segunda-feira, 10 de junho de 2013

Haddad: "É posível baixar a tarifa de ônibus"

ABr180413_ANT5134.jpg
Prefeito de São Paulo disse que estuda, com outras prefeituras, proposta para levar à presidente Dilma Roussef. Zerar a tarifa, contudo, "custaria R$ 6 bilhões"
Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, o prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) afirmou que é possível baixar a tarifa de ônibus, que foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20. Segundo Haddad, isso seria possível com subsídios municipais e municipalizando a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, o chamado Cide, um imposto que incide sobre combustíveis.
O prefeito disse ainda que a proposta está sendo estudada em conjunto com outras prefeituras e, após essa etapa, será levada à presidente Dilma Roussef. Haddad falou também sobre o atual reajuste: “nenhum candidato se comprometeu em congelar a tarifa, pela inviabilidade disso nos moldes em que o sistema é oferecido hoje. O compromisso que assumimos foi o de que nós não reajustaríamos a tarifa acima da inflação acumulada desde o reajuste dado pela administração anterior, que foi o que ocorreu. O reajuste foi de menos da metade da inflação do período”.
Para não aumentar a passagem no ano que vem, segundo Haddad disse ao Estadão, o custo para a prefeitura seria de R$ 1,25 bilhão -“o dobro do subsídio deste ano”. Já zerar a tarifa exigiria R$ 6 bilhões. O mandatário petista também afirmou que, por causa da violência, os protestos do Movimento Passe Livre surtiram o efeito contrário ao desejado. Nesta quinta, sexta e sábado a capital paulistana foi palco de manifestações convocadas pelo Movimento Passe Livre, que defende tarifa zero em todos os transportes públicos –ônibus, trem e metrô, sendo os dois últimos de responsabilidade do governo estadual.
“Isso é uma bandeira, mas o que está em discussão é a diminuição do peso da tarifa no custo de vida. É um debate que vale a pena fazer, de maneira civilizada. Zerar a tarifa custaria R$ 6 bilhões. E qual é a fonte de financiamento de R$ 6 bilhões? Essa é a discussão séria que tem de ser colocada na mesa”.
Por fim, falou estar aberto ao diálogo com o movimento: “O dirigente não pode se recusar ao diálogo, não é cabível na democracia”.
Carta Capital