sexta-feira, 17 de julho de 2015

Simulador mostra impactos de carro no dia a dia do País

O Estado do Ceará

O que aconteceria se uma parte das pessoas deixasse o carro em casa e passasse a usar ônibus, andar a pé ou de bicicleta? Um simulador virtual lançado no Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), tenta responder à pergunta. A ferramenta estima o impacto de mudanças no uso de diferentes meio de transporte nas maiores cidades do país (acima de 60 mil habitantes). 

São considerados cinco itens: tempo de deslocamento, consumo de espaço viário, gasto de energia, emissão de poluição local e de gases do efeito estufa. Em São Paulo, por exemplo, se metade dos usuários de automóvel decidisse usar ônibus haveria um prejuízo e quatro ganhos. 

O lado ruim seria um aumento de 7% no tempo de deslocamento ­mesmo nas congestionadas vias paulistanas, os carros são, em média, mais ágeis do que os veículos coletivos. 

Mas a mudança de meio de transporte traria diversos benefícios à cidade: redução de 25% na emissão de poluentes locais, como monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e material particulado, e de 19% na emissão de gases do efeito estufa, como o gás carbônico. A poluição local é apontada por cientistas como responsável por agravar doenças respiratórias, por exemplo, e como fator contribuinte de milhares de mortes todos os anos na cidade.