sábado, 22 de março de 2014

O MDT defende a redução da velocidade para melhorar a qualidade de vida urbana




Reduzir a velocidade dos automóveis em grandes cidades pode ser uma alternativa eficiente para diminuir a quantidade de acidentes fatais no trânsito. Esta é a proposta do site dinamarquês Copenhagenize, que coloca a velocidade de 30 km/h como a ideal.

A página europeia é especializada em pensar soluções para tornar as cidades mais amigas dos pedestres e dos ciclistas. Tornar as vias mais seguras é uma das principais. O problema é que a maior parte das cidades em todo o mundo tem suas maneiras de incentivar o uso de meios de transporte alternativos e, consequentemente, menos poluentes avenidas e estradas pensadas somente para transportarem os motoristas com a maior agilidade possível.

Atualmente um dos principais métodos aplicados na engenharia de trânsito é conhecido como “O percentual 85”. Isso significa que os limites de velocidade das vias são estabelecidos de acordo com a média de velocidade de 85% dos veículos que trafegam por ela. Esse parâmetro considera apenas o desempenho dos motorizados e descarta totalmente a influência ou segurança dos mais vulneráveis no trânsito, que são ciclistas e pedestres. Além disso, ele pressupõe que os motoristas são prudentes em termos de velocidade, uma generalização que nem sempre é verdade.

Um estudo feito em 1964 por David Solomon ainda é usado como base para defender o aumento da velocidade em grandes vias. A publicação diz que a cada 5 km/h reduzido, os motoristas têm mais chance de sofrerem acidentes. O modelo, porém, é considerado arcaico pela equipe do site dinamarquês.


O ideal, segundo o site, é ter como velocidade máxima os 30 km/h. Nessas condições, a chance de um pedestre atropelado morrer é de apenas 10%, enquanto em um atropelamento feito com o carro a 50 km/h as chances de óbito são de 80%. A proposta é repensar as cidades, tornando-as mais seguras para seus próprios habitantes. A página ainda lembra que, ao receberem suas habilitações, todos os motoristas deveriam ser lembrados de que eles conduzem uma arma que pode acabar com muitas vidas se não houver cuidado, respeito e prudência.

CicloVivo