quarta-feira, 6 de abril de 2016

Acidentes com crianças


 Por definição, acidentes são acontecimentos casuais que não podem ser previstos. Mas será que podemos chamar de acidentes de trânsito de imprevisíveis? A maioria deles acontece por erro humano – seja por falta de atenção de motoristas e pedestres, ou envolvendo situações de risco. Cerca de 100 pessoas morrem todos os dias no trânsito brasileiro e 50% são atropeladas. Dos atropelados, metade são crianças e cerca de 140 são hospitalizadas. O número de meninos vítimas desses acidentes é praticamente o dobro do de meninas e a faixa etária mais atingida é entre 11 e 14 anos, pois os meninos brincam mais pelas ruas, correndo, jogando futebol ou soltando pipa. Por isso, eles são mais vulneráveis que as meninas. E ainda para cada morte, outras quatro crianças ficam com sequelas permanentes que irá gerar, provavelmente, consequências emocionais, sociais e financeiras a essa família e à sociedade.

Como evitar acidentes

Os acidentes de trânsito com crianças acontecem quase sempre perto às residências. Julgamos que no trânsito a criança reage como os adultos, engano! Julgamos que a criança vê e ouve como os adultos os veículos que se aproximam, engano! Estas falsas idéias dos pais fazem com que amanhã possam ser responsáveis por um acidente com um filho ou neto.  

E mais, a criança procura sempre satisfazer as suas necessidades imediatas - jogar, movimentar-se e chegar à escola ou a casa rápido, ir ter com os pais que estão do outro lado da rua ou apanhar a bola é normalmente mais importante que dar a atenção ao trânsito. Para fazer o que lhe interessa, é capaz de se precipitar contra um automóvel que se aproxima, se este a impedir de continuar o seu próprio percurso.

A criança também não acredita na morte, é como um jogo, com frequência brinca como se estivesse morta, depois se levanta e continua a brincar, porque diz que está viva. Portanto, não tem noção do perigo e dos riscos de morrer.

A verdade é que a criança não consegue pensar e reagir a vários estímulos ao mesmo tempo é lhes difícil observar, ao mesmo tempo o sinal luminoso e os veículos em movimento além do tempo de reação das crianças ser mais lento que o dos adultos.

A criança não é um adulto em miniatura! Só crescendo é que a criança aprende o essencial! Podemos e devemos ajudá-la, mas é preciso esperar que ela cresça!Nós é que temos de ser prudentes!

Nós, adultos, é que temos que modificar o nosso comportamento e ensina-las e sempre as acompanhar nas travessias de ruas e avenidas.


Cristina Baddini Lucas 
Assessora do MDT

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