terça-feira, 5 de abril de 2011

O MDT e a questão do automóvel


 O MDT tem sido firme também em defender que recursos da CIDE sejam direcionados para irrigar fundos municipais, estaduais e federais, de gestão democratizada, para, com base em critérios públicos e transparentes, discutidos com a comunidade técnica e com setores sociais diretamente envolvidos, garantam o volume de recursos capaz de sustentar a continuidade dos financiamentos de investimentos na mobilidade urbana, com ênfase no transporte publico coletivo, transporte não motorizado e favorecimento dos deslocamentos a pé.

Desde sua criação o MDT tem o foco de atuação na defesa da universalização do transporte público de qualidade, tendo em vista que somente sistemas de transporte público de qualidade e eficientes socialmente permitem a construção de cidades humanas e com qualidade de vida, mas considerando também a necessidade de assegurar o direito essencial do ir e vir a milhões de pessoas hoje excluídas da possibilidade de deslocarem-se por não terem recursos para pagar as tarifas.

É preciso estabelece efetiva equidade na apropriação do sistema viário As cidades precisam de corredores de ônibus em vias segregadas, faixas exclusivas e vias liberadas para o transporte coletivo nos horários de pico e integrados a veículos de pequena e média capacidade como alimentadores, ao que se deve agregar a urbanização de qualidade ao longo dos corredores exclusivos, incluindo serviços de terminais de integração e também calçadas bem cuidadas, para que se evitem acidentes com pedestres, que são mais comuns do que normalmente se pensa, quando os passeios são inadequados. A acessibilidade universal, como regra geral, corresponde a um terço dos deslocamentos é feito a pé, é preciso que haja calçadas, equipamentos de transferência intermodal e veículos acessíveis.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT