terça-feira, 8 de maio de 2012

Coordenador do MDT é entrevistado pela AU - Arquitetura e Urbanismo, da editora Pini



Revista AU - O projetos de mobilidade urbana do PAC para as cidades brasileiras contemplam soluções como os monotrilhos. Este tipo de solução pode gerar um "efeito Minhocão", ou seja, pode causar a desvalorização dos imóveis e deterioração do espaço urbano por onde passa?

Nazareno Affonso: “O tema é instigante , mas há uma visão elitista de ser contra o transporte público.
Afirmo que o Monotrilho , não gera o “efeito minhocão” este tem mais de 12 metros, tampa a rua e trás poluição, O monotrilho tem uma viga da ordem de 70 cm e o carro abraça essa viga com 2,60 mts . Sobre as vigas não há sombra permanente, portanto pode-se plantar arvores. Ele é elétrico e não causa poluição como os carros em uma via de dupla mão . Sobre desvalorização dos imóveis, o futuro é ter  valorizado os imóveis junto as estações de sistemas estruturais de transportes coletivos. Vejam a valorização dos imóveis no metro leste de São Paulo e no corredor de ônibus na Av. Perimetral de Porto Alegre. A lei das Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade é clara ao afirmar que a prioridade dos investimentos deve ser no transporte não motorizado , depois o transportes público e esse prioritário aos automóveis. O futuro das cidades será nos eixos de sistemas estruturais de transportes públicos. “

Arquiteto e Urbanista
Nazareno Stanislau Affonso