quinta-feira, 11 de junho de 2015

Nova etapa de concessões prevê investimentos de R$ 198,4 bilhões


A nova etapa de concessões de infraestrutura projeta investimentos de R$ 198,4 bilhões em rodovias, aeroportos, portos e ferrovias, De acordo com o programa, entre 2015 e 2018, os investimentos previstos são de R$ 69,2 bilhões. A partir de 2019, serão mais R$ 129,2 bilhões. Os investimentos são divididos em: ferrovias, R$ 86,4 bilhões; rodovias, R$ 66,1 bilhões; portos, R$ 37,4 bilhões; e aeroportos, R$ 8,5 bilhões. Desse valor, está previsto o investimento de R$ 78 milhões em aeroportos regionais. A cerimônia de anúncio do Programa de Investimentos e Logística foi realizada no Palácio do Planalto, com a presença de integrantes do governo e empresários. No caso das ferrovias, que receberão a maior parte dos investimentos, o modelo de concessão será aperfeiçoado. A definição do modelo será baseada nas características particulares de cada projeto. O governo poderá realizar leilões por maior valor de outorga, menor tarifa ou compartilhamento de investimento. A presidente Dilma Rousseff afirmou que, com o programa de concessões anunciado, o seu governo está fazendo "virada gradual e realista de página". A presidente também destacou, assim como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, a importância do setor privado no financiamento e nas concessões anunciadas e afirmou que "diálogo com empresários e governadores é decisivo para a carteira de investimento". Durante o lançamento do programa, a presidente também afirmou que nos próximos anos poderão ser lançados complementos aos investimentos em infraestrutura. "Daqui há um ou dois anos, lançaremos complementações", ressaltou. Sobre os objetivos e efeitos de mais investimentos em infraestrutura e logística, a presidente afirmou que serão em diversos setores. "Os efeitos do programa serão múltiplos em toda cadeira produtiva e em todas as áreas da economia". Dilma afirmou que, para o seu governo, desenvolvimento significa "investimento, emprego e renda". A presidente ressaltou que esse é seu segundo mandato e não um início de um novo governo. "Nosso governo não é de 4 meses, mas de 4 anos. Estamos na linha de saída e não na reta de chegada", relembrou a presidente ao completar seis meses desde que assumiu o comando país pela segunda vez. Mesmo enfrentando dificuldades para aprovar o ajuste fiscal e se esforçando para fazer uma agenda positiva após aprovações que reduzem direitos trabalhistas no Congresso Nacional, Dilma afirmou que "quanto maiores as dificuldades, maiores a disposição do governo". Para a presidente, o Brasil vai seguir avançando e os resultados dos programas e medidas anunciados demandam tempo de maturação. "Muitas decisões do passado maturarão neste ano; e decisões que tomamos hoje vão maturar neste ano e nos próximos", ressaltou Dilma. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que o Brasil está em "momento de alguns ajustes da política econômica, da estrutura da política econômica brasileira". O ministro argumentou ser crucial aumentar o investimento no Brasil. Na visão dele, o Brasil precisa de mais investimento e para aumentá-los o Brasil tem de fazer uma combinação entre o governo e o setor privado. "O primeiro passo para a recuperação do investimento é garantir a estabilidade macroeconomia, melhorar a previsibilidade macro e dos principais indicadores da economia. Essa é uma condição necessária mas não suficiente. É preciso especialmente uma maior participação do setor privado", ponderou. Barbosa argumentou ainda que a nossa taxa de investimento é de cerca de 20% do PIB, porcentual considerado por ele insuficiente para a aceleração do crescimento do Brasil. "Precisamos elevar o volume de investimento no Brasil porque isso é o que dá sustentabilidade para o País", afirmou.

Estadão
09/06/2015

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