quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Corte o carbono

Mapa evidencia a intensidade das ondas de calor sobre a Terra em 2010, incluindo o Ártico: Imagem: Divulgação


O ano de 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente desde 1880, quando a Organização Meteorológica Mundial (OMM) iniciou as medições. A última temporada encerrou uma década de temperaturas excepcionalmente altas devido às emissões humanas de gases de efeito estufa, segundo informações da agência de noticias Reuters.

A temperatura da superfície terrestre no ano passado foi 0,62 grau Celsius superior à média do século 20, de acordo com relatório divulgado quarta-feira, 12 de janeiro, pelo Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC), ligado à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.

“Esses resultados mostram que o clima está continuando a demonstrar a influência dos gases de efeito estufa. Está demonstrando a evidência do aquecimento”, afirmou David Easterling, chefe da divisão de serviços científicos do NCDC, em teleconferência com jornalistas.


Muitos países, como Rússia e Paquistão, sofreram em 2010 com ondas de calor e inundações que deixaram milhares de mortos e destruíram lavouras. Não é possível atribuir nenhuma catástrofe climática diretamente ao aquecimento global, mas a tendência de elevação das temperaturas desde 2000 aumenta a possibilidade de que ocorram novas ondas de calor, inundações e secas, segundo Easterling.


Desde 2000, todos os anos subsequentes estiveram entre os 15 mais quentes já registrados. O ano passado foi também o mais úmido já registrado, e uma atmosfera mais aquecida contém mais água, o que em geral pode resultar em mais inundações, explicou o cientista.


Tendência de futuro efervescente

O relatório não fez previsões para o clima no futuro, mas uma comissão científica da Organização das Nações Unidas (ONU) indica que a tendência neste século é de fenômenos climáticos mais extremos, devido ao acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, principalmente em decorrência da queima de combustíveis fósseis e da destruição de florestas.


Durante a 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre o Clima (COP16), realizada entre novembro e dezembro de 2010, em Cancún (México), cerca de 200 países se comprometeram a tentar limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

No entanto, cientistas apontam que as reduções de emissões de gases de efeito estufa prometidas por grandes poluidores, como Estados Unidos e China, são insuficientes para alcançar tal meta, segundo cientistas

Carbono
 
O Duoóxido de carbono (CO2)  é um componente essencial a Terra. Ele aprisiona os rais solares na atmosfera, o que garante uma temperatura propícia à vida. Com a atividade humana, porém, especialmente a queima de combustíveis fósseis, hoje o CO2 na atmosfera é o mais alto em 650 mil anos. Ele funcionando
como um cobertor grosso demais, aquecendo o planeta a ponto de alterar o equilíbrio climático que sustenta a vida tal qual conhecemos.
 
O ato de dirigir um automóvel produz CO2. No Reino Unido, por exemplo, uma pessoa gera 11 toneladas de Co2 por ano e nos EUA esse número sobe para 20. Os cientistas recomendam que cada pessoa tente reduzir a metade a "pegada de carbono". Parece muito mas este objetivo pode ser alcançado com a mudança no estilo de vida.
Ande,de transporte público e de transporte não motorizado.
 
Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT