sábado, 6 de dezembro de 2014

Movimentos populares se organizam para questionar aumento de ônibus


Os movimentos sociais do ABCD começam a se articular para tentar barrar o aumento da tarifa de ônibus, trem e metrô no ABCD e na Grande São Paulo, previsto para janeiro de 2015. Na pauta do encontro, marcado para domingo (07/12), na Apeoesp de Santo André, está a organização de protestos contra o reajuste tarifário.

O reajuste deve ser anunciado em janeiro nas sete cidades da Região. O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), disse é que preciso achar "equação" para que ninguém tenha prejuízos e admite que nos últimos anos as empresas de transportes tiveram aumentos nos custos, que precisam ser discutidos. "A Região Metropolitana está discutindo este aumento porque é preciso achar uma equação. Não tenho problemas em discutir este assunto e estamos abertos ao diálogo", avaliou Grana.

Em São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho anunciou que o aumento é contratual e feito em dois anos, sendo que no último não houve reajuste. A expectativa é que em toda a Região Metropolitana o reajuste varie entre R$ 3,40 e R$ 3,50. Os prefeitos da Região Metropolitana já iniciam o debate sobre a tarifa e a ideia seria um aumento que unifique o valor nas 39 cidades da Grande São Paulo. O Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), comandados pelo governo do Estado, devem seguir o mesmo preço.

O representante do MPL (Movimento Passe Livre) no ABCD Albert Araucária afirmou que é importante unir forças para tentar impedir que o usuário do transporte pague pelo aumento, além de conseguir a abertura das contas e contratos de concessão do transporte público. "Vamos iniciar este debate de mobilização. Será um grande retrocesso aumentar a tarifa e o usuário ter que arcar com este custo", avaliou Araucária.

Será o primeiro reajuste depois das manifestação de junho de 2013, quando o aumento da tarifa para R$ 3,20 desencadeou protestos pelas principais cidades do Brasil. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e os prefeitos da Região Metropolitana revogaram o aumento das tarifas, aumentando o subsídio aos empresários, o que, pelo menos a princípio, está descartado na negociação atual.

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