terça-feira, 31 de agosto de 2010

O MDT recomenda: seja sustentável na sua mobilidade

Que tal decidir por uma vida pautada pela sustentabilidade? Há muitas maneiras de ser ecologicamente correto que não demandam grandes investimentos de dinheiro e nem de tempo.

Ai vão algumas dicas práticas:

ANDE MENOS DE CARRO. Use menos o carro. Se você deixar o carro em casa 2 vezes por semana, deixará de emitir 700 quilos de poluentes por ano. Lembre-se Dia 22 de setembro se planeje para não usar o carro.

ANDE a PÉ: Faça viagens para locais mais próximos a pé ou de bicicleta..



LUTE POR UM BOM TRANSPORTE PÚBLICO NA SUA CIDADE OU REGIÃO: É seu direito de cidadão se deslocar com qualidade. O Poder Público deve constituir espaços de participação popular.

CURTA O ÔNIBUS, TREM OU METRÔ. Um simples ônibus a diesel chega a fazer cerca de 2 quilômetros por litro de combustível na cidade e emite cerca de 1.300 gramas de dióxido de carbono por quilômetro. Mesmo com 20 passageiros, isso equivale a 65 gramas por pessoa para cada quilômetro viajado, muito menos que a média de um carro que é 169 por quilômetro.

FAÇA UMA ÚNICA VIAGEM. Planeje com antecedência suas saídas. Não desperdice tempo e nem emita tanto carbono.

PEGUE CARONA. Divida sua viagem com alguém que esteja indo para o mesmo destino. Com quatro pessoas no carro, você vai produzir 35 gramas de dióxido de carbono por pessoa num carro que emite 140 gramas. Organizar caronas com amigos muitas vezes depende somente de um telefonema.

LUTE POR UMA REDE CICLOVIÀRIA NA SUA CIDADE: O uso da bicicleta é é um exemplo de alternativa para os problemas causados pela frota crescente de automóveis. 

MANTENHA SEU CARRO REGULADO. Calibre os pneus a cada 15 dias e faça uma revisão completa a cada seis meses. Carros regulados poluem menos. A manutenção correta de apenas 1% da frota de veículos mundial representa meia tonelada de gás carbônico a menos na atmosfera.

LAVE O CARRO A SECO. Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros a cada lavagem. Procure no seu posto de gasolina ou no estacionamento do shopping.


QUANDO FOR TROCAR DE CARRO, ESCOLHA UM MODELO MENOS POLUENTE. Apesar da dúvida sobre o álcool ser menos poluente que a gasolina ou não, existem indícios de que parte do gás carbônico emitido pela sua queima é reabsorvida pela própria cana de açúcar plantada. Carros menores e de motor 1.0 poluem menos. Na Grande São Paulo, onde no horário de pico anda-se a 10 km/h, não faz muito sentido ter carros grandes e potentes para ficar parados nos congestionamentos.

FAÇA COMPRAS POR PERTO. Cerca de 5% dos quilômetros percorridos são para comprar comida. Assim, ir a pé pode fazer uma verdadeira diferença. Não é apenas o meio ambiente que se beneficia com as compras realizadas no comércio do bairro. Uma ampla gama de pequenas lojas é importante para construir comunidades seguras e amigáveis.

USE O TELEFONE OU A INTERNET. A quantas reuniões de 15 minutos você já compareceu esse ano, para as quais teve que dirigir por quase uma hora para ir e outra para voltar? Usar o telefone ou skype pode ser uma boa alternativa.

PEÇA PARA ENTREGAR EM CASA. É lógico que os veículos que fazem entregas também vão para as ruas, mas podem entregar compras em várias casas em uma só viagem e economizar no número total de circuitos realizados. Se a entrega for feita de bicicleta o ganho para o meio ambiente ainda é maior.

Enfim, tente viver harmoniosamente!

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A Mobilidade Sustentável e Inclusão Social

Mobilidade X Cidade
De acordo com o MDT, o setor de transporte é responsável por cerca de 1/4 das emissões dos chamados Gases do Efeito Estufa – GEE, na maior parte devido ao grande crescimento da frota de carros, motos e caminhões. Um crescimento de 45% de 1990 a 2007. Sabemos que a forma como transportamos mercadorias e a nós próprios tem um impacto considerável ao meio ambiente: quer seja na emissão dos GEE, na construção de rodovias e na urbanização não planejada que este processo acarreta.As condições de Mobilidade Urbana são precárias no país: recebem insuficiente atenção do Poder Público.
O Império do Automóvel


No Brasil: a malha rodoviária recebeu grandes incentivos a partir da década de 50, o que possibilitou o seu rápido crescimento, principalmente devido a inserção da indústria automobilística no país. Os recursos são conduzidos dentro de uma lógica perversa, centrada no favorecimento à fluidez do transporte individual motorizado, como fosse possível a todos os  cidadãos possuirem um veículo, e que todos esses automóveis e motos conseguissem trafegar livremente pelas vias urbanas sem gerar crises de falta de espaço e poluição nas cidades . Na última crise, o Governo Federal optou pela baixa nos preços dos automóveis para salvar a economia do país. O país possui uma frota de mais de 61 milhões de veículos e este número cresce a cada dia.
Quanto o automóvel custa para a cidade?


A falta de planejamento urbano é também um agravante à sustentabilidade urbana: há um crescimento que não considera condições básicas à vivência, e muito menos, a sustentabilidade. 80% da população brasileira vivem em áreas urbanas. Ou seja, é urgente criarmos condições para um equilíbrio entre moradia, transporte, circulação de carros e pedestres, manutenção de áreas verdes.
Prioridade ao uso das vias ao automóvel
A prioridade deve ser do coletivo

É necessário mudar esta realidade. A Mobilidade Urbana pode ser inclusiva, sustentável  social e ambientalmente. Sua gestão pode e deve ser compartilhada, participativa e democrática, integrada às demais políticas de desenvolvimento urbano.

Para isto é necessário ampliar atuação organizada da sociedade em torno da Mobilidade Urbana Sustentável e disseminar os conceitos bases e discutir soluções eficazes e duradouras de modo a contribuir para a construção de uma pauta unificada dos movimentos sociais e entidades que atuam nas políticas urbanas.

São muitos os desafios.

Ai vão algumas recomendações do MDT para a gestão urbana adequada:


Priorizar o andar a pé: é preciso garantir espaços seguros, desobstruídos e de qualidade aos pedestres;
Andar a pé

Incentivar a utilização dos modos não poluentes: deve-se criar condições ao uso de transportes não poluentes, como a criação de ciclovias e ciclofaixas;
Andar de Bicicleta

Priorizar o Transporte Público Coletivo: oferecer transporte público de qualidade, que supra as necessidades dos cidadãos;
Prioridade no uso de vias

Controle de tráfego: criar restrinções a carros e motos;
Dia sem Carro em BH

Integração: é preciso integrar pessoas e construções, possibilitando lazer, trabalho e outras atividades em espaços próximos;

Preencher espaços: com o preenchimento de espaços vazios, como terrenos baldios, possibilita essa integração, tornando as atividades possíveis a pé, por exemplo;

>Preservação dos bens: preservar a diversidade sociocultural, os ambientes e belezas naturais da cidade;

Diminuir distâncias: criar conexões entre lugares, possibilitando caminhos diretos e livres; Focar a Gestão na Paz no Trânsito; 

Segurança para as pessoas

Implantar a Inspeção Veicular obrigatória, ambiental e de segurança. 
Reduçao dos impactos ambientais

Fonte: Cartilha do MDT
Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lula assina contratos para investimentos em mobilidade urbana em Salvador

O MDT  sempre defendeu a inserção na agenda social e econômica da Nação o Transporte Público como um serviço essencial e um direito para todos.
Finalmente estamos verificando  investimentos do PAC na mobilidade urbana e a prioridade do transporte coletivo no trânsito. 
Transporte público com desenvolvimento tecnológico e respeito ao meio ambiente é a nossa bandeira.



Lula assina contrato em Salvador

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma cerimônia no Palácio Rio Branco nesta quinta-feira (26) onde assinou contratos para que Salvador receba, por meio do PAC da Copa, investimentos de R$ 570 milhões para uso no incremento da mobilidade urbana, e também mais 1.046 moradias, como parte do programa Minha Casa, Minha Vida. Estas unidades habitacionais serão construídas em Salvador, São Francisco do Conde e Santo Antônio de Jesus, todos com dois quartos, com áreas de 44 m² cada.

Lula também assinou a autorização para o edital de licitação para a duplicação da BR-101, no trecho da divisa entre Sergipe e Bahia, entroncamento com a BR-324.

Mobilidade


Parte da verba será usada para a construção do sistema Bus Rapid Transport (BRT), com corredores exclusivos para ônibus e ligação com o metrô. Serão 19,3 quilômetros ligando o Aeroporto ao acesso norte da cidade. Segundo a Agecom, os embarques e desembarques são rápidos e através de plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos.

BRT de Bogotá - Transmilênio
Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ponto de ônibus sustentável

Ecoshel, o ponto de ônibus verde
A designer britânica Tiffany Roddis desenvolveu um novo modelo de ponto de ônibus, mais futurístico e mais sustentável. Ecoshel, como ficou conhecido, tentará reduzir o impacto causado pelas emissões de carbono dos ônibus de uma forma simples e tecnológica.


 O projeto, inova nas tecnologias verdes empregadas. Ecoshel combina células solares, um gerador elétrico e, até mesmo, materiais recicláveis, o que não só produz energia, como também miniminiza os impactos ambientais
O objetivo é que ônibus também possam se abastecer desses recursos

Além disso, Ecoshel utiliza painéis solares e blocos de pressão para voltar a produzir sua própria eletricidade e calor. A ideia agora é desenvolver ônibus que também se abasteçam desses recursos, diminuindo, assim, as emissões de carbono na atmosfera.


Não há informações sobre a inauguração do ponto de ônibus, entretanto, é um projeto que deve ser levado em consideração no que tange à mobilidade sustentável

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dia 22 de Setembro, deixe o carro em casa

Começamos a contagem regressiva para o dia 22 de setembro, data em que se celebra um momento de reflexão sobre o uso de carros nos grandes centros urbanos.


O MDT recomenda: você pode deixar o carro um dia em casa sem sentir problemas, mas primeiro entenda melhor o que representa essa data.
Carros poluem

22 de Setembro: Dia Mundial Sem Carro

A comemoração surgiu na França, no final da década de 90, quando cidadãos de 35 cidades francesas decidiram deixar o carro em casa em busca de formas alternativas de se locomover. A ideia chegou ao Brasil em 2001 e o movimento não parou mais de crescer. A cada ano mais cidades brasileiras aderem com parcerias das prefeituras que fecham ruas e fazem ações de passeios de bicicleta ou caminhadas como ações de conscientização para o uso racional dos automóveis e de estímulo a formas mais sustentáveis de mobilidade.

O principal motivo da celebração é diminuir a quantidade de carros individuais nas cidades. Os problemas são os que já conhecemos: grandes congestionamentos, poluição do ar e sonora, isolamento urbano, acidentes fatais, problemas de saúde, alto consumo de combustíveis fósseis, gastos aos cofres públicos, queda de produtividade e redução da qualidade de vida.

Protesto contra o automóvel


No Brasil, existem quase 60 milhões de automóveis no país. A cidade de São Paulo é líder com a estatística de um carro por dois habitantes. Se você acha muito, nos Estados Unidos esse número é 1,3 habitante por carro, na Itália 1,5 habitante/carro e no Japão, Espanha, Canadá e Alemanha 1,7 habitante/carro.

Carros matam
Esses dados mostram o colapso que as grandes cidades em todo o mundo vêm sofrendo. Assim, mais de 40 países celebram o Dia Mundial Sem Carro. Especialistas alertam que o grande vilão não é o carro sozinho, mas a "cultura do carro" que se instalou fazendo com que as pessoas sonhem com carro próprio suportando um modelo insustentável. "O mais sensato seria criar mecanismos para restringir a quantidade de carros circulando em zonas criticas da cidade e redesenhar a mobilidade de toda a cidade, inclusive com a participação da iniciativa privada", alerta Nazareno Affonso, Coordenador do MDT.
Existem soluções possíveis para resolver o problema. Entre as medidas mais citadas estão o incentivo e o investimento no transporte público de forma a torná-lo eficiente e de alta qualidade, convencendo o usuário a trocar o seu carro individual por um modal coletivo.

Belo Horizonte - 2004

Outra ideia é a criação de ciclovias e ciclofaixas nas principais ruas e avenidas das cidades e instalação de sistemas de aluguel e transporte de bikes, garantindo segurança e comodidade àqueles que optarem pela bicicleta como meio de transporte e o estímulo a práticas como a carona solidária e o planejamento individual, fazendo com que cada cidadão busque pessoas com roteiros semelhantes e se unam para reduzir a quantidade de carros nas ruas.

A mudança deve partir de cada um, afirmam. Hoje, sabemos que 30% das pessoas que trabalham com carro na cidade poderiam utilizar carona solidária pelo menos uma vez por semana, 1% poderiam utilizar bicicleta e 5% poderiam fazer caminhadas ou usar meios alternativos de transporte, desde que as condições para isso fossem favoráveis.

Revista Fon Fon - 1910


Além da mudança nos hábitos diários da população, existem outras medidas voltadas para as políticas públicas que defendem mudanças ainda mais rigorosas. Algumas cidades, como Amsterdã (Países Baixos), Copenhague (Dinamarca), Ottawa (Canadá), Freiburg (Alemanha), Bogotá (Colômbia), Londres (Reino Unidos) e Quarry Village (Estados Unidos), proibiram total ou parcialmente a utilização de carros em suas ruas, avenidas e centros históricos.

Elas também criaram outras medidas para desencorajar o uso do carro, como diminuir o número de vagas para estacionamento, cobrar pedágio urbano para quem circula de carro pelo centro, e aumentar o preço do combustível. Com zonas livres de carros, as ruas puderam ser "devolvidas" para a população, que passou a utilizar bicicletas, transporte coletivo e até mesmo ir a pé para lugares próximos.

As cidades estão redesenhando os seus espaços em favor do bem-estar das pessoas e não dos veículos. A nova ordem é frear a deterioração do meio ambiente, adotar iniciativas para dissuadir e reduzir o uso do automóvel e potencializar a mobilidade a pé, o transporte público e os deslocamentos por bicicleta.
Comparação entre os espaço para 70 pessoas viajarem 

Medidas integradas são, portanto, a palavra de ordem quando o assunto é mobilidade sustentável. A amplitude do conceito é tamanha que ela já chegou a lugares onde antes poderia não ter sentido, como os cursos de arquitetura. Novos modelos de urbanismo sustentável já buscam planejar nas plantas das cidades formas de torná-las conectadas e capazes de abrigar diversas funções em um mesmo espaço, evitando longos deslocamentos.
Cidade para todos

"Nós não queremos apenas um dia de celebração e depois retornar à 'vida normal'. Uma vez livres dos carros, as pessoas deveriam permanecer livres. Só depende de nós, de nossas cidades e dos nossos governos ajudar a criar mudanças permanentes em benefício dos pedestres, ciclistas e outras pessoas que não dirigem carros", afirmam os organizadores do World Carfree Network, organização internacional em defesa da mobilidade sustentável.

Cristina Baddini Lucas _ Assessora do MDT

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Foi lançada sábado em São Paulo a Campanha Olho no seu Voto

Como sempre faz em ano de eleições, o Fórum Nacional de Reforma Urbana retoma a campanha Olho no Seu Voto. Trata-se de uma iniciativa social para tentar comprometer candidatos a todos os cargos eletivos no país com a pauta da reforma urbana.

O que isto significa? Aquele e aquela que se comprometer com a agenda da reforma urbana terá, se for eleito/a, que prestar contas de ações em defesa do direito à moradia digna e adequada, ao transporte público de qualidade, ao saneamento ambiental universal. Com o Direito à Cidade!

Se mais de 80% da população brasileira vivem em cidades, mesmo que em áreas próximas do ambiente rural, não se pode ignorar que a cidadania depende de uma vida urbana com direitos humanos universais garantidos e efetivos para todos.Esta iniciativa conecta a discussão eleitoral com as políticas públicas urbanas, além de reforçar a responsabilidade dos gestores públicos em abrir espaços de participação social na gestão das cidades.


O MDT, através do seu Coordenador Nazareno Affonso, participou da elaboração da Campanha Olho no Seu Voto – Eleições 2010 para um outro Brasil com cidades sustentáveis, justas e democráticas!

Segue o texto referente a Mobilidade Urbana:.

1. Garantir a moradia para população de baixa renda nas áreas centrais e infraestruturadas das cidades.

O Governo Federal deverá criar e implementar o “Programa para Implementação das Zonas (ou Áreas) Especiais de Interesse Social em Áreas Infra-estruturadas” (inseridas nas áreas centrais e em bairros dotados de serviços, saneamento ambiental, com acesso ao transporte público, escolas, hospitais, áreas de lazer ), a fim de democratizar a implantação de habitação de interesse social ( construção de novas moradias, reformas, aluguel social em imóveis existentes e projetos de regularização fundiária), promovendo equilíbrio no mercado de terras, e implementando o Estatuto das Cidades e Planos Diretores Municipais.

a) A Lei Orçamentária Anual deverá prever recursos orçamentários para o programa mencionado acima;

b) O acesso a terra nessas áreas deverá ser destinado a população de baixa de renda, dentre esta aos negros(as) (pretos e pardos), obedecendo à proporcionalidade destes na população do Estado.

c) A implementação do programa deverá ser amplamente divulgada nos sites governamentais, bem como em outras mídias oficiais e alternativas;

d) Municípios que aderirem ao programa terão prioridade no acesso aos recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e Programa de Aceleração do Crescimento.


2. Os grandes projetos urbanos e seus investimentos em infra-estrutura urbana, a exemplo dos projetos previstos em função da Copa 2014 e das Olimpíadas de 2016 deverão respeitar o Direito à Cidade, não promovendo violações ao direito a moradia e serem integrados ao planejamento da cidades.


Esses projetos deverão ter seus recursos e sua implementação monitorados e aperfeiçoados nas instâncias de participação e controle social (Conselhos das Cidades e/ou outras) em nível local, estadual e nacional.

a) As cidades que serão sede da Copa 2014 e/ou Olimpíadas 2016, deverão realizar no mínimo duas audiências públicas para apresentar as obras de infra-estrutura e de desenvolvimento urbano previstas a fim de constituir suas instâncias de controle social;

b) Uma comissão, com representação dos diversos segmentos que compõem os conselhos, deverá acompanhar passo a passo a implementação destes projetos, encaminhando os debates que deverão ocorrer no âmbito dos conselhos e de outras instâncias de participação e controle social, e serem amplamente divulgados.

c) Caso o projeto preveja a necessidade de remoção de famílias é obrigatório: (i) a realização de audiência pública com a comunidade/bairro envolvido na remoção para a exposição dos motivos que obrigam o processo de remoção e a discussão do projeto de realocação das famílias; (ii) a realocação pelo Estado em área situada em até 2.000 metros de distância da residência original; (iii) a constituição de comissão com representantes: do poder executivo , do legislativo, do judiciário, das famílias a serem removidas; dos movimentos sociais urbanos, do Conselho das Cidades local, com a função de acompanhamento do processo de realocação



3. Implantar a mobilidade sustentável e cidadã no país: Transporte Público de Qualidade com Redução da Tarifa e garantia da Acessibilidade às pessoas com deficiência.


O transporte não é integrado e a população mais pobre é duplamente penalizada: mora na periferia, longe do centro urbano, demorando mais tempo para se locomover de casa para o trabalho e pagando mais caro a tarifa. Pessoas com deficiência não têm acesso ao conjunto da cidade.

a) Aprovação do Projeto de Mobilidade (Lei 1687/07), que define as diretrizes de uma política de mobilidade sustentável para as cidades que prioriza o transporte público, da bicicleta e deslocamentos à pé.

b) Baratear as tarifas retirando a incidência de impostos e pagamento de gratuidades do valor da passagem, integrando ônibus, metrôs, trens, barcas, etc. e implementar o “Bilhete Único”, onde o usuário utilize várias conduções pagando uma única passagem (Projeto de Lei 1927/03);

c) Aplicar nos transportes coletivos a mesma quantidade de recursos destinados às isenções e investimentos para favorecer a compra e infraestrutura para os automóveis;

d) Aplicar 2 bilhões em ciclovias e ciclofaixas com recurso federal, estaduais e municipais;

e) Implementar ações de fiscalização (eletrônica e humana) e educação para combater o álcool e velocidade ao volante para reduzir 50% dos mortos e feridos no transito se engajando ao compromisso da ONU da década de redução de acidentes no transito;

f) Implantar sistemas de transporte de massas em cidades com mais de 300 mil habitantes, como metrô, bondes modernos, ferrovias urbanas, corredores exclusivos de ônibus, garantindo e ampliando os recursos previstos.

g) Desenvolver políticas de financiamento aos municípios que promovam o uso habitacional nas áreas centrais, de maneira a diminuir os trajetos diários entre casa e trabalho;

h) Implementar as leis de acessibilidade para pessoas com deficiência na renovação de frotas, equipamentos de transportes, calçadas, e habitações financiadas pelos Governos até 2014 de acordo com a legislação ( Lei 10.048/00;Lei 10.098/00e o Decreto 5296/04).

• A adesão à Jornada Brasileira “Na Cidade sem meu Carro”, de modo a torná-la um protesto nacional contra a política de mobilidade centrada no uso e privilégios dos automóveis.

Voto é coisa séria! Outro Brasil, com mais desenvolvimento econômico e justiça social está em construção.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Foi lançado dia 18 passado um Manifesto pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro


Veja o Manifesto que será entregue aos candidatos à Presidente pela Redução de Mortes e Lesões no Trânsito –

Uma Década de Ações para a Segurança Viária:
Senhor(a) Candidato(a) à Presidência da República:

Nós, da Coordenação da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, em conjunto com a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, representando os parlamentares que se interessam por este tema no Congresso Nacional, e que, portanto, defendem uma causa que transcende os interesses regionais e alcança - de forma geralmente violenta e dramática - todos os brasileiros, manifestam a Vossa Excelência a expectativa da própria Frente e de expressiva parcela da sociedade brasileira no que diz respeito à segurança da circulação viária e à qualidade do trânsito em nosso país.

O Brasil deu um passo importante com a sanção da Lei federal nº 11.705/2008, que estabelece que o limite de álcool no sangue do condutor de veículos automotores seja zero, incluindo penalizações severas para aqueles que não acatarem a lei.

A iniciativa brasileira recebeu elogios da Organização Panamericana de Saúde (OPAS): “Essa lei representa um modelo exitoso para ser seguido no restante das Américas, pois seu conteúdo pioneiro servirá como um padrão para a promoção da segurança viária e prevenção dos acidentes viários, particularmente entre os jovens”.

No entanto, ainda há muito por fazer. As estatísticas colocam nosso país como um dos cinco que mais matam no trânsito. Além disso, há um número sem precedentes de pessoas acidentadas que precisam de atendimento nos serviços de saúde (urgência e UTIs), com custos elevados para toda a sociedade. Embora os índices dessa tragédia cresçam sistematicamente, o problema não recebe a devida atenção das autoridades, sejam elas municipais, estaduais ou federais.

As justificativas que a sociedade está cansada de ouvir vão da falta de recursos materiais, humanos e tecnológicos adequados, passam pela dificuldade de se promover um amplo programa de conscientização nacional pelas dimensões continentais do país, chegando até à absurda afirmação de que é o preço que devemos pagar pela evolução tecnológica da motorização do deslocamento humano.

Mas, na verdade, o descaso é fruto da natureza pacífica e acomodada da sociedade que (quase) tudo tolera e suporta, como se inevitável fosse.

Mas se o Brasil mudou para melhor, se o povo está cada vez mais consciente e participativo, nosso trânsito também precisa mudar.

Assim, solicitamos seu compromisso formal assumindo com seriedade, determinação e absoluta dedicação o desafio de dar um basta na violência no trânsito de nosso país!

Por uma providencial e emblemática coincidência, 2011 marca o início do mandato do próximo presidente do Brasil e também o primeiro ano da DÉCADA DE AÇÕES PARA A SEGURANÇA VIÁRIA, que vai durar até o ano de 2020.

O compromisso formal que pedimos como ao candidato(a) é que, se eleito(a), assuma um pioneiro e histórico pacto pela vida no trânsito que pode ser resumidamente definido através dos seguintes pontos:

1. Implementar as seis recomendações do Relatório Mundial/2004 da Organização Mundial de Saúde sobre a prevenção da violência no trânsito.

2. Reforçar a liderança e orientação das autoridades em matéria de segurança viária, incluindo a criação e/ou o fortalecimento de uma estrutura de governo que atue na coordenação de todas as ações em defesa da vida no trânsito em todo o país.

3. Definir um Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, com metas e programas que visem, de forma obstinada, perseguirmos objetivos claros e mensuráveis a fim de passarmos a contabilizar vidas salvas, ao invés de mortes nas nossas cidades e rodovias.

4. Aplicar os recursos arrecadados com multas de trânsito para financiar o Plano.

5. Envolver governos estaduais e municipais, especialistas, entidades não governamentais e a sociedade em geral para elencarmos ações prioritárias que envolvam campanhas educativas de trânsito permanentes.

6. Adotar recomendação da Organização Mundial de Saúde a fim de que, anualmente, um terço dos condutores sejam fiscalizados, especialmente através do teste do bafômetro.

7. Efetuar esforço especial para desenvolver e implementar políticas e soluções de infraestrutura para proteção dos usuários das vias de circulação, em particular os mais vulneráveis, como pedestres, ciclistas, motociclistas, usuários do transporte público e os dependentes como crianças, idosos e deficientes.

8. Criar sistemas mais seguros e sustentáveis de transporte, incentivando a utilização de meios alternativos de mobilidade.

9. Promover a harmonização das normas sobre segurança rodoviária e de veículos, adequando-as às práticas e instrumentos pertinentes da Organização das Nações Unidas e da série de manuais publicados pelo Grupo Colaborativo de Nações Unidas para a Segurança Rodoviária.

10. Reforçar e manter a aplicação da legislação existente e a consciência dela e, se necessário, melhorar a legislação e os sistemas de registro de veículos e de condutores sob normas internacionais adequadas.

11. Incentivar as organizações a contribuírem ativamente para melhorar a segurança viária no local de trabalho, incentivando a adoção de melhores práticas de gestão de frotas de veículos e de profissionais;

12. Promover a cooperação entre os organismos competentes das administrações públicas, organizações do sistema das Nações Unidas, setores público e privado e a sociedade civil;

13. Melhorar a coleta de dados nacional e a comparabilidade internacional, incluindo a adoção da definição do padrão de mortalidade causada pelo trânsito de qualquer pessoa que morre de imediato ou no prazo de 30 dias após um acidente de trânsito, e de definições padronizadas de lesão, e facilitar a cooperação internacional para o desenvolvimento de sistemas confiáveis de dados e harmonizados;

14. Fortalecer a atenção pré-hospitalar e hospitalar do trauma, os serviços de reabilitação e reinserção social, através da aplicação da legislação pertinente, desenvolvimento das capacidades humanas e a melhoria no acesso aos cuidados de saúde.

Portanto, Senhor(a) candidato(a):

Embora existam acanhadas intervenções isoladas que podem salvar vidas e prevenir a incapacidade, liderança, vontade e o compromisso político são essenciais e, sem eles, pouco se pode conseguir.

Este é o momento e a oportunidade para começar um novo governo pisando com o pé direito no acelerador da prevenção e, com o mesmo pé, o freio da violência do trânsito.

Assinam todos os parlamentares integrantes da Comissão de Viação e Transportes e também os demais que compõem a Frente Parlamentar Em Defesa do Trânsito Seguro.
Cristina Baddini Lucas- Assessora do MDT

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

1º Concurso NTU Boas Ideias premia profissionais do setor de transportes

Premiação do Concurso NTU Boas Ideias
O 23º Seminário Nacional NTU também foi sede da cerimônia de premiação do 1º Concurso NTU Boas Ideias, que tem o objetivo de dar maior visibilidade às boas práticas que melhoram a gestão e os processos nas empresas de transporte público. Dos 20 projetos inscritos, três foram escolhidos e apresentados pelos seus autores, que também receberam uma premiação em dinheiro.

O primeiro a subir ao palco foi Marcos Rozani da Silva, da empresa Circular Santa Luzia, que desenvolveu junto com o colega Sidnei Amadeu Jr o Toten, usado para facilitar a transmissão de informações aos usuários, como a tabela de horários dos ônibus. A idéia gerou uma economia de três mil folhas de papel por mês, utilizadas anteriormente para a impressão das tabelas de horário.

O segundo trabalho apresentado foi o Sistema Alternativo para Encher Pneus em Greves Sindicais, desenvolvido por José Francilson Oliveira, da empresa Vitória. O equipamento permite, entre outras qualidades, encher o pneu de um ônibus quatro vezes mais rápido do que pelo método convencional, além de não ser necessário retirá-lo para execução do serviço.

Por último, Sérgio da Silva Cabral, da Transportes Planalto, criou a Barriga D’água, cilindro utilizado para reabastecimento do fluido de arrefecimento dos ônibus. O reservatório evita diversos deslocamentos para coletar água suficiente para abastecer os veículos.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fabricantes defendem BRT no Seminário da NTU

As quatro principais fabricantes de chassi de ônibus no Brasil, a MAN, a Mercedes-Benz, a Volvo e a Scania, apresentaram suas experiências e portfólios de produtos relacionados ao sistema BRT (Bus Rapid Transit) no segundo Painel do 23º Seminário Nacional NTU. Tecnologia, combustíveis alternativos e eficiência operacional foram os assuntos que mais despertaram o interesse do público presente no evento.


São muitas as vantagens que o sistema BRT (Bus Rapid Transit) proporciona, entre elas o menor tempo da viagem. Por trafegar em vias exclusivas, o BRT chega a economizar até 50% do tempo de viagem em comparação com os atuais sistemas de ônibus, que são obrigados a enfrentar congestionamentos de trânsito. Esses e outros diferenciais do BRT serão discutidos no 23º Seminário Nacional NTU, promovido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que teve como tema “Transporte de Qualidade para uma Vida Melhor”.


O tempo que pode ser economizado nas viagens é um dos principais atrativos do sistema. Com a incorporação do Sistema de Controle Operacional e comunicação com o usuário, o tempo de espera nas estações pode ser de menos de um minuto. O tempo de percurso para uma viagem de 10km deverá diminuir de 43 minutos para 25 minutos e a velocidade média dos ônibus terá um incremento de 70%, de 14km/h para 24 km/h (média).


Presidente da NTU, Otávio Cunha, e ministro das Cidades, Márcio Fortes
“Os sistemas BRT tendem a atrair novas demandas para o transporte público em função da melhoria da qualidade do serviço de transporte. Assim, eles contribuem para a redução dos congestionamentos de trânsito e da poluição urbana”, explica Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente da NTU.

A partir de 2012, os ônibus a diesel fabricados no Brasil estarão circulando com motores padrão Euro V, correspondente à fase 7 do Proconve, e utilizando o óleo diesel S10 - com baixo teor de enxofre. Essa evolução tecnológica, aliada à utilização dos catalisadores de descarga e à mistura com o biodiesel, deverá reduzir a poluição provocada pelos ônibus a níveis mínimos.

O BRT pode comportar uma demanda de até 45 mil passageiros por hora e por sentido. Os sistemas podem começar com uma operação mínima e irem se adequando conforme a demanda de uma determinada região, aumentando o número e tamanho dos veículos e a quantidade de faixas de circulação.
O Sistema de Curitiba

O BRT possibilita reorganizar atividades urbanas como moradia, trabalho, estudo e lazer, e, assim, diminuir as extensões dos deslocamentos. O sistema ainda facilita a movimentação das pessoas na cidade, à medida que é criada uma rede integrada de transporte e há uma desconcentração dos destinos.

postado por: Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

NTU, membro do Secretariado do MDT, abre evento com propostas para melhoria do transporte público

Abertura do Seminário
Teve início ontem, 17 de agosto, o 23º Seminário Nacional da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos). O tema central do encontro é “Transporte de qualidade para uma vida melhor”, que reúne mais de 50 secretários de transportes e representantes de prefeituras de cidades com mais de 500 mil habitantes, empresários do setor e entidades associadas à NTU.

Durante a abertura oficial, Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da NTU, reforçou sobre a importância do momento para discutir sobre as soluções para a mobilidade urbana, já que o País sediará a Copa do Mundo de 2014, e o Rio de Janeiro sediará os Jogos Olímpicos em 2016.
Otávio Vieira Cunha Filho

Segundo o presidente da NTU é preciso que haja união entre o governo federal, os secretários de transportes, prefeitos e os empresários do setor.

“Esta é uma oportunidade única para iniciarmos as resoluções para a mobilidade urbana para os eventos esportivos que acontecerão nos próximos anos. Hoje há cerca de 47 cidades com mais de 500 mil habitantes que comportam projetos para melhoria do transporte. Nesse contexto, o BRT (Bus Rapid Transit) é uma alternativa com custo viável que permitirá às cidades obter um salto no qualidade do transporte público urbano por ônibus”, enfatiza Cunha Filho.

Debate sobre o Transmilênio

No primeiro painel do 23º Seminário Nacional NTU,  o sistema de transporte coletivo de Bogotá (Colômbia), o Transmilênio, se destacou por diversos benefícios relacionados à qualidade de vida para o usuário do transporte público, e contribuição para o desenvolvimento econômico, financeiro, social e ambiental de Bogotá. Com isso, pode ser um case de sucesso para a implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) no Brasil para os eventos esportivos de 2014 e 2016, além de servir como legado para a população.

Apresentação do Transmilênio

O Transmilênio, coordenado pelos setores público e privado, impulsionou a transformação da cidade em um pólo de desenvolvimento econômico-financeiro e durante os seus 10 anos de existência, o sistema foi baseado em um conjunto de políticas de mobilidade, das quais as três principais são:

- mobilidade sustentável, ou seja, o sistema é tanto econômica quanto ambientalmente sustentável;

- o pedestre é a prioridade número 1;

- mobilidade inteligente que consiste na construção de um sistema de informação que permite desenhar os serviços para o usuário do transporte coletivo.
Transmilênio

“Atualmente temos 84 quilômetros de sistema em operação e o Transmilênio está em sua terceira fase, com a construção de mais 32 quilômetros de corredores. Além disso, são 107 estações, banheiros públicos, estacionamento para bicicletas e um centro de controle, entre outros. Outro fator importante é que gerou 6 mil empregos diretos, reduziu significativamente o tempo de deslocamento na cidade, além de ter papel fundamental no desenvolvimento e na transformação e consolidação da área urbana”, avalia Arturo Fernando Rojas, representante do governo de Bogotá, Transmilênio S.A..

Outra importante característica do Transmilênio é que o sistema depende exclusivamente da tarifa, por isso, é preciso racionalizar os custos e, ao mesmo tempo, manter a qualidade dos serviços oferecidos aos usuários. “Conseguimos viabilizar essa equação por meio de diálogo constante entre o governo e as empresas para atender aos interesses de todos. O resultado desse trabalho é o índice de satisfação de cerca de 80% da população de Bogotá”, acrescenta Victor Raul Martinez, do Sistema Integrado de Transporte SI 99 S.A..

Para o Brasil, a lição que fica é a de que a iniciativa para implantação dos BRTs deve ser atrativa do ponto de vista ambiental, social, financeiro e jurídico. “O Transmilênio pode ser um bom exemplo de como proporcionar qualidade de vida aos usuários e ao transporte. Para a implantação de um sistema é importante que sejam analisadas as expectativas dos empresários, governo, usuários e não-usuários do sistema. Esse é um importante passo para o sucesso”, finaliza Martinez.

postado por: Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT