terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Motorista será alvo inicial da Travessia Segura

DGABC
Os motoristas serão o alvo inicial da campanha Travessia Segura, que será lançada amanhã pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Técnicos da entidade avaliam que o foco nos condutores é importante para garantir a segurança dos pedestres. A primeira fase deve durar aproximadamente um mês. As autuações por desrespeito às faixas começarão a ser aplicadas em março, segundo a entidade.
“Temos de educar os motoristas inicialmente. Não adianta falarmos para o pedestre que a faixa é segura se os carros continuarem desrespeitando”, avalia a coordenadora do Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consórcio, Andrea Brisida.
A coordenadora explica que, na segunda quinzena de janeiro, a campanha será intensificada nas travessias. “Faremos ações para que o pedestre entenda que a faixa é o local correto para atravessar.” Apesar de ser idealizada pelo Consórcio, a ação será feita individualmente por cada uma das sete prefeituras da região.
Na visão da coordenadora, entretanto, as faixas só serão totalmente respeitadas após o início da aplicação das multas, que irão variar entre R$ 85,13 e R$ 191,53.
Na Capital, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego, o número de mortes por atropelamento caiu 30% entre janeiro e julho deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de atropelamentos sem morte teve queda de 19,3%.
Em São Bernardo, mesmo sem a criação de nenhuma campanha, o número de atropelamentos teve pequena queda entre janeiro e agosto deste ano na comparação com 2010. O número caiu de 395 para 356, redução de 9,9%. Em Santo André, as ocorrências tiveram alta de 15%, subindo de 299 para 342.
Em São Caetano, os atropelamentos caíram de 137 em 2009 para 98 em 2010, queda de 28,5%. Até agosto, 53 pessoas foram atropeladas na cidade. As demais prefeituras não divulgaram os dados.
REGIONALIDADE
Para o arquiteto e urbanista Nazareno Affonso, que idealizou o projeto pioneiro em Brasília, em 1997, o sucesso da campanha na região depende da sincronia entre as prefeituras. “É preciso que aja ação em conjunto.” Affonso defende que a ação tenha início em pontos específicos para que depois seja ampliada para todas as faixas.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

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