quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Absurdo juiz fixar fiança de R$ 245 mil para motorista de Camaro ser liberado

O juiz Rodrigo de Azevedo Costa, do plantão do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou pedido de liberdade provisória feito pelo advogado de defesa de Felipe De Lorena Infante Arenzon, de 19 anos. Ao volante de um Camaro, o jovem se envolveu em um acidente na manhã de sexta-feira, no qual uma vítima ficou com queimaduras em 85% do corpo após o veículo se incendiar e em seguida veio a falecer.


Ele foi indiciado pelos crimes de tentativa de homicídio doloso, embriaguez ao volante e fuga do local do acidente.

Ele foi liberado já na segunda-feira com  uma fiança fixada pelo juiz em R$ 245 mil. O Ministério Público, segundo Cáceres, concordou com o pedido de liberdade, mas pediu uma fiança de R$ 250 mil. Segundo ele, o valor pode retornar a família caso Felipe cumpra todas as determinações da polícia e da Justiça durante o inquérito que apura as responsabilidades pelo acidente.

Felipe Arenzon dirigia um Camaro quando bateu em pelo menos outros dois veículos na Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte de São Paulo. O jovem e outras quatro pessoas ficaram feridas, uma delas com gravidade.

De acordo com o delegado Marcos Manarini, delegado-assistente do 28º DP, na Freguesia do Ó, onde a ocorrência foi registrada, o motorista "assumiu o risco" de provocar o acidente. De acordo com a polícia e com testemunhas, o jovem apresentava sinais de embriaguez – ele estava com os olhos vermelhos, exalava cheiro de álcool e tinha dificuldades para andar e falar. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e, ao ficar preso na delegacia, não deu declarações.

Colisão

O acidente aconteceu por volta das 8h de sexta na altura do número 2.500 da Avenida Inajar de Souza, do sentido Freguesia do Ó. Por volta das 15h, pelo menos uma das faixas da via permanecia interditada. Cinco pessoas ficaram feridas – o motorista do Camaro, três pessoas que estavam em outro carro, e o motorista de um veículo que pegou fogo após a colisão e teve parte do corpo queimado, segundo os bombeiros.

De acordo com o soldado Luís Carlos Barboza, da Polícia Militar, o motorista do Camaro foi encontrado em uma casa próxima ao local do acidente. Ainda segundo o soldado, o condutor disse que voltava de uma festa em uma casa noturna na Zona Oeste da cidade quando o correu o acidente.

Dentro do carro foi encontrada uma lata de cerveja. Testemunhas disseram que ele havia batido em outro veículo antes de causar o maior acidente. Segundo a polícia, ele bateu em outro carro na região da Pompeia e atropelou duas mulheres na Ponte da Freguesia do Ó. Segundo a PM, elas foram socorridas por pessoas que passavam pelo local.

Absurdo total. O MDT luta pela paz no trânsito.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

Quase metade de moradores de SP ouvidos em pesquisa quer ciclovias em toda a capital

R7
A cena é bem conhecida por quem vive e visita a cidade de São Paulo. Uma frota de cerca de 3,8 milhões de veículos abarrotam diariamente as ruas da capital e interferem na qualidade do ar e na mobilidade urbana. Diante desse cenário com ares de apocalipse, quase a metade (48,8%) dos 33.430 moradores ouvidos pela pesquisa Você no Parlamento, da ONG Rede Nossa São Paulo junto com a Câmara dos Vereadores, defende que o poder público implante ciclovias e promova o transporte de bicicletas em todas as regiões da cidade.



A consulta pública foi realizada entre os dias 15 de junho e 30 de setembro deste ano. Por meio de um questionário, respondido pela internet ou em material impresso, os moradores de São Paulo puderam definir quais são as prioridades nas políticas públicas de transporte, saúde, acessibilidade, habitação, educação, entre outros serviços públicos. Os entrevistados puderam escolher 40% das opções de prioridades estabelecidas pelo questionário em cada um dos quesitos. Por exemplo, eles optaram por selecionar quatro dos dez itens no critério de mobilidade e transporte.



A maior parte das pessoas (77,4%) pede que o governo municipal priorize a circulação de ônibus nas ruas e a criação de corredores exclusivos para esses veículos na cidade. É este mesmo grupo de entrevistados que, inclusive, cobra pontualidade na chegada dos ônibus nos pontos de parada e nos terminais.



A pesquisa da Rede Nossa São Paulo e da Câmara dos Vereadores apontou também que 59% dos moradores da capital ouvidos no estudo querem que o preço das passagens do transporte público seja mais barato. Ainda no quesito transporte, 48,6% dos mais de 33 mil entrevistados desejam que a administração municipal desenvolva ações para diminuir o tempo de deslocamento na cidade. Outros 48% avaliam como prioridade a participação da prefeitura na ampliação das linhas do Metrô e ferrovias.



Os moradores de São Paulo apoiaram ainda ações para melhorar a qualidade das calçadas (39,8%) e pediram para que a circulação das motocicletas na capital seja mais fiscalizada (33,6%).



Os resultados completos da consulta pública serão entregues aos 55 vereadores de São Paulo, na tarde desta terça-feira (11). A proposta do estudo é que os parlamentares aproveitem as informações contidas nele para elaborar projetos de lei, propor emendas ao orçamento de 2012 e fiscalizar os trabalhos da prefeitura.

Saúde


Você no Parlamento também revelou as áreas da saúde nas quais a população espera melhorias. Mais de 75% dos 33.450 entrevistados pediram para que a administração municipal garanta mais rapidez na hora de alguém precisar marcar uma consulta médica e fazer uma cirurgia ou um exame.


Do total, 73% dos entrevistados ainda elencaram a necessidade de criar mais unidades de saúde na cidade, como os hospitais, pronto-socorros e AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). A maior oferta de locais de atendimento médico na cidade faria com que o acesso até eles fosse mais rápido, acreditam os paulistanos ouvidos pela pesquisa.



Quase metade dos respondentes também pediu que o poder público fique mais de olho na qualidade do serviço e da infraestrutura oferecida das unidades de saúde. A realização de concursos públicos e o investimento na formação dos profissionais foi escolhidos por 45% do público.



O estudo ouviu 18.319 mulheres e 14.463 homens a partir de 18 anos. Cerca de 24% deles tem entre 30 e 39 anos e outros 17,5% têm de 40 a 49 anos. A maior parte dos moradores entrevistados também são brancos (62,5%), seguidos por pardos (22,7%) e pretos (6,8%). Cerca de um quarto dos participantes também já concluiu o nível superior.
 
Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT