quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Governo mantém IPI menor para carros, eletrodomésticos, material de construção e móveis

O governo decidiu prorrogar o desconto de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na compra de carros, geladeiras, fogões, lavadoras, móveis e material de construção. A previsão era que a redução do IPI de carros e eletrodomésticos terminasse nesta sexta-feira (31). A medida tenta estimular a economia, diante do agravamento da crise econômica global.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O desconto para carros foi prorrogado por mais dois meses e vai até 31 de outubro deste ano. O governo prevê deixar de arrecadar R$ 800 milhões em impostos nesses dois meses.

O desconto para eletrodomésticos da linha branca foi prorrogado até 31 de dezembro deste ano. Com isso, o governo deve deixar de arrecadar R$ 361 milhões (entre setembro e dezembro).
A isenção para móveis, painéis e laminados vale também até 31 de dezembro. A arrecadação deve ser R$ 371 milhões menor no período, segundo Mantega.

O desconto de IPI para material de construção vai até o fim de 2013. A perda de arrecadação estimada é de R$ 1,8 bilhão.

O governo também zerou o imposto da maioria dos bens de capital (máquinas industriais que produzem os objetos de consumo da população) até o fim de 2013.

O Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES (Banco Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi prorrogado até o final do ano, e as taxas de juros cobradas nos financiamentos para a aquisição de bens de capital e caminhões foi reduzida de 5,5% para 2,5% ao ano
No total, o governo prevê que vai deixar de arrecadar em impostos R$ 5,5 bilhões neste ano e no próximo. Segundo Mantega, a economia brasileira está em gradual recuperação, mas é preciso continuar dando estímulos. 

Corte de impostos de carros tinha validade original de 3 meses

O corte original de IPI dos carros havia sido anunciado em maio pelo governo e tinha previsão de durar três meses, até 31 de agosto.

O IPI dos carros nacionais 1.0 caiu de 7% para zero. No caso de carros maiores, a redução foi menor, dependendo do combustívei e da procedência (carro nacional ou importado).

Em contrapartida, as fábricas de carros se comprometeram a não demitir funcionários. Com a redução do IPI, o governo previa deixar de arrecadar R$ 1,2 bilhão nos três meses iniciais da isenção (de maio a agosto).

O corte de IPI varia conforme a situação do carro, nacional ou importado, conforme o novo regime automotivo. Esse regime estabelece vantagens para veículos produzidos no país ou que usem mais peças nacionais.

A redução do IPI para carros obedece aos seguintes critérios:

Carros até 1.000 cc
  • No regime automotivo (carros nacionais ou com um percentual de peças brasileiras): IPI cai de 7% para zero
  • Fora do regime automotivo (carros importados): IPI cai de 37% para 30%
Carros até 2.000 cc

Flex
  • No regime automotivo: de 11% para 5,5%
  • Fora do regime automotivo: de 41% para 35,5%

A gasolina
  • No regime automotivo: De 13% para 6,5%
  • Fora do regime automotivo: 43% para 36,5%

Carros utilitários
  • No regime automotivo: de 4% para 1%
  • Fora do regime automotivo: de 34% para 31%
(Com informações da Reuters)

Londres: ouro em mobilidade sustentável


A capital britânica vem mostrando que está disposta a conquistar o ouro também em mobilidade. Já há alguns anos Londres investe em transporte público e alternativas menos poluebtes de mobilidade, principalmente incentivando a população a caminhar mais pela cidade, com iniciativas como o Legible London.

A capital britânica, além de possuir um dos mais tradicionais e eficientes metrôs do mundo, também foi uma das pioneiras na criação do pedágio urbano. Desde 2003, os carros particulares precisam pagar para circular pelo centro da cidade, medida que diminuiu em 30% o número veículos na região, assim como os níveis de poluição. Já em 2010, foi a vez do transporte não-motorizado receber investimentos. O sistema público de aluguel de bicicletas foi lançado, com quase 600 estações e mais de 8 mil bikes.

Observando o transporte público, a prefeitura investiu em novas tecnologias de combustível para os novos modelos dos trdicionais ônibus Routemaster, os vermelhos de dois andares, que ganharam design inovador e já estão circulando com motor híbrido (elétrico e diesel).

Eles diminuem pela metade as emissões de gases de efeito estufa, além de reduzir em cerca de 40% a poluição local, segundo informações da coluna. Já os famosos táxis pretos de Londres, apesar de manter o visual antigo, estão sendo equipados com tecnologia de última geração movidos a hidrogênio, o que significa nenhuma emissão de CO2. Os primeiros táxis limpos devem começar a circular durante os Jogos, em julho, e a previsão é que toda a frota seja renovada com a nova tecnologia até 2020.

As iniciativas britânicas são inspiradoras, mas e o Brasil também vai conseguir disputar o ouro no pódio da mobilidade das Olimpíadas em 2016?