sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Ministro Aguinaldo Ribeiro destaca a 5ª Conferência Nacional das Cidades, no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitos.


O Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, falou nesta terça-feira (29/01), no Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, sobre temas como trânsito, habitação, saneamento, mobilidade urbana e planejamento urbano.

Em sua apresentação, Aguinaldo Ribeiro lembrou a história do Ministério das Cidades, criado em 2003, por meio de uma demanda dos movimentos sociais. “Esse ministério é uma conquista do povo brasileiro e, por isso, nossa maior missão é implementar políticas de desenvolvimento urbano que gerem resultados positivos nas cidades”, disse o ministro.

Ele chamou a atenção dos prefeitos para a importância de reduzir o número de acidentes de trânsito no país, desafio que o Brasil tem juntamente com a Organização das Nações Unidas, que pretende diminuir em 50% as mortes no trânsito até 2020. “Atualmente, mais de 40 mil pessoas morrem nas estradas brasileiras, e é justamente para acabar com essas tragédias que temos um desafio em conjunto”, afirmou ele, lembrando do Pacto Nacional para Redução de Acidentes, aderido pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado.

Ribeiro também citou diversas ações que o ministério desenvolve para contribuir com o Pacto, como as campanhas de trânsito e a distribuição de um milhão de bafômetros no ano de 2012. “Precisamos ser instrumentos para que essa redução aconteça de maneira efetiva”, destacou.

Ele aproveitou a oportunidade para convidar os gestores para a 5ª Conferência das Cidades, que terá como tema Reforma Urbana Já, prevista para acontecer em novembro deste ano. “Quem muda a cidade somos nós e, é a partir da conferência que nós vamos tratar de todas as questões de gestão do território brasileiro”, informou. Para participar, disse ele, os municípios, primeiramente, deverão convocar até o dia 22 de fevereiro, as conferências municipais."

 

Núcleo de Comunicação/SECONCID


 

Motorista acha que é prioridade; pedestres são impacientes

 
Na edição de segunda-feira, 28 de janeiro de 2012, o jornal Folha de S. Paulo trouxe a análise intitulada Motorista acha que é prioridade; pedestres são impacientes, escrita especialmente pelo superintendente da ANTP, Luiz Carlos Mantovani Néspoli.
Luis Carlos Néspoli
 
 
O problema de travessia de rua não é exclusivamente nosso. Outros países buscam contornar este conflito de uso do mesmo espaço, mesmo os mais desenvolvidos.
Mas, estes, há muito tempo deixaram de focar só na fluidez dos veículos e passaram a olhar mais as pessoas.
Estudos realizados no Reino Unido, Alemanha e Nova Zelândia reconhecem que a pressa e a ansiedade fazem o pedestre seguir de acordo com a própria conveniência.
Mas observam que medidas simples, como a redução do tempo de espera do pedestre e o sinal vermelho com contadores regressivos de tempo, ajudam a aumentar a percepção de segurança.
Os estudos indicam que os pedestres não resistem esperar por mais do que 30 ou 40 segundos. Hábitos são criados durante longos processos, por observação do que os outros fazem e por repetição.
Quanto mais confuso é o ambiente e mais indecifrável a regra a ser seguida, mais difícil é estabelecer padrões adequados de comportamento.
Os motoristas ainda acreditam que o carro tem prioridade no trânsito e a rua foi feita para eles. Os pedestres impacientes e apressados seguem seus próprios caminhos. Como reeducá-los? Usando os meios de comunicação de massa.
Os cruzamentos nas cidades brasileiras são ambientes construídos com a finalidade de atender às necessidades do fluxo de automóveis, o que levou a se criar 52 diferentes "modelos" de sinalização para os pedestres, dificultando o ensino das regras estabelecidas na legislação, que são muito simples.
Se já é difícil entender o que fazer num cruzamento, o pedestre terá, ainda, de esperar de 60 a 140 segundos para iniciar a travessia.
Como os estudos indicam, é difícil imaginar que alguém aguente esperar esse tempo.
LUIZ CARLOS MANTOVANI NÉSPOLI é superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos)