quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Manifesto da 16ª Jornada Brasileira ‘Na Cidade, Se Meu Carro’, que foi realizada no dia 22 de setembro passado


Durante a Reunião Extraordinária do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana, realizada em Brasília, no dia 24 de agosto de 2016, o diretor nacional executivo do Instituto MDT, Nazareno Stanislau Affonso, apresentou aos secretários o Manifesto da 16ª Jornada Brasileira ‘Na Cidade, Sem Meu Carro’, que foi ser realizada em 22 de setembro de 2016.
 
Manifesto tem por subtítulo: Faixas exclusivas, bicicletas, calçadas acessíveis e Paz no Trânsito dominem as ruas! É a Lei da Mobilidade e o Transporte Público como Direito Social nas Administrações Municipais em 2017! Reunião Extraordinária do Fórum Nacional de Secretários aconteceu no contexto doSeminário Nacional NTU 2016, organizado pela Associação Nacional de Empresas de Transporte Urbano (NTU).
 
Brasileira e internacional. A 16ª Jornada Brasileira ‘Na Cidade, Sem Meu Carro’ é uma iniciativa coordenada nacionalmente pelo Instituto RUAVIVA, com a parceria do Instituto MDT, e com apoio da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), do Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU), e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
 
Criada em 2001, a Jornada Brasileira integra um movimento internacional em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida existente desde 1998, com atividades sempre em 22 de setembro. Esse movimento articula cidades de todos os tamanhos em todo o mundo com o propósito de estimular a reflexão de governantes e da população sobre a Mobilidade Sustentável, o que inclui o desestímulo ao uso automóveis em favor de alternativas como o transporte público, transporte não motorizado e caminhadas e a segurança viária.
 
Manifesto de 2016. O Manifesto da 16ª Jornada Brasileira ‘Na Cidade, Se Meu Carro’ é um documento estruturado em duas partes. O segmento inicial, com oito parágrafos, corresponde a uma visão da conjuntura atual da mobilidade urbana no País, com destaque para o quarto ano de vigência da Lei de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/12) e a aprovação, em 2015, de emenda constitucional que transforma o Transporte Público em Direito Social, e incluindo a proposta do Instituto MDT de instituição de um Sistema Único de Mobilidade (SUM) em moldes similares aos do Sistema Único de Saúde, com fundo específico e recursos garantidos.
 
O trecho inicial também destaca a realização no Brasil, em novembro de 2015, da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, salientando que o encontro produziu a Carta de Brasília, com indicação de instrumentalização de metas; pela primeira vez, um documento que expressa um compromisso internacional enfatizou o transporte público como caminho para ampliar a segurança no trânsito.
 
Na segunda parte, são apresentados pontos que, em linhas gerais, sugerem uma reversão na atual situação das vias públicas brasileiras, com a substituição do modelo de mobilidade centrado nos automóveis e motocicletas em um modelo que privilegia:
 
1 - Paz no Transito, com redução de pelo menos 50% no número de mortos e feridos no trânsito até 2020, assumido o compromisso de implantar ZONAS 30 e reduzir as velocidades nas áreas urbanas a 50 e 60 km/h, combater o uso de álcool por motoristas em vias urbanas e rodovias,e proibir a circulação de motos entre carros;
 
2 - Democratização do uso das vias, reservando 70% da utilização das vias para implantação de faixas exclusivas de ônibus fiscalizadas eletronicamente, corredores segregados de ônibus, bondes modernos (VLTs) , monotrilhos, ciclovias, ciclofaixas e calçadas públicas acessíveis, como obriga a Lei de Mobilidade Urbana;
 
3 - Investimentos em sistemas estruturais de transportes públicos, que entrem em operação com controle social, integrados, racionalizado e com calçadas acessíveis, ciclovias e estacionamentos e acompanhados do barateamento das tarifas;
 
4 - Políticas de estacionamento> de automóveis com regulação pública, considerando a proibição de estacionamento em todas as vias de circulação dos transportes públicos e incentivo a estacionamentos nas estações periferias junto aos corredores estruturais;
 
5 - Qualidade dos serviços convencionais de ônibus, para que a frota tenha piso baixo, câmbio automático, motores traseiros de ultima geração, não poluentes;
 
6 - Universalização do acesso à mobilidade urbana e ao direito à cidade, com apoio de recursos extratarifários dos Governos Federal e Estaduais para promover o barateamento das tarifas e outras ações, com vistas a sustentabilidade econômica dos serviços, para conquistar a qualidade de serviço.
 
MENSAGEM AOS SECRETÁRIOS E CARTA DE ADESÃO
 
Após a apresentação do Manifesto da 16ª Jornada Brasileira ‘Na Cidade, Se Meu Carro’, Nazareno Stanislau Affonso entregou a cada secretário presente à Reunião Extraordinária do Fórum Nacionaluma mensagem impressa, chamando a atenção para o fato de a questão da mobilidade urbana ter-se transformado num tema de grande apelo político e na sociedade: “O momento para a realização da Jornada é próspero, uma vez que o tema da mobilidade, principalmente após as manifestações de junho de 2013, entrou na pauta política dos governos, em todos os meios de comunicação e nas conversas do dia-a-dia”, frisa um segmento da mensagem.
 
O diretor nacional executivo do Instituto MDT também entregou aos secretários um formulário contendo a Carta de Adesão à 16ª Jornada Brasileira Na ‘Cidade, Sem Meu Carro’. Esse formulário, com texto auto-explicativo, foi concebido para ser preenchido pela autoridade municipal e encaminhado para o Instituto RUAVIVA, de modo a oficializar a participação do município.
 
APOIO DA FRENTE NACIONAL DE PREFEITOS
 
A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) enviou correspondência eletrônica ao Instituto MDT e ao Instituto RUA VIVA, informando que, como apoio à 16ª Jornada Brasileira Na ‘Cidade, Sem Meu Carro’, aquela entidade encaminhou aos 5.570 prefeitos do país, um ‘e-mail marketing’, destacando que se trata de um evento internacional de reflexão sobre os modelos de mobilidade urbana, que conta com o apoio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). A peça de comunicação destaca também que nesta edição, o tema será “Faixas exclusivas, bicicletas, calçadas acessíveis e paz no trânsito dominem as ruas! É a Lei da Mobilidade e Transporte Público como Direito Social nas Administrações Municipais em 2017”.

Informativo MDT
Movimentando 122

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