terça-feira, 30 de abril de 2013

19ª Semana de Tecnologia Metroferroviária - Prazo para inscrição de trabalho técnico foi prorrogado


O evento acontecerá de 10 a 13 de setembro de 2013, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
A participação na edição de 2013 é aberta à todos os profissionais com atividades relacionadas ao setor metroferroviário.
A entrega da síntese é feita de forma imediata pela internet através do preenchimento de um formulário eletrônico, no site da AEAMESP, entidade integrante do secretariado do MDT.
As propostas recebidas serão selecionadas por uma comissão julgadora.
A versão completa do trabalho técnico poderá ser entregue até o dia 25/07/2013.
Os temas sugeridos são:
> Urbanismo
> Via Permanente
> Manutenção
> Arquitetura
> Estações
> Operação
> Material Rodante
> Construção Civil
> Inovação tecnológica
> Gestão de Projetos
> Sistemas de Sinalização
> Energia e Alimentação Elétrica
> Direito Público e Administrativo
> Recursos
Humanos
> Sustentabilidade e Meio Ambiente
> Logística e Modos de Transportes
> Técnicas de Planej. Urbano e Empresarial
> Telecom e Controle de Processos

Veja calendário para a entrega dos trabalhos:
  • Prazo de entrega dos Trabalhos Técnicos - Sínteses:
    30 de abril de 2013
  • Publicação do resultado do julgamento da seleção:
    03 de junho de 2013
  • Prazo de entrega dos Trabalhos Técnicos - Escrito:
    25 de julho de 2013
  • Prazo de entrega dos Trabalhos Técnicos - Apresentação:
    20 de agosto de 2013


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Vida de quem anda carro vai ficar mais difícil, diz Haddad


A vida de quem anda só de carro na cidade de São Paulo vai ficar mais difícil ainda.
É o que afirmou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, em discurso no seminário Lide – Grupo de Líderes Empresariais.
Em compensação, Haddad afirmou que quem usa o transporte coletivo vai encontrar uma situação melhor de deslocamento nos próximos anos. Para isso, ele destacou o plano de entrega em seu mandato de 147 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus. Alguns serão do tipo BRT – Bus Rapid Transit, com pontos de ultrapassagem, embarque no mesmo nível do assoalho do ônibus e pagamento de passagem antes mesmo da parada do veículo.
Haddad disse que parte das vias que hoje são usadas por carros e mal aproveitadas devido à alta ocupação dos veículos de passeio frente a baixa capacidade será destinada ao transporte público, que leva mais gente, em menor área e polui proporcionalmente bem menos.
Com os investimentos, entretanto, em uma Central Integrada de Monitoramento de Transportes e Trânsito e em semáforos inteligentes, Haddad diz que a velocidade dos carros vai aumentar, o que deve compensar a perda de espaço em algumas vias.
O prefeito também disse que São Paulo precisa elevar seu nível de investimento. O objetivo é subir para R$ 6 bilhões anuais e chegar a R$ 22 bilhões.
Para ele, a meta é ousada, mas necessária, inclusive com a participação do Governo Estadual e do Governo Federal.
Haddad deixou claro que empréstimos e investimentos em São Paulo não são favores para ninguém. Isso porque, segundo ele, se a cidade de São Paulo cresce, há crescimento também no Estado e no País, devido a importância econômica do município.
O prefeito diz que deve intensificar as parcerias público privadas PPP, com maior participação também de micros e pequenas empresas.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Grande bandeira do MDT, barateamento das tarifas, foi eleita como prioridade pelos prefeitos na Frente Nacional de Prefeitos




A mobilidade urbana foi um dos principais temas debatidos na tarde desta quinta-feira, dia 25 de abril, no 2º Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável.


Mobilidade dentro de uma cidade é um dos maiores indicadores de qualidade de vida. Ir de um lugar para outro com rapidez e segurança é uma necessidade para a maioria das pessoas. O uso do transporte público tornou-se essencial pois grande parte dos problemas de poluição atmosférica e poluição sonora nas cidades é advinda do excesso de veículos nas ruas, o que pode ser minimizado com uma rede eficiente de transporte coletivo.


Os corredores de ônibus ganharam destaque por serem espaços de fácil implantação e que podem atender a uma grande demanda de pessoas com baixos custos.


Com os corredores, a velocidade dos veículos de transportes coletivos se torna maior, o ônibus pode ter mais equipamentos e oferecer mais conforto, e o custo de operação acaba sendo reduzido em comparação com as situações nas quais os ônibus ficam parados no congestionamento. Com isso, quem usa carro pode se sentir atraído a se deslocar com o transporte público, o que é uma ação em prol da sustentabilidade.


Além da prioridade ao transporte público, os custos para o bolso do passageiro foram discutidos.O novo presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, José Fortunati, que fica no comando da associação no biênio 2013/2014, disse que é hora das diversas instâncias governamentais se unirem, com desonerações e investimentos, para que as passagens de ônibus, trem e metrô sejam acessíveis a todos.




Forturnati no seu discurso de posse, na presença do presidente em exercício Temer e do prefeito de SP Hadadd disse que entre as propostas prioritáritárias da FNPde incluir nos itens da Cesta Básica a "redução do preço da passagem dos transportes públicos".




Para isso defende o Projeto do REITUP PLS 310/09 e a criação de um novo tributo ou utilizando a CIDE combustível para subsidiar a tarifa dos Transportes Público. Proposta já defenda publicamente pelo Prefeito Haddad de São Paulo.


Em 2005 foi levada pelo MDT para o Grupo Interfederativo do barateamento das passagens a proposta para Petrobras aumentar 10 centavos no preço da gasolina para reduzir 10% da tarifa em todo país, infelizmente a Petrobras optou por fazer um gigantesco subsídio a gasolina utilizando inclusive os recursos da CIDE combustível que é uma renuncia fiscal da ordem de 3 bilhões de reais anuais.


“Temos, e isso nos deixa muito felizes, uma clara compreensão, por parte da equipe do governo, que passagem de transporte coletivo veio para compor a cesta básica do cidadão brasileiro”. – disse à Agência Brasil.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Renato Gianola foi eleito Presidente do Fórum Nacional de Secretários de Transportes


Nesta terça-feira, dia 23 de abril de 2013, no Centro de Convenções Espaço Brasil 21, em Brasília, foi desenvolvida a 80ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito

Desenvolvimento sustentável

O encontro acontece de forma integrada com o II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável promovido pela Frente Nacional de Prefeitos, e que tem por tema geral Desafios dos novos governantes locais.
  
A reunião exclusiva dos secretários ocorreu terça; das 9h às 18h. Nos dias 24 e 25, no contexto do II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável haverá uma sala temática intitulada Desafios da Mobilidade Urbana e Metropolitana aberta à participação de todos os prefeitos e secretários.

Novos secretários e dirigentes. 

As eleições de 2012 trouxeram mudanças nos quadros de dirigentes municipais razão pela qual a primeira reunião do Fórum Nacional em 2013 tratou dos seguintes pontos: 

1) Os novos dirigentes, a estrutura e o papel do Fórum Nacional;

 2) As ações em andamento; 

3) A relação do Fórum Nacional com o governo federal através do Ministério das Cidades (Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana - SeMob e Departamento Nacional de Trânsito - Denatran); 

4) A importância do engajamento dos secretários e dirigentes municipais na elaboração de uma pauta do setor para 2013/2014; 

e 5) O novo presidente do Fórum Nacional é o Presidente da Urbes Sorocaba, Renato Gianola.



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Governo Federal deve desonerar PIS/Cofins mas não o diesel



O Ministério da Fazenda deve reduzir ou isentar o PIS/Cofins das empresas de ônibus, mas não deve desonerar o óleo diesel dos ônibus.


A possibilidade foi anunciada nesta segunda-feira, dia 22 de abril, pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos – CAE, do Senado, que estuda o Regime Especial de Tributação sobre o Transporte Público Urbano e Metropolitano de Passageiros.


Apesar de alguns estados já apontarem para a redução do ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços - sobre o diesel de ônibus urbanos, como é o caso do Paraná, o Governo Federal não quer abrir mão dos tributos sobre o combustível para não impactar ainda mais as deficitárias contas da Petrobrás, que no ano passado, com o congelamento do preço da gasolina, serviu de artifício para tentar minimizar o descontrole da inflação.


Os senadores que defendem a desoneração acreditam que os efeitos positivos para que os próximos aumentos das passagens não sejam tão grandes só serão possíveis se também houver a participação dos governos estaduais, com a redução do ICMS, e dos municipais com a desoneração do ISS – Imposto sobre Serviços, dos transportes.


Os parlamentares reconhecem que será difícil controlar o uso do diesel desonerado pelos ônibus. Há o temor, por exemplo, que diesel seja comprado em nome de empresa de ônibus e usado para outro fim. Muitos empresários de ônibus também têm frotas de caminhões e utilitários.
Os parlamentares defendem mecanismos de fiscalização e distribuição pelas refinarias.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN

Dilma anuncia a compra de mais 2,6 mil ônibus escolares

A presidenta Dilma Rousseff anunciou há pouco no programa matinal de rádio “Café com a Presidente” a compra de mais 2 mil 600 ônibus escolares para o PAC Equipamentos e Programa Caminho da Escola.
Os veículos devem atender crianças e adolescentes de cerca de 4 mil municípios.
Segundo Dilma, só em seu governo, foram investidos R$ 2,7 bilhões na compra de 13 mil 440 ônibus escolares. Desde quando foi criado, em 2007, o Programa Caminho da Escola colocou em circulação 25 mil 020 veículos de transporte coletivo.
Os ônibus também são comprados pelo Programa PAC Equipamentos (Programa de Aceleração do Crescimento).
Dilma fez um balanço de investimentos na ordem de R$ 8 bilhões para a aquisição de diversos produtos, como máquinas agrícolas, de asfaltamento, ônibus escolares e até barcas para transportes de estudantes.
Deste total, R$ 5 bilhões em equipamentos foram para a recuperação de estradas vicinais de municípios atingidos pela seca e atendidos pela SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste.
Dilma também anunciou a compra de 2 mil 180 ambulâncias para o SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que serão usadas em cerca de mil cidades no País.
O Caminho da Escola além de facilitar o acesso de estudantes aos estabelecimentos de ensino localizados em áreas de difícil acesso e rurais, e ter sido um grande estímulo à indústria no ano passado, que registrou queda de vendas, não deixa de ser uma das plataformas políticas mais usadas por Dilma, cada vez mais presente nas entregas dos veículos, ainda mais em regiões que o PT sofre a ameaça de perder aliados.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN

sábado, 20 de abril de 2013

Haddad quer desonerações para aumento de ônibus ser menor

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, declarou nesta quinta-feira, dia 18 de abril de 2013, após encontro com a presidente, Dilma Rousseff, que vai tentar desonerações de impostos estaduais e federais para que o aumento da passagem de ônibus no meio do ano traga menos impacto ao bolso dos passageiros.
Ele disse à presidente e depois aos jornalistas que a prefeitura de São Paulo faz o máximo para ajudar o Governo Federal no controle à inflação, cuja meta foi estourada, mas defendeu o aumento da passagem de ônibus em junho para manutenção econômica do sistema, que completará dois anos e meio sem reajuste.
Se o que Haddad prometeu for cumprido, de seguir apenas a inflação, o aumento da passagem de ônibus, que hoje custa R$ 3,00 deve ser de 12%, fazendo com que com a passagem fosse para algo em torno de R$ 3,36.
O prefeito paulistano quer que o Governo Federal e o governo do Estado desonerem os transportes coletivos do PIS/Cofins e o ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços -, respectivamente para que o aumento da passagem seja menor.
Ele disse que as prefeituras não têm mais o que desonerar e que isso cabe agora às outras esferas governamentais pela importância social e econômica dos transportes, que beneficiam todo o País e não apenas as cidades.
Além disso, com as desonerações, ele entende que toda a sociedade de alguma maneira possa contribuir com o transporte público, em sua maioria, bancado apenas pelos passageiros. O transporte coletivo beneficia não apenas quem o usa, mas toda a população por contribuir para a diminuição do trânsito e da poluição que causam gastos em infraestrutura, saúde pública e fazem com que se perca qualidade de vida nas cidades.
O Ministério da Fazenda estuda zerar a alíquota de 3,6% sobre a tarifa do transporte público em São Paulo. O Governo do Estado não sinalizou com a desoneração.
Numa convenção de prefeitos em São Paulo, Haddad também defendeu que parte da Cide _ Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico, o chamado imposto da gasolina, também seja usada para subsidiar tarifas e investimentos em transportes públicos.
Seria uma forma de o motorista de carro de passeio, que individualmente polui mais e ocupa mais espaço urbano, auxiliar na mobilidade financiando parte dos transportes coletivos.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Azar do Brasil



O MDT considerou a frase  da presidente da Petrobras, Graça Foster "acho lindo engarrafamento", pois "meu negócio é vender combustível" politicamente inconveniente, ecologicamente incorreta e contraria a uma politica pública includente assim como Ruy Castro na coluna "Azar do Brasil".

A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse ao jornal gaúcho "Zero Hora" que "acha lindo engarrafamento", pois "seu negócio é vender combustível". E informou, orgulhosa: "Estou faturando". Pelo visto, parece satisfeita com os engarrafamentos que vê a bordo de seu helicóptero ou de que toma conhecimento pelo rádio e pela TV.

Como o verbo é livre a ponto de comportar tais afirmações, atrevo-me a dizer que preferiria uma pessoa mais delicada à frente da Petrobras. Por mais que tenha vindo ao mundo para vender gasolina, seu cargo não a autoriza a se comportar como uma frentista de estrada. A Petrobras deve ter compromissos com o povo que a sustenta, e não apenas com o conteúdo dos buracos que perfura.

É verdade que a culpa dos engarrafamentos não é exatamente sua, mas do governo a que pertence --o qual vive baixando alíquotas e estimulando a produção e venda de carros para fechar suas contas, com o que asfixia e torna inabitáveis nossas cidades. Isso a despeito da tendência internacional a devolver as cidades aos cidadãos, tirando carros da rua e estimulando o transporte público, as bicicletas e a simples caminhada.

Sei também que o pensamento de Graça Foster deve repetir o de todos que a antecederam na presidência da Petrobras, e que a esta cabe somente cuidar de seus negócios, não "pensar o país". Talvez devêssemos até agradecer-lhe por ser tão franca: ao contrário de seus antecessores, mais dissimulados, ela torce explicitamente pelo carro, pelo engarrafamento, pelo mau humor no trânsito, pela poluição, e contra o cidadão que lhe paga o salário e compra a sua gasolina.

A tal desprezo pelo equilíbrio urbano e pela qualidade de vida dos brasileiros das cidades, deve corresponder um equivalente pelos contínuos estragos ambientais provocados por sua empresa. Azar do Brasil. 

Folha de São Paulo
Ruy Castro - colunista
Folha de São Paulo
Ff

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Engº Ubiratan Felix, do SENGE - Ba e do secretariado do MDT, fala sobre metrô de Salvador em entrevista para Record




"Devido longo atraso das obras, o sistema do metrô em
construção ficou velho", diz.
 
A obra do metrô já completou 13 anos (quatro vezes o tempo previsto) e ainda não há previsão para que os trens entrem em operação. Só com a metade do trajeto, o governo gastou duas vezes e meia o que era previsto para a obra inteira. O prazo de construção inicial era de 40 meses, a partir do início das obras, em janeiro de 2000.
O mais recente impasse entre o governo do Estado e a Prefeitura de Salvador é sobre a integração do sistema metroviário com o ônibus, depois que os 12 km da Lapa até Pirajá ficarem construídos. Nesta semana, o acordo para de transferência da gestão do sistema metroviário da Prefeitura para o governo do Estado sofreu mais um adiamento devido à complexidade e extensão do documento.
O presidente do Senge BA, engº civil Ubiratan Félix, concedeu entrevista sobre o tema para o programa Balanço Geral, da emissora Record, divulgada na manhã desta sexta-feira (12).
Confira abaixo a entrevista completa:

Quais os prejuízos das obras do metrô de Salvador?
Ubiratan Félix - São três tipos de prejuízos. O primeiro é o econômico, uma dívida de R$ 1 bilhão, que foi o empréstimo que a Prefeitura Municipal fez para construção do metrô.  O segundo é o atraso de 14 anos na mobilidade urbana da cidade. O metrô estava previsto para ser concluído entre o período de 2003 a 2004. O atraso só piorou a situação do trânsito em Salvador, gerando prejuízo diário no bolso das pessoas que circulam na cidade. O terceiro prejuízo é que, devido todo atraso, o sistema do metrô em construção ficou velho. Por exemplo, os trens já perderam a garantia do fabricante sem mesmo serem utilizados. Então, o atraso criou uma dívida que a cidade paga mensalmente com juros e gerou toda essa dificuldade na mobilidade das pessoas. Uma obra não concluída é prejuízo para todos
.
Devido os anos de atraso da obra, serão necessários quais reparos?
Ubiratan Félix - Inicialmente, a primeira etapa da obra iria até a Estação Pirajá. O Acesso Norte seria apenas uma estação de passageiros, e não de transbordo. Então, nesses 6 km, não estavam previstos condições técnicas importantes. Com a criação do transbordo Acesso Norte, será necessário adaptar as novas obras nesse trecho inicial, como: o pátio de manobra, o sistema de controle operacional (instalado de forma provisória), a oficina de manutenção e a área de estacionamento para os trens que, atualmente, estão distribuídos ao longo da via. Os trens terão ainda que passar por toda uma reavaliação, uma vez que já foi perdido a garantia do fabricante. Foram ainda constatadas vulnerabilidades nas três subestações, como a ausência de abertura para saída do ar quente na sala do gerador. Outra questão é a integração do metrô com o ônibus na Estação Pirajá, que não foi preparada para isso, podendo gerar um “estrangulamento” no local.

dscn5367.jpgMão de obra qualificada é um desafio a ser superado?
Ubiratan Félix - É preciso contratar uma equipe técnica qualificada para operar. O custo mensal estimado com pessoal por mês é de 1 milhão e oitocentos mil reais, e para colocar o sistema em operação é de R$ 30 milhões. É estimada a contratação de 340 pessoas, excetuando-se o setor de vendas de bilhetes que pode ser terceirizado. É uma mão de obra extremamente específica, qualificada e cara. A Prefeitura de Salvador e o Estado não têm esse quadro em quantidade suficiente. Como atrair essa mão de obra se os salários do município e Estado para engenheiros são comprimidos? Para se ter uma ideia um engenheiro que atua no metrô de São Paulo ganha em média R$ 18 mil por mês. Um operador R$ 12 mil.

Quem vai “bancar” o subsídio do metrô?
Ubiratan Félix - Será preciso subsídio do governo federal e estadual para equalizar a passagem do transporte de ônibus com a do metrô. A população de Salvador, em sua maioria, é muito pobre e não pode pagar um valor muito alto pela tarifa. Então têm desafios muito importantes do ponto de vista operacional, financeiro e de gestão. Afinal, quem vai gerir o sistema? Em São Paulo é o governo do Estado, no Rio Grande do Sul, o governo Federal, em Recife é gestão metropolitana compartilhada e no Rio de Janeiro, são empresas privadas. No caso do metrô de Salvador, com o convênio entre município e Estado, o governo Estadual será o responsável. Mas terá concessão para empresa privada operar?  Se tiver, ainda será necessário um gestor estadual para fiscalizar. Portanto, a situação é complexa e com maior grau de dificuldade de solução.



L

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nazareno Affonso fala sobre Lei de Mobilidade Urbana, no Canal Futura



O programa Conexão Futura , falou ontem sobre "transportes públicos no Brasil".

O coordenador do MDT -  da ANTP Brasília  e presidente do Instituto Rua Viva, Nazareno Affonso, participou do programa com Orlando Strambi, Professor  de Transporte Urbano da USP, Walter Porto, Professor de Engenharia de Transportes da COPPE, Isabel Sales de Melo Lins, diretora de Regulação e Gestão da Secretaria Transportes e de Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades.

Nazareno  defendeu alguns dos princípios  do MDT. Defendeu a prioridade do transporte público sobre o individual diferentemente do que é praticado pelo poder público  usualmente. Defendeu também a aplicação da Lei da Mobilidade,  que foi uma luta de 15 anos  para a aprovação, com a prioridade de espaço nas cidades para o transporte coletivo, os pedestres e bicicletas, política de estacionamento, subsídio ao transporte público, custo do diesel e congestionamentos.

Veja o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=mqnbNb_t3qg


 

terça-feira, 16 de abril de 2013

São Paulo sai à frente na implantação dos preceitos da Lei de Mobilidade e do eixo do MDT de prioridade para o transporte público na via


Para construir 150 quilômetros de corredores de ônibus até 2016, como prometido na campanha eleitoral, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pretende arrecadar parte dos R$ 6,1 bilhões estimados para as obras com a venda de terrenos particulares. Em vez de só desapropriar imóveis para erguer paradas e abrir faixas de ultrapassagem, a administração vai repassar quarteirões inteiros para a iniciativa privada. Os recursos, então, serão investidos em corredores como os das avenidas 23 de Maio e Bandeirantes. 
A proposta, divulgada pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, ainda não explica como imóveis particulares, depois de desocupados, serão entregues a empreiteiras - que poderão construir unidades residenciais ou comerciais. Segundo Tatto, uma das justificativas para a proposta é o adensamento de áreas perto dos corredores.  Segundo o advogado e conselheiro da Comissão de Habitação e Urbanismo da OAB-SP Carlos Artur André Leite, a polêmica está no fato de a Prefeitura usar bens particulares para lucrar e executar projetos. "As indenizações devem ser calculadas de forma a ressarcir os antigos proprietários também da valorização que eles teriam com esse imóvel." Ele afirmou que uma das melhores maneiras para executar esse plano é por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), em que empresas particulares que recebessem esses terrenos tivessem a obrigação de construir os corredores.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Presidente da Petrobrás dá declarações absurdas



A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou em entrevista ao jornal gaúcho "Zero Hora", publicada neste domingo (14), que não há previsão de novo aumento de diesel e gasolina em 2013.

"Olhando hoje para o quadro do Brent [tipo de petróleo negociado no mercado de Londres] e para a taxa de apreciação do real, para o câmbio, não há previsão de aumento de combustível", disse ela à publicação.

Questionada sobre as parcerias da Petrobras com o grupo do empresário Eike Batista, a executiva afirmou que discute oportunidades de negócios com a empresa desde setembro.
"O grupo X tem uma infraestrutura muito grande e estamos trabalhando projeto a projeto com eles", disse.

"Tem navios que ganharam licitações e outros assuntos que estamos discutindo. Mas tudo será alvo de licitação."

CONGESTIONAMENTO

Na entrevista, Graça ainda afirmou "achar lindo engarrafamento", pois "o meu negócio é vender combustível".

"Acho lindo carro na rua, estou faturando", disse. Mas ponderou: "Só entendo que deveríamos ter sempre planos diretores para orientar o fluxo de carros a favor da sociedade."

A assessoria de imprensa da Petrobras não foi localizada na tarde deste domingo para comentar as declarações de Graça.

Folha de São Paulo

Encontro programado pela ABRACICLO para o dia 16 de maio, em São Paulo, espera receber 200 participantes


LOGO

IV Fórum Abraciclo: Inscrições Abertas


As inscrições para a quarta edição do Fórum Abraciclo – Mobilidade & Segurança em Duas Rodas, promovido pela ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, já estão abertas no site da entidade, emwww.abraciclo.com.br.
O evento, a ser realizado no dia 16 de maio, a partir das 8h30, no Renaissance Sao Paulo Hotel, irá contar com a participação de especialistas do Brasil e de outros países.
“A quarta edição ocorre em momento especial, em que as bicicletas e motocicletas ganham espaço na mídia e junto à opinião pública, posicionando-se como opções flexíveis, práticas, ágeis e mais econômicas para a mobilidade, diante das crescentes dificuldades de tráfico nas médias e grandes cidades brasileiras. Todavia, é preciso buscar a circulação segura dos veículos de duas rodas, alinhada aos objetivos de um trânsito cada vez mais pacífico, com condutores e pedestres conscientes sobre a prática da tolerância, do respeito e da cooperação nas vias públicas”, comenta José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.

Palestra Internacional
Ramón Ledesma Muñiz, do Departamento de Trânsito da Espanha, tem sido responsável pela regulação e gestão do tráfego de motocicletas na Espanha. Muñiz irá apresentar a atual situação dos veículos de duas rodas na Espanha, como é feito o processo de habilitação de motociclistas, as ações implementadas para reduzir as ocorrências com ciclistas e motociclistas e como funciona a fiscalização nas vias das médias e grandes cidades do país.

Bicicleta – Um Movimento Seguro
O aumento do uso da bicicleta e as ações para garantir sua mobilidade com segurança serão discutidos no primeiro painel do dia. Com mediação da jornalista Renata Falzoni, o debate contará com a presença de Felipe Aragonez, diretor do Instituto CicloBR, Nabil Bonduki, vereador da cidade de São Paulo, Paulo Saldiva, pesquisador e professor da USP e Willian Cruz, presidente da ONG Vá de Bike!.

Brasil Busca a Segurança em Duas Rodas
Com mediação do jornalista Geraldo Simões, painel prevê a discussão de ações do governo voltadas a segurança dos motociclistas e conta com a participação de Cezar Augusto de S. Oliveira, presidente do Carpe Dien Moto Clube, de São Paulo, Hugo Leal, deputado federal, e Samuel Ometto, coordenador de atendimento por motocicletas URAM/SAMU.

Duas rodas - Movimento que Cresce
Último painel do dia apresenta as perspectivas de crescimento da mobilidade urbana em duas rodas. Daniel Annenberg, presidente do Detran-SP, Marcelo Araújo, presidente da Comissão de Trânsito e Transporte da OAB/PR e Maria Cristina Hoffmann, coordenadora geral de qualificação do fator humano no trânsito irão analisar a convivência com segurança no novo perfil de trânsito urbano. O jornalista Roberto Agresti fará a mediação.
Na quarta edição, a Abraciclo espera superar o número das edições anteriores e receber cerca de 200 participantes.
O Fórum Abraciclo é dirigido à imprensa, autoridades, universitários e entidades do setor de Duas Rodas, com foco na mobilidade e segurança dos veículos no trânsito. A inscrição é gratuita e as vagas são limitadas.

Serviço
IV Fórum Abraciclo – Mobilidade & Segurança em Duas Rodas
Data: 16 de maio

Horário: das 08h30 às 16h30

Local: Renaissance Sao Paulo Hotel
Endereço: Rua Haddock Lobo, nº 746 - Jardim Paulista
Inscrições: www.abraciclo.com.br

Sobre a ABRACICLO e o Setor de Duas Rodas
Com 36 anos de história e 13 associadas, a ABRACICLO - Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares - representa, no país, os interesses dos fabricantes de transporte em Duas Rodas, além de investir fortemente em ações que tenham por objetivo a busca pela paz no trânsito e pilotagem defensiva.
Representativa, a fabricação nacional de motocicletas - majoritariamente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM) - está entre as cinco maiores do mundo. Já no segmento de bicicletas, o Brasil se encontra na terceira posição entre os principais produtores mundiais. No total, o Setor de Duas Rodas gera em suas indústrias cerca de 20 mil empregos diretos.

MOTOCICLETAS
BICICLETAS
Frota Nacional: mais de 20 milhões
Frota Nacional: mais de 70 milhões
Produção anual: cerca de 1,7 milhão de unidades
Produção anual: mais de 4 milhões
de unidades
5º maior produtor mundial
3º maior produtor mundial

Fonte: ABRACICLO

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Paulistano poderá usar Bilhete Único compartilhar Bicicletas Públicas


Ciclistas em São Paulo
Ciclistas em São Paulo
créditos: Circuito Fora do Eixo


Preocupada em integrar, definitivamente, a bike como um meio de transporte e não apenas lazer, a prefeitura de São Paulo está planejando licitar um novo sistema de aluguel de bicicletas públicas na capital, totalmente integrado ao Bilhete Único. A ideia é possibilitar que as pessoas utilizem as magrelas para complementar trajetos antes e após o ônibus, sem depender do automóvel.



De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a prefeitura pretende investir pesado e oferecer uma grande rede de aluguel de bikes. Devem ser instaladas estações por todas as regiões da cidade, com cerca de 50 mil bicicletas à disposição da população. Porém, o modelo ainda está em análise. O secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, não deu prazo para a licitação e nem divulgou custos envolvidos, mas afirmou que o projeto já foi apresentado ao prefeito Fernando Haddad.
Mobilize

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Greenpeace quer mais corredores de ônibus

Cada vez mais a sociedade tem se conscientizado de que os investimentos em transportes públicos trazem benefícios para a mobilidade das pessoas, mas também para outros setores, como o econômico, social e para a preservação do meio ambiente.
E diversos movimentos em todo o mundo, inclusive no Brasil, reconhecem a importância dos corredores de ônibus para que as cidades tenham o espaço ocupado de forma democrática e com o menor impacto ambiental possível.
O Greenpeace Brasil colocou em diversos pontos da cidade de São Paulo faixas e cartazes cobrando das autoridades mais agilidade na priorização dos ônibus no espaço urbano.
Um ônibus consegue substituir em média 45 carros de passeio, o que significa menos congestionamento e poluição. Mas as pessoas que hoje usam carros só vão migrar para o transporte público se ele oferecer conforto e rapidez, o que é possível por meio de corredores bem elaborados.
No viaduto Guadalajara, sobre a Radial Leste, uma das vias de maior movimento da cidade de São Paulo, a ONG colocou uma faixa de 10 metros coma frase “Cadê o Corredor de Ônibus que poderia estar aqui?”
O Greenpeace também cobra outros corredores, como o da Vila Sônia, além de mais ciclovias, calçadas que ofereçam acessibilidade e melhoria nas travessias para pedestres.
Nesta terça-feira, dia 09 de abril, o secretário municipal de transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, apresentou um plano de corredores de ônibus para a cidade, que totalizam 147 quilômetros, muitos dos quais do estilo BRT, com possibilidade de pagamento da passagem nas estações para agilizar as operações de embarque e desembarque, estações com o piso no mesmo nível do assoalho dos ônibus, oferecendo acessibilidade, e pontos de ultrapassagem para evitar filas de ônibus nos pontos e aumentar a velocidade média dos transportes públicos sobre pneus.
A entidade mundial, com representação no Brasil, realiza a campanha “Cadê o Plano de Mobilidade” em nível nacional.
O objetivo é alertar a população para participar cobrando das autoridades o cumprimento da lei federal 12.587, de janeiro de 2012, que determina que até 2015 as cidades com mais de 20 mil habitantes tenham um Plano de Mobilidade que priorize o pedestre, o ciclista e os transportes coletivos.
De acordo com levantamento do Greenpeace Brasil apenas sete capitas apresentaram planos até agora: Rio Branco, Porto Velho, Salvador, Belo Horizonte, Vitória e Rio de Janeiro. A maior parte inclui o ônibus como solução de transportes.
Contanto com especialistas em cidades e meio ambiente e com milhares de ativistas em todo o mundo, o Greenpeace sabe do papel do transporte público para cidades mais sustentáveis e da importância do ônibus neste processo.


Blog Ponto de Ônibus

terça-feira, 9 de abril de 2013

Inscrições para 80ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários de Transportes, em Brasília, devem ser feitas até 16 de abril.


As inscrições para a 80ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito, no dia 23 de abril, no Centro de Convenções Espaço Brasil 21, em Brasília, deverão ser feitas "impreterivelmente até o dia 16 de abril", a terça-feira da próxima semana. O alerta consta de carta enviada pelo presidente da ANTP, Ailton Brasiliense Pires, e pela secretária do Fórum Nacional, Valéria Aguiar, a todos os secretários e dirigentes

Reservas no hotel garantidas só até 9 de abril. Valéria acrescenta que foi prorrogado somente até esta terça-feira, 9 de abril, o bloqueio de vagas no Hotel Naoum Plaza Brasília (próximo ao local do evento) para participantes da 80ª Reunião do Fórum Nacional, depois dessa data, o hotel estará liberado para destinar as vagas para quaisquer interessados. 

Significado. "O objetivo central do Fórum é reunir as principais autoridades municipais, responsáveis pelas políticas públicas de mobilidade urbana nas cidades brasileiras de grande, médio e pequeno porte, visando à troca de experiências, conhecimento de novas tecnologias, discussão de problemas comuns e consequentemente encaminhamentos que se façam necessários junto a todas as esferas de governo", assinala a carta. 

Desenvolvimento sustentável. A 80ª Reunião do Fórum Nacional acontecerá simultaneamente com o II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável promovido pela Frente Nacional de Prefeitos, e que tem por tema geral Desafios dos novos governantes locais.

AGENDA

A reunião exclusiva dos secretários está marcada para o dia 23 de abril; das 9h às 18h. Nos dias 24 e 25, no contexto do II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável haverá uma sala temática intitulada Desafios da Mobilidade Urbana e Metropolitana aberta à participação de todos os prefeitos e secretários. 

Novos secretários e dirigentes. Aseleições de 2012 trouxeram mudanças nos quadros de dirigentes municipais razão pela qual a primeira reunião do Fórum Nacional em 2013 tratará nos seguintes pontos: 1) Os novos dirigentes, a estrutura e o papel do Fórum Nacional; 2) As ações em andamento; 3) A relação do Fórum Nacional com o governo federal através do Ministério das Cidades (Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana - SeMob e Departamento Nacional de Trânsito - Denatran); 4) A importância do engajamento dos secretários e dirigentes municipais na elaboração de uma pauta do setor para 2013/2014; e 5) A eleição do novo presidente do Fórum Nacional. 

Inscrições e hospedagem. A ANTP orienta os secretários a providenciarem a inscrição e a reserva de hospedagem o mais rapidamente possível, tendo em vista os eventos que acontecerão em Brasília na mesma ocasião do Fórum Nacional.

 Semanal ANTP

sábado, 6 de abril de 2013

Falta de prioridade ao transporte público também encarece ter carro



ônibus
São Paulo é a segunda cidade no mundo onde é mais caro adquirir e manter um carro particular, de acordo com levantamento internacional. Falta de rede suficiente de transporte público cria um modelo de uso de automóvel que encarece a manutenção do veículo particular. Foto: Adamo Bazani.
Falta de prioridade ao transporte público contribui para que São Paulo seja a segunda cidade do mundo mais cara para ter e manter automóvel
Levantamento é da Revista The Economist e leva em consideração os principais custos de um veículo. Modo de uso do carro pelo paulistano deixa manutenção cara
ADAMO BAZANI – CBN
Se o excesso de veículos nas cidades não é bom para o trânsito e para a o meio ambiente, em São Paulo, também é problema para o bolso.
De acordo com levantamento da revista inglesa The Economist, São Paulo é a segunda cidade do mundo onde é mais caro comprar e manter um carro de passeio.
Os especialistas na revista levaram em conta veículos de porte médio, com 1800 cilindradas, para que a comparação entre as diversas cidades do mundo não fosse prejudicada pelas diferentes características dos veículos em cada região. Foram usadas as marcas Audi e Mercedes Benz.
Comprar e manter um carro na cidade de São Paulo por três anos faz o motorista desembolsar mais de US$ 120 mil dólares.
O valor só é menor que na cidade de Nova Déli, na Índia, onde para ter e manter um carro por três anos, o cidadão gasta em média US$ 140 mil dólares.
Os dados levam em consideração diversos gastos, como aquisição, impostos, combustível, manutenção e taxas.
Nos países em desenvolvimento, os gastos são maiores por causa da maior carga de impostos nestas nações.
Chama atenção o fato de que nas cidades onde não há investimento suficiente em transporte público, os custos para manter carros são maiores por diversos motivos.
O primeiro deles é porque o uso do carro é maior, o que eleva os gastos para o proprietário do veículo.
Em Nova Iorque, por exemplo, onde para os deslocamentos cotidianos para a escola ou trabalho a maior parte das pessoas usa ônibus ou metrô, o dono de um carro gasta pouco mais de US$ 40 mil dólares em três anos. E a taxa de motorização da população é alta, mas o carro é usado eventualmente ou para passeios de final de semana.
Mas a falta de transporte público não deixa a manutenção do carro mais cara apenas pelo uso maior, mas pela forma de utilização do veículo.
Sem rede de corredores de ônibus e metrô suficiente, as pessoas ficam mais tempo presas nos congestionamentos, o que aumenta ainda mais os gastos com os carros parados a toa nas ruas.
O transporte público consegue atender a uma grande quantidade de pessoas ocupando menor espaço urbano. Assim, a prioridade ao transporte urbano significa vias mais livres.
Para o transporte público, no entanto se tornar interessante, ele deve ter baixo custo e velocidade maior.
Algumas cidades já restringiram algumas áreas para carros.
É o que São Paulo fez recentemente na região do Largo Treze de Maio, na zona Sul de São Paulo, que nos horários de maior movimento da manhã e da tarde restringiu a circulação de carros de passeio em algumas ruas.
De acordo com a SPTrans – São Paulo Transportes, gerenciadora dos serviços, por causa da restrição de circulação dos carros, a velocidade média dos ônibus que trafegam pelo corredor da Avenida Santo Amaro e que depois servem a região do Largo Treze de Maio passou de 11 quilômetros por hora para 21 quilômetros por hora, segundo as medições feitas pelo sistema Olho Vivo dos aparelhos de GPS dos ônibus.
Blog Ponto de Ônibus
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes