segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Novas faixas de ônibus beneficiam 2 milhões


Hoje mais 9,9 km de faixas exclusivas à direita passam a funcionar na cidade e, com isso, a capital atinge a marca de 150 km desse mecanismo


 A cidade de São Paulo alcançou na segunda-feira, 9, a marca de 150 km de faixas exclusivas de ônibus à direita, uma meta de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT). Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mais 9,9 km de faixas só para os coletivos começam a funcionar.

Ao todo, cerca de 2,2 milhões de passageiros devem ser beneficiados. Diariamente, o sistema transporta 9,8 milhões de usuários. A CET não divulgou quando começa a aplicação de multas nas novas faixas.
Do novo lote, a Avenida Ragueb Chohfi, na zona leste, terá a maior quantidade de quilômetros de faixas exclusivas: 3,5 km, nos dois sentidos de segunda a sexta-feira das 6h às 9h e das 17h às 20h. Outra avenida da região, a Amador Bueno da Veiga, na Penha, terá 1,3 km de faixas exclusivas. No sentido centro, das 6h às 9h. No sentido bairro, das 17h às 20h.
Na Avenida Nordestina, serão 1,2 km de faixas exclusivas que também vão funcionar entre 17h e 20h, nos dias úteis.
Zona sul. A zona sul de São Paulo também receberá novas faixas a partir de hoje. Na Rua Pedro de Toledo, na Vila Mariana, serão 500 metros, de segunda a sexta-feira, entre 6h e 22h. No Ipiranga, a Avenida Dom Pedro 1.º terá faixa de 900 metros. No sentido centro, ela vai ser ativada das 6h às 9h e, no contrário, entre 17h e 20h, somente em dias úteis.
Ali perto, a Rua Clímaco Barbosa, no Cambuci, terá 1,1 km de faixa exclusiva ativa das 6h às 9h, de segunda a sexta-feira.
Motoristas na Avenida Imirim, na zona norte da capital, passarão a ter que respeitar a faixa de ônibus à direita em 1,4 km da via entre 6h e 9h. E das 17h às 20h, no rumo oposto.
A Prefeitura planeja abrir mais 70 km de faixas, totalizando 220 km até o fim de 2013. O objetivo inicial era que os 150 km originais fossem abertos até o fim da gestão Haddad, em 2016. Especialistas em transportes sustentam que as faixas exclusivas são uma opção paliativa para resolver o problema do deslocamento dos ônibus.
Para eles, a velocidade e a pontualidade dos coletivos só irão melhorar de fato com a abertura de corredores de ônibus à esquerda e totalmente segregados dos automóveis. Atualmente, existem 130 km de corredores à esquerda na capital.

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Caio do Valle - O Estado de S.Paulo