quinta-feira, 3 de abril de 2014

O MDT recomenda: utilize o transporte público - salve a cidade

            
                                         
Mais de 80% da população brasileira está concentrada nas cidades que crescem 2,5% ao ano. As cidades concentram pessoas, aglutinam problemas, pesadelos, sonhos e soluções dentro de uma frenética rede de relações sociais, econômicas, culturais e  políticas, estabelecendo uma grande troca de conhecimento, informação e sentimentos.  Essa grande união de pessoas e as inter-relações dentro de um determinado espaço exige de imediato que se faça o equilíbrio entre o homem e a  natureza. Os espaços das cidades devem ser compartilhados coletivamente também na medida das necessidades de deslocamento de seus cidadãos. O transporte coletivo deve permitir que as pessoas tenham mobilidade para acessar o trabalho, a escola, o hospital, o parque, as lojas e outros serviços, em segurança, conforto, com dignidade e com  mínima agressão ao meio ambiente.  

O Brasil parece estar na contramão da tendência mundial entupindo suas cidades com carros enquanto O restante do mundo desenvolvido está investindo em transporte público urbano de massa.  É visivelmente grave a situação Na Região Metropolitana de São Paulo onde vivem 19 milhões de pessoas, com cerca de 1000 carros novos em circulação a cada dia e oferta de financiamento em até 60 meses o que contribui ainda mais para os congestionamentos na cidade com  aumento da poluição e dos acidentes de trânsito .  E assim a vida urbana vem perdendo qualidade.

TRANSPORTE BOM E BARATO

É preciso ter vontade política para carregar a bandeira de um transporte público de boa qualidade e também barato. É preciso buscar  organizar o uso dos espaços urbanos em prol da qualidade de vida da população.   A cidade necessita de um serviço de transporte coletivo em toda a sua extensão.  A periferia também deve ser atendida com o mesmo padrão de transporte público existente nos centros urbanos mais ricos o que também significa que a cidade deverá ser desenhada para facilitar a vida de pedestres, ciclistas e usuários de transporte público. 

 O maior desafio hoje é fazer a cidade acreditar em si mesma, em sua força.   Não pode haver divergências entre política e sustentabilidade. Com interesses específicos e visão limitada ao aqui e agora, as decisões na esfera do poder não podem deixar de cumprir os princípios do bem comum e universal.  Neste momento os cidadãos estão se dando conta da sua força e importância sendo capazes de provocar as mudanças necessárias para traçar o  destino que poderá mudar a história da qualidade de vida urbana.