segunda-feira, 22 de junho de 2015

Sobre o 20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito


Nesta semana, de 23 a 25 de junho, sera realizado o 20º Congresso de Transporte e Trânsito da ANTP, mesmo mês em que a ANTP faz 38 anos de vida. Com a palavra Plínio Assmann, fundador da ANTP e Ailton Brasiliense, atual presidente.


ANTP, desde a fundação até agora

Criada há 38 anos a ANTP não só é a mais antiga associação do país que reúne todos os envolvidos com o Transporte Público, como se tornou a única entidade com abrangência nacional nos diversos segmentos da mobilidade. Mantém ampla divulgação técnica do progresso setorial, a mais completa existente, tanto na forma literária, como em encontros especializados bianuais, como este 20º Congresso que ora realizamos em Santos.
Com o forte processo de urbanização no século passado - e o Brasil foi o país que mais se urbanizou no período - os conceitos de TP tiveram que ser mudados. Surgia no Brasil o conceito de Transporte de Massa, (Mass Transportation), usado então apenas nas maiores cidades do mundo. A necessidade do domínio tecnológico nacional logo se impôs, e a ANTP tornou-se o grande instrumento divulgador inicial, além de promotor desse desenvolvimento.
O século XXI impõe agora novas mudanças que afetam o Brasil e o mundo, reflexo de um capitalismo que não é mais regional ou nacional.
Nossas cidades, com pouquíssimas exceções, não acompanham a modernização da inserção global recente do Brasil. Hoje a mobilidade urbana e da carga são as infraestruturas de retorno social e financeiro mais rápidas que temos nas atuais condições. Cidades de um modo geral ineficientes do ponto de vista da produtividade humana - medida em termos de sua mobilidade -, e a fraca competitividade das cargas que demandam aos portos, requerem a busca por fontes alternativas para o investimento necessário.
É nas externalidades monetizáveis, calculadas no projeto, o local onde vamos encontrá-las. Tomá- las nos cálculos da engenharia financeira significa uma mudança significativa na forma dos estudos de viabilidade como são feitos hoje.
Vale a pena fazê-lo.
Tenho convicção de que a ANTP, que há 38 anos participa dos principais processos de mudanças, está apta a assumir também este desafio.

Plínio Assmann - FUNDADOR DA ANTP

Mobilidade e Conjuntura 
ANTP

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