quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O MDT combate a carrodependência

Quem possui um carro passa a não enxergar nenhum outro horizonte de mobilidade urbana.
Do outro lado, vultuosos montantes envolvidos na construção e manutenção de tudo que os carros precisam para rodar (ruas, pontes, avenidas, combustível, pneus, autopeças, estacionamentos…) e quase 100 anos de técnicas de planejamento urbano e de políticas públicas voltados para atender o fluxo sempre crescente de automóveis deixaram o poder público amarrado ao problema, sem enxergar nem conseguir agir em favor das alternativas (a não ser quando a saturação de carros começa a ser um problema para os próprios carros).
Somado a estes elementos, interesses privados monumentais sustentam e estimulam o desperdício e o individualismo associados ao automóvel, em uma indústria responsável por boa parte do dinheiro em circulação no planeta (junto com as indústrias da guerra e do tráfico de drogas).
A epidemia mundial de cidades degradadas pela presença marcante do automóvel se alimenta desta tríade: indivíduos dependentes, iniciativas privadas altamente lucrativas e poder público inerte e/ou interessado no estímulo ao automóvel.

A proposta do MDT é, em primeiro lugar, experimentar outras formas de deslocamento e deixar o carro em casa. 

Vivenciar a cidade, seus problemas e belezas de maneira não-mediada é um remédio surpreendente para a carrodependência,  um antídoto para a degradação do tecido social, podendo inclusive resultar em transformações coletivas maiores e inesperadas.

Além disso, nossa proposta é que tenhamos  uma reflexão sobre o impacto do automóvel nas cidades e sobre a carrodependência urbana.
Este é o momento de exigir condições de deslocamento dignas para quem não se desloca de automóvel ou deseja viajar de transporte público ou de bicicleta.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

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