quarta-feira, 13 de março de 2013

Perspectivas da Mobilidade para 2013: a visão do Secretariado do MDT

O MDT questiona: Quais as prioridades para 2013 no tocante à Mobilidade Urbana no País, e Emiliano Affonso, engenheiro do Metrô de São Paulo e membro do Secretariado do MDT avalia as políticas de mobilidade para 2013




Emiliano Affonso: Conforme venho defendendo, devemos nos movimentar para garantir uma melhoria constante do transporte público e da mobilidade nas grandes cidades e metrópoles do país. Para isto torna-se imprescindível obter fontes permanentes de recursos, o comprometimento de todos os níveis de governo e facilitar e acelerar a implantação dos sistemas estruturadores de transporte, sejam eles corredores de BRT ou metroferroviários.



A despeito das priorizações pontuais que ocorreram através do PAC da Copa, do PAC da Mobilidade e do Programa de Transporte do GESP, estamos presenciando o atraso no início e na implantação das obras por uma série de “obstáculos” que o nosso movimento deve trazer a tona e procurar aplaina-los.



O meio ambiente que deveria ser de grande ajuda na implantação das redes de transporte público, na prática, é um complicador que em diversos casos atrasa ou compromete a sua implantação e encarece os custos. Deveríamos no mínimo ter as mesmas facilidades que o transporte individual tem para circular nas nossas grandes cidades.



Precisamos propor leis que deixem claro as obrigações ambientais para todos os modos, mesmo o individual, e ajudem na implantação de sistemas de transporte público de qualidade.



Precisamos trazer o Ministério Público para parceiro de nossa causa. Para isto precisamos nos aproximar e municiona-lo para cobrar as promessas dos governos e evitar atrasos em obras que dariam maior mobilidade e qualidade de vida para a população atendida.



Devemos denunciar e questionar a política governamental que zerou a CIDE para subsidiar a gasolina, aumentou o congestionamento de nossas cidades, tornou o Brasil um importador de álcool e comprometeu os resultados e a eficácia da Petrobrás, que deixou de ser a maior empresa nacional.

 Emiliano Affonso, engenheiro do Metrô de São Paulo e membro do Secretariado do MDT