Há menos de um mês no cargo, o novo secretário nacional de transporte
e da mobilidade urbana, Júlio Eduardo dos Santos, afirmou que o
principal objetivo neste momento, em sua gestão, é dar agilidade aos
processos de obras que tramitam em suas diretorias, para que os
benefícios sejam usufruídos o mais rápido possível pela população.
À frente de importantes projetos para o desenvolvimento do país, como
o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Grandes
Cidades, PAC Pavimentação e das obras de mobilidade urbana para Copa do
Mundo, Júlio Eduardo pretende destinar uma atenção especial a esses
projetos. “Todos da Semob estão trabalhando intensamente em um novo
relatório desses projetos. Serão informações importantíssimas que
deveremos manter sempre atualizadas para que respaldem o ministério nas
tomadas de decisão rápidas e manter a sociedade conhecedora de todos os
seus desenvolvimentos”, disse.
Ele destacou que, após uma avaliação criteriosa das necessidades,
pretende reestruturar toda a secretaria estabelecendo métodos mais
efetivos para o atendimento das demandas. “A secretaria está recebendo
novos projetos de grande impacto para sociedade. Por isso, precisamos
estar preparados. Como bem disse o ministro Agnaldo Ribeiro, em sua
posse, “gestão” é a palavra chave e, com uma boa gestão, você consegue
multiplicar o desempenho dos técnicos, para atender mais e colher
melhores resultados. O corpo técnico do Ministério das Cidades é de
primeira qualidade e, para obter esses resultados, não basta somente o
envolvimento deles, precisamos sim, valorizá-los e ter seus
comprometimentos. Esta será minha grande tarefa junto a eles”, observou.
Júlio Eduardo ressaltou, ainda, que os planos estabelecidos pelo
Governo Federal para melhorar o transporte e a mobilidade urbana no país
são muito bons e que pretende dar maior apoio aos municípios e aos
estados em sua gestão, através de investimentos, treinamentos e
capacitação para o desenvolvimento de projetos da área. “A nossa
obrigação é levar o que temos de melhor a todos os nossos parceiros,
para que possam estar preparados para as demandas na área. Temos que
informar aos municípios que, hoje, existe a Lei de Mobilidade Urbana,
recentemente aprovada, que define novos padrões de atuação e suas
responsabilidades. Além disso, mostrar que eles têm linhas de crédito,
que podem investir com segurança e que terão nosso apoio em todas as
etapas do processo”, destacou.
Para o novo secretário, o Ministério das Cidades precisa atuar,
firmemente, antes da assinatura dos contratos de obras com os
municípios. “A nossa função é dar suporte aos municípios para que tenham
facilidade no preenchimento dos pré-requisitos e na apresentação da
documentação necessária exigida pelo Governo, evitando a perda de
prazos. A sociedade não tem interesse nos problemas intermediários, ela
quer a obra pronta. Evitar os gargalos que levam a perda de tempo é a
nossa tarefa e obrigação”, acrescentou.
O secretário frisou que os projetos devem dar atenção especial à
acessibilidade. “Todos os projetos somente são aprovados se estiverem
enquadrados na legislação específica de acessibilidade em vigor, que
contempla as facilidades para o atendimento desta situação. O transporte
e a mobilidade urbana devem estar preparados para que todos possam
utilizá-los, independentemente de suas limitações”, enfatizou.
O novo secretário lembrou, também, do discurso do ministro das
Cidades, Aguinaldo Ribeiro, em abril deste ano, na cerimônia de
lançamento do PAC Mobilidade Grandes Cidades, na qual ele destacou o
tempo perdido diariamente por um trabalhador em sua vida no percurso de
casa ao trabalho.
“Nosso objetivo é reduzir esse tempo, por meio da implantação ou
melhorias nos modais de transporte urbano. É difícil, mas não é
impossível fazer com que as pessoas utilizem o transporte coletivo. Isso
só vai acontecer no dia em que elas se sentirem bem com a mudança,
através de opções seguras e de qualidade. Este é o nosso desafio e
daqueles que querem uma qualidade de vida melhor para toda sociedade,
principalmente aquela parcela que mais precisa”, afirmou.
Por fim, Júlio Eduardo alertou para necessidade e obrigação da
sociedade pensar em modais de transporte e de mobilidade urbana não
poluentes, através de novas matrizes energéticas menos poluentes e o
incentivo do transporte individual não motorizado como o caminhar e a
utilização de bicicletas. Segundo ele, é fundamental a participação da
sociedade civil organizada nas decisões dessa área: “A secretaria sempre
estará aberta às sugestões vindas através do Conselho das Cidades e
participará intensamente com os conselheiros naquilo que seja para o bem
comum da sociedade”.
Júlio Eduardo foi empossado pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, no último dia 23 de maio.
Biografia
Natural de Santos (SP), Júlio Eduardo é engenheiro civil e
administrador de empresas pela Universidade Mackenzie (SP). Já atuou
como assistente técnico na EMURB - Empresa Municipal de Urbanização
(1974); chefe do Setor de Planejamento e Controle de Obras de
Construtora em Santos (1975 a 1977); gerente de engenharia em Empresa Multinacional (1977 a 1988) e diretor técnico de Empresa de Engenharia (1988 a 1996).
Na Prefeitura Municipal de Santos (1997 a 2004) foi secretário municipal da Administração Regional da Zona Noroeste (1997 a 1998), diretor de Transporte Público da CET (1998 a 1999), secretário municipal de Administração (1999 a 2000), e chefe de gabinete do Prefeito Municipal e secretário municipal de Governo (2001 a 2004). Atuou, também, como Secretário Parlamentar na Câmara dos Deputados (2007 a 2012).
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