terça-feira, 18 de março de 2014

Para combater poluição, Paris restabelece rodízio de automóveis


Após quase duas décadas, Paris decidiu restabelecer o rodízio de automóveis para combater os altos níveis de poluição do ar registrados na cidade.
É a segunda vez na história que a capital francesa lança mão da medida. Segundo a determinação, os motoristas só poderão dirigir em dias alternados.
A medida foi tomada depois que os níveis de poluição atmosférica excederam o limite de segurança por cinco dias consecutivos em Paris e nas áreas vizinhas.
A restrição passa a valer a partir desta segunda-feira.
Em 1997, por motivos semelhantes, Paris decidiu instaurar o rodízio de automóveis por tempo determinado.
Segundo as autoridades, as motocicletas também estarão sujeitas à medida.
Em uma tentativa de encorajar as pessoas a deixar seus carros em casa, o governo concedeu, na sexta-feira, acesso gratuito ao transporte público por três dias. O benefício termina nesta segunda-feira.
O nevoeiro de fumaça que encobriu a cidade-luz foi causado por uma combinação de noites frias e dias quentes, que impediu a dispersão da sujeira.
Segundo a agência de meio ambiente da França, a qualidade do ar de Paris atingiu um dos piores patamares da história, rivalizando com a da capital chinesa Pequim, uma das cidades mais poluídas do mundo.
Na sexta-feira, os níveis de poluição chegaram a 180 microgramas de PM10 por metro cúbico, mais do que o dobro do limite tolerável de 80.
As partículas PM10 são emitidas por veículos, sistemas de aquecimento e indústria pesada.
O governo vai revisar os níveis de poluição nesta segunda-feira, antes de decidir se estenderá as restrições para os automóveis.

Pesquisas mostram efeitos do meio ambiente à saúde 

Câncer: a agência especializada em câncer que integra a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em outubro de 2013 que a poluição do ar é uma das principais causas ambientais de morte por câncer. Por meio de uma avaliação do Programa de Monografias da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês) foram encontradas evidências suficientes de que a exposição ao ar poluído causa câncer de pulmão e aumenta o risco de câncer de bexiga. Estudos indicam que nos últimos anos os níveis de exposição aumentaram significativamente em algumas partes do mundo, particularmente nos países muito populosos e com rápido processo de industrialização.
Ozônio: 90% dos moradores de zonas urbanas europeias continuam expostos a uma poluição com partículas e um número ainda maior ao ozônio, em níveis que superam os recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), advertiu um relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEE). "Grandes proporções da população não vivem em um ambiente saudável (...). A Europa deve ir mais longe na legislação aprovada", menos rígida que as recomendações da OMS, considera o diretor-executivo da AEE, Hans Bruyninckx.
Mortalidade: na cidade de São Paulo, morrem mais pessoas (4.000) em decorrência da poluição do que por acidentes de trânsito (1.556), quase 3 vezes e meia mais do que por câncer de mama (1.277) e 4,5 vezes mais que de Aids (874) ou câncer de próstata (828). São 7.000 mortes ao ano prematuras na região metropolitana e 4.000 na capital. Os dados fazem parte da pesquisa "Avaliação do impacto da poluição atmosférica sob a visão da saúde no Estado de São Paulo", divulgada em setembro de 2013 pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade.
O estudo (Avaliação do impacto da poluição atmosférica sob a visão da saúde no Estado de São Paulo) sobre a relação entre mortes, adoecimento e a poluição neste Estado foi realizado com informações obtidas entre os anos de 2006 e 2011, e utilizou como base a análise do poluente PM 2,5 (material poluente particulado que mais afeta a saúde)
A pesquisa "Avaliação do impacto da poluição atmosférica sob a visão da saúde no Estado de São Paulo" avaliou a situação ambiental da poluição e seus efeitos sobre a saúde de duas maneiras: mortalidade atribuível e o Daly (Disability Adjusted Life Years, que possui dois componentes: o número de anos perdidos por morte precoce e o de anos de vida vividos com incapacidade), um parâmetro criado pela OMS para indicar a carga de dano de doenças no mundo. Essa medida não mostra apenas a mortalidade, mas também a perda de qualidade de vida por doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer de pulmão, atribuíveis à poluição atmosférica, especificamente o poluente material particulado, objeto do estudo.
Poluição em casa: quem pensa que, ao entrar em casa, no escritório ou em um consultório se livra da poluição está muito enganado. Paredes e janelas não conseguem manter o ar saudável. Com um aparelho do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP), uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo visitou ambientes internos de dez pontos da capital paulista e constatou a presença de partículas inaláveis em índices até 392% superiores ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Poeira fina formada em até 80% pela queima de combustíveis, esse material particulado é um dos principais poluentes da cidade. As partículas ficam em suspensão no ar - especialmente em dias secos e frios - e circulam normalmente em ambientes internos, o que colabora para a sensação de que um piso que acabou de ser limpo, por exemplo, fique imediatamente sujo. Além disso, penetram pelo nariz e chegam ao pulmão e ao sangue, aumentando o risco de doenças. Em duas medições internas, os resultados foram maiores do que o das vias. Para o professor Paulo Saldiva, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, os índices achados pelo Estado são absurdos para uma cidade como São Paulo. "Avenidas de Nova York e Boston não são tão poluídas quanto ambientes internos aqui", afirma.
Apendicite: de acordo com um estudo publicado online no periódico "Environmental Health Perspectives" em julho de 2013, a poluição do ar aumenta ligeiramente o risco de apendicite. Pesquisadores estudaram 35.811 pacientes internados com apendicite em 12 cidades canadenses de 2004 a 2008. Eles usaram dados de dispositivos de monitoramento da qualidade do ar dessas cidades para calcular a concentração máxima de ozônio diária. Esse componente natural da atmosfera superior da Terra torna-se perigoso quando atinge certas concentrações no nível do solo. Estudos em camundongos demonstraram que a poluição do ar pode alterar bactérias presentes no abdêmen desses animais. "A poluição do ar talvez aumente o risco de desenvolver o tipo mais perigoso de apendicite", afirmou o Dr. Gilaad G. Kaplan, principal autor do estudo e professor adjunto de medicina da Universidade de Calgary, no Canadá.
Crianças com baixo peso: estudo descobriu que mesmo níveis relativamente baixos de poluição do ar estão associados a um aumento significativo do risco de nascimentos de crianças com baixo peso. Pesquisadores europeus reuniram dados de 14 estudos que incluíam mais de 74 mil mães de 12 países e seus filhos. Os cientistas também estimaram as concentrações de material particulado no ar dentro da residência da mãe durante a gestação. "Temos evidências de estudos com animais de que partículas diminutas entram na corrente sanguínea e chegam ao feto", afirmou Rémy Slama, autor sênior do estudo e pesquisador sênior do Instituto de Pesquisas Médicas e da Saúde de Grenoble, na França. "Podemos esperar outros impactos sobre a saúde dessas crianças? Existem indícios de que sim, o peso baixo ao nascer é um marcador de impactos negativos na idade adulta", afirmou.
Autismo: mulheres grávidas que estiveram expostas a altos níveis de ar poluído têm duas vezes mais possibilidades de dar à luz a uma criança autista do que as que moraram em áreas com baixa contaminação do ar, segundo um estudo da Universidade de Harvard. De acordo com os especialistas, este é o primeiro estudo nacional que examina a ligação entre a poluição e o desenvolvimento desta condição. A pesquisa foi publicada na revista "Environmental Health Perspectives" e foi iniciada em 1989. Foram pesquisadas 116.430 mulheres. Para a análise, foram selecionadas 325 mulheres, que tiveram um bebê autista e 22.000 que tiveram um filho não afetado por este fenômeno patológico.
Defeitos congênitos:exposição à poluição do ar proveniente do tráfego nos dois primeiros meses de gestação aumenta de forma acentuada o risco de defeitos congênitos. Pesquisadores usaram dados de dois estudos extensos realizados em oito condados do Vale de San Joaquim, na Califórnia. Um dos estudos analisou os defeitos congênitos registrados a partir de 1997 e o outro registrou as concentrações de dióxido de nitrogênio, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e material particulado de 20 pontos diferentes do vale a partir dos anos 1970. Os resultados foram publicados online no periódico "The American Journal of Epidemiology" em abril de 2013. Amy M. Padula, principal autora do estudo e pesquisadora de pós-doutorado da Universidade Stanford, reconheceu que algumas associações podem acontecer por acaso quando muitas variáveis são analisadas. "Esses resultados precisam ser considerados dentro de um contexto", afirmou. "São necessários mais estudos para confirmar essas associações antes de fornecermos alguma recomendação clínica às gestantes".
Diminuição de espermatozoides: pesquisa realizada pela Universidade de Pisa, divulgada em 2008, analisou 10 mil homens durante 30 anos e verificou que houve uma diminuição no número de espermatozoides, principalmente entre os que vivem em grandes centros urbanos e zonas mais poluídas. O estudo, realizado pelo Departamento de Andrologia da universidade, examinou homens jovens e saudáveis, com idade média de 29 anos, de várias regiões da Itália. Os resultados mostraram que a quantidade de espermatozoides contidos em um mililitro de esperma diminuiu nos últimos 30 anos, passando de 71 milhões para 60 milhões. A conclusão é a de que nos grandes centros urbanos, em áreas poluídas por lixo industrial ou em algumas zonas agrícolas onde são usados pesticidas, os espermatozoides são 20% menos velozes do que em cidades pequenas.
Expectativa de vida:doenças associadas ao ambiente como poluição, ruídos do tráfego e precárias condições de habitação causam a morte de um em cada cinco cidadãos na Europa. Num estudo, divulgado em fevereiro de 2013 em Bonn, na Alemanha, a Organização Mundial da Saúde informou que problemas gerados somente pela poluição podem levar a uma redução de 8 meses na expectativa de vida dos europeus.
Ruídos: outra preocupação dos especialistas que realizaram o estudo para a OMS na Europa são os níveis de ruído do tráfego. Além disso, anualmente, 100 mil pessoas morrem naquele continente por causa de condições inadequadas de moradia. Nos novos países da União Europeia, 7 milhões de pessoas não têm banheira ou chuveiro em casa. Durante o inverno, 16 milhões de europeus passam frio por não ter recursos para aquecer suas casas.

site ANTP

Novo Ministro das Cidades, GILBERTO MAGALHÃES OCCHI

Ontem às 10 horas, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, Brasília-DF, com a presença da Excelentíssima Senhora Presidenta da República Dilma Rousseff foi empossado o Novo Ministro das Cidades, GILBERTO MAGALHÃES OCCHI.



Veja um pouco do currículo do novo Ministro



Natural de Ubá (MG), Gilberto Magalhães Occhi nasceu em 24 de julho de 1958. Possui graduação em Direito pela Universidade de Vila Velha (ES) e pós-graduação nas áreas de Finanças e Mercado Financeiro pela Universidade de Vila Velha (ES), Gestão Empresarial pela Universidade de Brasília e Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília.

Funcionário de carreira da CAIXA, ingressou na instituição em 1980 e acumulou experiência como Gerente em diversas áreas da Caixa e do BNH, tais como, nas áreas de Tesouraria, Saneamento, Habitação Popular e Cobrança.

Em 1995, assumiu o cargo de Gerente de Mercado no Espírito Santo. Em 2004, foi designado para o cargo de Superintendente Regional em Sergipe. Em 2008, passou a ocupar o cargo de Superintendente Regional em Alagoas, quando, à época, atuou também como Conselheiro Deliberativo do SEBRAE/AL. Em 2011, assumiu o cargo de Superintendente Nacional da Região Nordeste.

O MDT lhe deseja boa sorte na gestão!