quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Rua é de Todos



Quase nenhum motorista respeita o pedestre que deseja atravessar uma rua na faixa. As sociedades que conseguem respeitar a faixa de travessia terão dado um considerável salto de qualidade no tocante à proteção à vida no trânsito.
Foi implantado em Brasília o respeito à faixa de travessia, durante a gestão do então Governador Cristóvão Buarque, no final dos anos 80. O respeito à faixa foi resultado de uma política firme, que contou com o apoio da população e do Correio Brasiliense.
As faixas foram repintadas e vigiadas por policiais ou agentes do DETRAN, para multar quem não parasse para o pedestre passar. Funcionou, mesmo antes do atual Código de Trânsito.

Colisões
Para evitar as colisões, criou-se o sinal de vida, recomendando ao pedestre que levante o braço para sinalizar o desejo de atravessar.
A questão está em que isso transferiu ao motorista a ideia de que o pedestre está pedindo licença para usar a faixa. Portanto, a faixa não é do pedestre, mas do motorista. Com isso, a conquista se esmaeceu, perdeu força. Muita gente reclama que quando está com os braços ocupados fica impedida de atravessar a rua: senhoras com um bebê num braço e uma bolsa no outro, gente de muletas ou carregando malas nas duas mãos. No mundo civilizado, o primeiro passo na faixa é sinal de parada para os veículos.
Em Brasília, bastava estar de frente para a rua, diante de uma faixa, para os carros pararem.
A faixa é do motorista, e não do pedestre
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece que todos os veículos, motorizados ou não, são responsáveis pela vida do pedestre.
É a tradução para a lei do princípio moral de que os mais fortes são responsáveis pela proteção dos mais fracos. Quem está protegido por uma armadura de aço é responsável por quem está protegido apenas pela roupa do corpo.
O pedestre também precisa fazer a sua parte. Não pode caminhar entre os carros — isso está expressamente proibido no código de trânsito.
Tampouco pode atravessar pela faixa onde houver semáforo e ele estiver vermelho para a travessia. Nem pode, onde houver faixa, atravessar por outro lugar. 

O MDT defende a Paz no Trânsito e o respeito à Lei de Mobilidade. 

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