Você sabia que todas as políticas sociais criadas pelo governo federal que tenham relação com o sistema de transporte urbano brasileiro são financiadas pelo passageiro que paga a chamada tarifa cheia, ou seja, aquela sem qualquer benefício de redução, nem mesmo vale-transporte? Não é à toa que o sistema de transporte urbano do Brasil, operado por ônibus, transportava 60 milhões de pessoas dez anos atrás e hoje transporta 40 milhões. E que o setor amarga uma perda de passageiros média de 4% por ano.
Muito se tem discutido sobre a necessidade de tirar do passageiro o ônus da manutenção dos sistemas de transporte público. É preciso dividir a conta no meio: 50% dos custos seriam pagos pela tarifa (e não 100% como é hoje) e 50% seriam subsidiados, não importa através de recursos diretos, de um fundo nacional, por exemplo, ou pela desoneração tributária do setor.
Nazareno Stanislau Affonso, coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade (MDT) e do escritório da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) de Brasília, defende a taxação dos automóveis para alimentar um fundo nacional que subsidie o transporte urbano brasileiro. Seja como alíquota que incida sobre a gasolina, seja por outras formas, como pedágios urbanos, por exemplo. Confira!
DE OLHO NO TRÂNSITO
JC