestana, Mercúrio e Senador Queiroz.
"Quando terminar isso talvez a gente já implante", disse. Em algumas das avenidas que fazem parte da Rótula , a velocidade irá cair de 60 km/h para 50 km/h, já na parte interna ela será padronizada em 40 km/h.
O primeiro trecho de faixas da Rótula, na avenida Ipiranga, foi implantado no último dia dia 16. A próxima etapa, na avenida São Luís e na rua Maria Paula, está prevista para a próxima segunda (24).
Segundo Tatto, um dos objetivos da redução é ampliar a segurança de ciclistas.
"Bicicleta não pode andar na calçada, tem que andar no viário. Se tiver ciclovia, de preferência [nela]. Se não tiver, anda na rua. Por isso que nós precisamos baixar a velocidade dos carros. Vamos diminuir da Paulista e outras. Toda a região central nós vamos abaixar pra 40 km/h, na Rótula também vamos diminuir", disse.

Editoria de Arte/Folhapress
De acordo com o secretário, a redução do limite da avenida Paulista, de 60 km/h para 50 km/h, também deve começar neste ano. Ele disse que a fiscalização será feita com a implantação de novos radares.
"Nós vamos ampliar os radares, não só na Paulista, mas na cidade inteira. Ele serve tanto em relação à velocidade, como ao rodízio, a invasão da faixa, serve para tudo", disse.
Segundo o secretário, essa ampliação irá ocorrer com aditivos nos contratos de fiscalização, mas ele não informou prazos. O mesmo expediente será usado para a instalação de 200 radares nas faixas exclusivas de ônibus.
Inicialmente, a intenção da pasta era reformar todo o parque de radares com uma licitação única. A previsão era que ela estivesse concluída em agosto, mas o processo foi paralisado pelo Tribunal de Contas do Município.
EMPRESA
Tatto disse que a secretaria continua realizando estudos sobre a criação de uma empresa municipal de transportes, semelhante à CMTC, que foi privatizada em 1993.
Os estudos foram solicitados pelo prefeito Fernando Haddad (PT) no início do mês, após greves de motoristas de algumas das operadoras.
A ideia do prefeito é que a empresa atuasse em situações de emergência, como greves, ou assumisse áreas do sistema consideradas problemáticas, como na zona leste.
"Tem várias ideias: de uma empresa que possa fazer investimento em tecnologia, tanto embarcada quanto de controle operacional, uma empresa que compre ônibus, e tem a proposta também de comprar e operar. Tem de todo tipo, nós estamos levantando", disse Tatto.
No dia 5 de setembro, Hadadd disse ter encomendado um estudo de viabilidade ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socia) e afirmou que a existência de uma empresa municipal "é um expediente inteligente para não manter o poder público refém do setor privado".
Folha de São Paulo