segunda-feira, 30 de julho de 2012

Programado para os dias 28 e 29 de agosto, em Brasília, o Seminário Nacional NTU 2012


O Seminário Nacional NTU 2012, programado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) para os dias 28 e 29 de agosto de 2012, em Brasília, terá como tema A Nova Mobilidade Urbana.  


Manhã do primeiro dia

Após a solenidade de instalação dos trabalhos, haverá na manhã do primeiro dia homenagem aos 25 anos do Vale-Transporte, seguida da mesa-redonda intitulada A Nova Lei da Mobilidade Urbana, com exposição a cargo de André Dantas, diretor técnico da NTU, atuando como debatedores representantes da NTU, da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Frente Nacional de Prefeitos , URBS – Curitiba e Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT).  

Tarde do primeiro dia

Na tarde do primeiro dia, será desenvolvido o painel intitulado A Mobilidade Urbana nas Mídias Sociais, com palestra do consultor, empresário e especialista em comunicação digital de Gil Giardelli; mediação de Roberto Sganzerla, especialista em marketing de transportes, e debates conduzidos por Luciana Herszkowicz, sócia e gerente de Comunicação da empresa Viação Paraty; Alessandra Franco, assessora de Comunicação do Setransp/AJU, e José Romano Neto, sócio-diretor da empresa SBCTrans.  

Noite

Na primeira noite, haverá a cerimônia de formatura do MBA em Gestão de Negócios, com apresentação de Leila Navarro sobre o tema Liderança.  

Manhã do segundo dia

Na retomada dos trabalhos, na manhã de 29 de agosto, será desenvolvido o Workshop Sistemas BRT. Uma das atividades será o painel BRT: Solução global para a mobilidade urbana sustentável. Atuarão como expositores Luiz Antônio Lindau, diretor-presidente da Embarq Brasil; Brendan Finn, consultor internacional e Guillermo Calderón, diretor do Metrobus/México. Mais tarde, haverá a apresentação do ‘case’ Ações de Marketing do BRT TransOeste, com exposição a cargo de Suzy Balloussier, relações públicas da Fetranspor, do Rio de Janeiro. 

Tarde do segundo dia

Está prevista para a tarde do segundo dia a palestra master com o tema Conjuntura econômica e cenários do transporte público no Brasil, a ser proferida por Gesner Oliveira, doutor em economia e consultor de negócios.  

Noite de encerramento. Para a noite do segundo e último dia do encontro estão programados a cerimônia de entregada Medalha do Mérito do Transporte e o jantar comemorativo dos 25 anos da NTU.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Hoje é o dia do Motociclista


Cristina Baddini Lucas - Coluna De Olho no Trânsito
Caderno Setecidades - Diario do Grande ABC 

LEVO VIDA NO MEU CAPACETE

27 de julho foi a data criada em 1982 para homenagear um motociclista, mecânico de moto, falecido em 27 de julho de 1974 em uma ocorrência de trânsito. Esta foi uma maneira de homenageá-lo e a todos os demais motociclistas do Brasil. Assim foi convencionado que 27 de julho é o dia do Motociclista. Mas, será que temos motivos para celebrar a data?  A morte nas viagens de motocicletas já virou uma epidemia com o forte aumento de ocorrências  e  atendimentos envolvendo motociclistas. Aumentou 21% nos últimos anos. O risco de morrer no trânsito da cidade de São Paulo para os usuários de motocicleta é 17 vezes maior que dos usuários de automóveis.


O incremento da frota de veículos, o excesso de velocidade e  o consumo de bebida alcoólica antes de dirigir são fatores que, invariavelmente,  contribuem  para o aumento dos acidentes.  Enfim, é um dia de celebração e, acima de tudo  também,  um dia de reflexão,  uma vez que enormes desafios se avizinham com o crescimento exponencial da frota de motocicletas


MOTOQUEIRO E MOTOCICLISTA

Popularmente costuma-se dizer que aqueles trabalham com a motocicleta na entrega de malotes e demais serviços  como motoboy, são motoqueiros, e aqueles que usam  jaquetas, luvas e demais acessórios de couro com suas motos gigantes são os motociclistas.

Outros ainda acham que o motoqueiro é aquele que anda imprudentemente nos corredores  buzinando e quebrando retrovisores, enquanto que o motociclista geralmente é aquele que obedece as leis de trânsito.

Enfim, penso que entre todos eles,  independentemente da denominação, seja motociclista ou motoqueiro, há os que pilotam de forma mais ou menos prudente. Todas as pessoas que pilotam motocicletas devem  respeitar a sinalização e as demais exigências inerentes à legislação de trânsito.    

No fim das contas, o dia do Motociclista é uma data que serve para lembrar o passado, refletir sobre o futuro valendo-se da prudência necessária ao pilotar no presente.



VENCER DESAFIOS TODOS OS DIAS

É vencer preconceitos e ao mesmo tempo aproveitar a liberdade que apenas uma moto pode proporcionar. É difícil explicar: mais fácil é subir na moto e sentir o que é ser motociclista. É uma sensação  tal que, aqueles  que não possuem  motocicletas não conhecem e para os pilotos que tem motocicleta não é preciso explicar.  

Mas, é preciso ressaltar que 35% dos acidentes fatais com motos indicam O  posicionamento no corredor como a causa maior dos acidentes principalmente por conta da velocidade excessiva velocidade praticada pelos pilotos ,  pela invisibilidade ou seja, os pontos cegos dos retrovisores dos carros,  pela queda do motociclista entre veículos e o consequente e muitas vezes inevitável atropelamento do motociclista.  Na mudança de faixa, a visibilidade da moto pelo motorista (auto/caminhão) é prejudicada pela existência dos chamados “pontos cegos”.   Não se pretende diminuir ou desconsiderar as vantagens oferecidas pelas motos, mas é preciso considerar acima de tudo, os aspectos negativos, como a poluição gerada pelas mesmas e a letalidade dos acidentes com esse tipo de veículo de transporte na maioria das vezes individual.

CAMPANHA

Com a proposta de humanizar o trânsito, a Associação Brasileira de Distribuidores Honda (Asso Honda), lançou neste mês, a campanha "Eu curto Motocicleta. Eu levo vida no meu capacete".  A iniciativa tem o apoio de mais de 700 concessionárias e mil pontos de vendas espalhados pelo Brasil.

O principal desafio da iniciativa é evidenciar que o trânsito é movido principalmente por pessoas, em vez de ser dominado unicamente pelos veículos. Assim, deve imperar o respeito e a harmonia entre os protagonistas e deve-se buscar uma convivência pacífica, ética e humanitária. 

Enfim, desejo a todos os motociclistas usuários, profissionais, militares, esportistas e estradeiros, que trabalhem essa filosofia de convivência e curtam a vida numa moto com seus capacetes e acelerando com moderação, prudência e inteligência.



quarta-feira, 25 de julho de 2012

França educa e pune para reduzir mortes em acidentes

Em 1972, a França apresentava um índice de 18 mil mortes no trânsito por ano.

    A experiência da França sobre a construção de uma política de segurança viária que conseguiu reduzir significativamente, nos últimos 40 anos, o número de mortes no tráfego, foi um dos temas desta quinta-feira no Congresso Internacional de Trânsito.  Durante o evento no BarraShoppingSul, em Porto Alegre, Joël Valmain, conselheiro-técnico para a segurança viária do Ministério do Interior francês, afirmou que a maneira mais eficaz de melhorar as estatísticas são a educação e a punição. Na ocasião, foi assinado um termo de cooperação entre o país e o Estado para a troca de experiências na área.    
    Em 1972, a França apresentava um índice de 18 mil mortes no trânsito por ano. Hoje, o número caiu para quatro mil, mesmo com o constante aumento no tráfego. Segundo Valmain, diversas ações foram feitas, sendo que a mais efetiva aconteceu em 2002, quando o então presidente Jacques Chirac colocou no centro do seu governo a segurança viária, envolvendo diversos setores da administração. ''De 2002 até hoje, reduzimos pela metade o número de mortes. Isso foi possível com a criação de uma delegação interministerial, pois o tema envolve diversos fatores'', explica o técnico.
    O país atua em diversas vertentes com um mesmo objetivo. O Ministério da Educação trabalha com crianças e jovens na conscientização da responsabilidade no trânsito. O Ministério do Trabalho francês se comunica com as empresas, mostrando aos empregadores que investir na segurança dos funcionários, em relação aos meios de transporte, é rentável, trazendo economia para as instituições. Além disso, o Ministério da Saúde informa regularmente o número de mortos e feridos em acidentes.
    A França criou também um observatório viário que colhe diversos dados relacionados ao trânsito, que serão posteriormente analisados e resultarão na construção de ações adequadas para os problemas. ''Nós atuamos em âmbito nacional, mas isso pode funcionar de maneira regional, como é o caso do Brasil - desde que se coloque em cada estado um coordenador, pois o trabalho funciona em conjunto'', afirmou Valmain. De acordo com ele, é imprescindível que se saiba em detalhes o que provoca os acidentes e, também, ter uma noção de como é o trafego de cada local. É importante ainda que as autoridades saibam quais são os horários mais problemáticos e a faixa etária que mais é suscetível a acidentes, para que, a partir destas especificidades, as decisões sejam tomadas.
    Utilizando este método, a França conseguiu detectar que 21% das mortes no trânsito eram de jovens entre 18 e 24 anos. Também constatou que 30% dos mortos eram motoristas embriagados. A partir disso, estabeleceu a obrigatoriedade de realização do teste do etilômetro na saída das casas noturnas, para que as pessoas saibam se estão em condições de dirigir.
    Outra ação foi intensificar entre as crianças e, principalmente, entre os adolescentes, a educação para a segurança viária. Segundo Valmain, a prevenção é fundamental, mas ela precisa ser feita de maneira explicativa. ''O limite de velocidade é 50 quilômetros por hora. Para que se respeite, eu tenho que informar que esse é o limite para que se consiga frear instantaneamente e parar o carro. Assim, se tiver um pedestre na frente, eu não vou atropelá-lo'', ressalta.
    Para que essas ações sejam mantidas, todos os anos é realizado um balanço aprofundado sobre a situação viária. O próximo foco de atuação na França será voltado para os motociclistas, que têm grandes índices de mortalidade.
    O vice-governador do Estado, Beto Grill, que participou da palestra, afirmou que a troca de experiências com a França vai permitir que o Estado cresça em relação à segurança no trânsito. ''O que foi dito mostra a necessidade de inovação e de tecnologia para mudar a situação. Além disso, é importante focar em ações de comportamento e na certeza da punição'', disse. Grill ressaltou que a situação do Brasil é ''inquietante'', pois o índice de mortes no trânsito é de 200 para cada milhão de habitantes.

Jornal do Comércio

terça-feira, 24 de julho de 2012

Mais uma ação do Governo na contramão da lei de mobilidade urbana'





Cidades entulhadas de automóveis tornando nossas vidas mais caras, com elevado tempo de viagem no transporte público ou pessoas presas nos congestionamentos dos automóveis, sem contar os acidentes e a poluição urbana. Este é o cenário na maioria das nossas cidades grandes e médias e, principalmente, nas regiões metropolitanas.

Para enfrentar o atual quadro, foi sancionada em janeiro pela presidenta Dilma Rousseff, a nova Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana, pois ela inverte uma lógica não escrita, mas praticada de que o uso de carro particular orienta políticas públicas em transportes. As novas regras priorizam o transporte público e coletivo sobre o individual e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 342 milhões de financiamento para a Volkswagen do Brasil desenvolver novos modelos de automóveis no país e ampliar dois projetos sociais de sua fundação.

Realmente não dá para entender.

A Volkswagen usará o financiamento para fabricar localmente o Up, modelo subcompacto já lançado no exterior e tido como o "Fusca do século 21" pelo tamanho, volume esperado de vendas e papel na estratégia global da Volks (que quer chegar a 2018 como maior fabricante de carros do mundo), além um sedã de médio porte.


A verba emprestada à Volks pelo BNDES vai promover ainda a modernização de modelos que já são fabricados no Brasil. O comunicado do BNDES usa o termo facelift, típico da indústria automotiva e que designa alterações cosméticas de meio de vida de um modelo (por exemplo, mudanças na grade frontal).

No entanto, uma parte do valor pode ser usada na inclusão de equipamentos como airbags e freios com ABS (antitravamento) em toda a gama da fabricante, bem como no alinhamento de materiais dos carros nacionais aos produzidos no exterior, reforçando o caráter global dos produtos da Volks -- algo indispensável para chegar ao topo até 2018.

O valor anunciado pelo BNDES parece insuficiente para erguer uma nova fábrica da Volks, como era esperado e chegou a ser especulado ao longo do primeiro semestre deste ano. Caso isso se confirme, a Volks pode apenas ampliar suas atuais instalações no ABC Paulista e no Paraná.


O Governo na contramão


O automóvel irrompe o século 21 como um dos agentes efetivos da ineficiência das metrópoles e médias cidades, promovendo custos ambientais de alta monta e aumentando tempo perdido. No dia a dia das cidades congestionadas, apenas lentamente uma parcela da população começa a se dar conta de que, com o carro individual, perde-se muito mais tempo do que com o transporte público para cumprir seus trajetos rotineiros, pagando mais por isso.

O crescente contingente de automóveis particulares cruza nossas cidades sem que seus fabricantes, revendedores e proprietários sejam sequer indagados a respeito do impacto ambiental que causam. A questão é perguntar por que o conjunto dos automóveis fica livre de algo análogo ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA)/Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – procedimentos justamente obrigatórios para uma série de atividades urbanas, incluindo a implantação de linhas de metrô e de corredores de ônibus.

Definitivamente não dá para entender.

 



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Veja o Boletim n 122 do SENGE-BA

Metrô em Salvador: planejamento precisa ser explícito e registrado
"Complexidade do transporte metroviário não se resume a obras", alerta engº Emiliano Affonso, conselheiro da AEAMESP

Por Tanara Régis
Ascom / Senge BA

Segundo a proposta do governo da Bahia, daqui a três anos, Salvador e Lauro de Freitas terão um sistema de metrô em pleno funcionamento. A previsão é que as obras comecem no início de 2013, sejam finalizadas em 36 meses, sendo que com apenas 18 meses já comecem a operar. Para os especialistas da área, não há dúvidas que o plano é um desafio cujo grande tamanho pode está sendo subestimado.
“A implantação do transporte metroviário é de uma complexidade que vai muito mais além de obras, constitui um verdadeiro desafio para a engenharia e tecnologia”, alerta o engenheiro Emiliano Affonso, conselheiro da AEAMESP - Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô em São Paulo.
Emiliano integra um verdadeiro time de especialistas que vivenciaram profundamente a experiência de implantação do transporte metroviário em São Paulo. Eles se encontraram, nesta última quinta-feira (5), para apresentar o Seminário Planejamento, Implantação e Operação do Transporte Metroviário, realizado às 19h, na Escola Politécnica da Ufba, evento de iniciativa do Sindicato dos Engenheiros da Bahia (Senge BA).
O evento mostrou porque o metrô de São Paulo deu certo e esclareceu a realidade do projeto em Salvador, o que para o presidente do Senge BA, o engº Ubiratan Félix, é de suma importância diante do descrédito da população sobre a gestão pública das obras de infraestrutura na cidade.
“Sabemos que o primeiro projeto de construção do metrô em Salvador arrasta-se há mais de uma década. A situação virou até tema entre comediante. Mas para a população significou evidência de corrupção, burocracia, incompetência e descaso com o cidadão”, lembra Félix .
Para o diretor da Escola Politécnica da Ufba, engº Luiz Edmundo Prado, o tema assume ainda mais importância quando Salvador é apontada pelas recentes pesquisas do IBGE como a terceira cidade mais congestionada do país enquanto o governo federal estimula o crescimento da frota de automóveis com a redução de impostos. 
Vale lembrar que em janeiro deste ano foi instituída a Política Nacional de Mobilidade Urbana que incentiva a priorização do transporte coletivo, público e não motorizado, em vez do individual, particular e motorizado”, destaca o arquiteto Nazareno Affonso, coordenador nacional do “Movimento pelo Direito ao Transporte Público e de Qualidade” (MDT).
MetrôDesde 21 de junho deste ano, está aberta a Consulta Pública do PPP (Parceria Público Privado) do Sistema Metroviário de Salvador a Lauro de Freitas. Durante 60 dias as empresas interessadas em executar a obra poderão analisar o edital e em novembro está prevista a realização de um pregão na Bovespa para definir o vencedor.
Mas, para a deputada estadual, engª Maria Del Carmen, a demonstração de vontade política do governo do Estado não amenizou as suas preocupações quanto ao planejamento da implantação do sistema metroviário. “A prefeitura de Salvador vai fazer uma licitação para concessão das linhas sem reavaliá-las e analisá-las de acordo com os novos trajetos propostos nas linhas 1 e 2”, diz a deputada que conclui: “A implantação do metrô precisa atender a demandas de projeto, execução, inspeção, testes, operação, manutenção e até mesmo o atendimento ao usuário. Além disso, precisa está articulado com outros modais de transporte. Ou seja se exige muito mais e não sei até que ponto estamos preparados”.

Não é por a caso a insegurança. O engº José Baião, presidente  da AEAMESP, explica que tanto a operação quanto a manutenção do sistema precisa ter procedimentos, ou seja, de estratégias operacionais.  Segundo Baião, além de todos os equipamentos tecnológicos para implantação (desde material rodante até o sistema de composição elétrica, telecomunicações, sinalizações, equipamentos para as estações etc) exige-se uma engenharia de logística, como equipes de restabelecimentos de serviços e de corretiva de trens, funcionando 24 horas por dia, durante os sete dias da semana.
“Toda obra de infraestrutura tem a sua complexidade e envolve aspectos que têm que ser considerados desde a fase de planejamento até a operação. O conhecimento que é tácito precisa está explícito e registrado, porque envolve a segurança das pessoas”, alerta Baião.
Cooperação – Outra iniciativa debatida no evento foi a assinatura do termo de cooperação entre os municípios de Lauro de Freitas, Salvador, Simões Filho e o governo do Estado para as ações de mobilidade urbana.
O engº Claudio de Senna, integrante do conselho diretor da ANTP - Associação Nacional de Trânsito e Transporte Público concorda que as causas do problema de mobilidade em uma região metropolitana acontecem muitas vezes em um município, mas as conseqüências aparecem no outro.
 “Um município faz desenvolvimento habitacional em condomínio, gerando aumento da quantidade de carros que vão atravessar as ruas do outro município. Isso também impacta em outros sistemas, como metrô e ônibus”, explica.
“Então é preciso que as entidades metropolitanas tenham o poder e a responsabilidade de conduzir os acordos entre os vários municípios e o Estado, para alcançar uma solução que seja realmente para todos”, conclui Senna.
 
CONFIRA AS APRESENTAÇÕES:
 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Quatro sedes estão com obras de mobilidade atrasadas para Copa



Faltando dois anos para a Copa do Mundo de 2014, 8% das obras de mobilidade urbana prevista para serem concluídas até o início do evento estão atrasadas. Outras 36% estão em ritmo que requer atenção e 56% estão em ritmo adequado. Os dados são de balanço apresentado nesta quinta-feira pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.


Os locais com obras de mobilidade urbana atrasadas são Natal, Cuiabá, Manaus e o Distrito Federal. Nesse último, a licitação que faltava para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos foi concluída na semana passada. Com isso, o DF pode deixar a lista das unidades com obras em atraso, segundo o ministro Aguinaldo Ribeiro.

Em Natal, os problemas estão relacionados ao atraso na entrega de projetos, desapropriação de terras, falta de licenciamentos e intervenção do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Em Cuiabá, as dificuldades são com desapropriação, falta de licenças ambiental e de instalação e também de projetos executivos. Na cidade de Manaus, há entraves envolvendo o patrimônio histórico e questionamento quanto ao formato da licitação.

"Em outubro, haverá uma nova avaliação do ponto de vista da Copa para ver se haverá comprometimento. Estamos trabalhando para que não haja", disse o ministro. O balanço sobre as obras de mobilidade para a Copa de 2014 foi divulgado durante o evento que lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, no Palácio do Planalto.

Agência Brasil

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Governo lança programa para melhorar mobilidade em 75 cidades

O PAC da Mobilidade ganhou nesta quinta-feira (19) uma versão para cidades médias. Serão liberados R$ 7 bilhões em recursos para projetos de municípios entre 250 mil e 700 mil habitantes. Os recursos serão repassados pelo governo federal via Ministério das Cidades dentro da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PA).


Segundo Dilma Rousseff, a nova ofensiva pelo transporte faz parte do processo de “reaprender a planejar” a infraestrutura no País. “Espero que a gente consiga esse esforço para reaprender a investir e a planejar. Sabemos que no nosso País é muito recente essa parceria entre União, Estados e municípios”, disse.
A presidenta também ressaltou que já começa a perceber melhora no perfil do planejamento de obras nas três esferas. “Houve melhoria na qualidade dos projetos que temos recebido.”

Os recursos serão repassados conforme o regime diferenciado de contratação previsto para o PAC, que acelera o ritmo das licitações. A “meta clara”, segundo Dilma, é melhorar o transporte e a qualidade de vida nas cidades médias.

A presidenta indicou também que os R$ 7 bilhões são um estímulo a mais para a industria da construção civil e para a geração de emprego pelo setor.

Programa
 
O programa pode abranger até 75 cidades classificadas como de médio porte pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 18 Estados brasileiros, sendo 51% delas em regiões metropolitanas. O montante anunciado hoje se soma a R$ 32 bilhões do PAC da Mobilidade para grandes cidades, formalizado pelo Palácio do Planalto em abril.

Serão beneficiadas cidades como Joinville, em Santa Catarina, Uberaba e Juiz de Fora, em Minas Gerais, Ribeirão Preto e Sorocaba, em São Paulo, Niterói e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e Olinda e Caruaru, em Pernambuco. Cada município pode apresentar até duas propostas.

A inscrição deverá ser feita em formulário eletrônico, disponível na página do Ministério das Cidades na internet, a partir do dia 23 de julho até 31 de agosto. Haverá uma pré-seleção no período de 3 de setembro a 1º de outubro, para o enquadramento das propostas, além de reuniões presenciais para entrevistas e análise final até o dia 29 de novembro. As cidades selecionadas serão divulgadas no dia 30 de novembro.


Para participar do processo seletivo a fim de obter o financiamento público, os responsáveis pelos municípios interessados deverão elaborar o projeto executivo para obras como construções de estações e linhas de metrô, aquisição de veículo leve sobre trilho (VLT) e construção de corredores de ônibus.
Há dois meses, Dilma anunciou a seleção de 51 municípios com mais de 700 mil habitantes, que receberão R$ 32 milhões em recursos do PAC Mobilidade Grandes Cidade. O programa financia projetos de metrô, VLT e corredores de ônibus. Do valor total, R$ 22 bilhões são do governo federal.

*com informações da Agência Brasil

quarta-feira, 18 de julho de 2012

CONSELHO NACIONAL DAS CIDADES


Em 26 de julho, o coordenador do MDT participará de Reunião Extraordinária que deliberará sobre Regimento Interno do Conselho das Cidades
O coordenador do MDT, Nazareno Affonso, participará no dia 26 de julho de 2012, das 10h às 18h, em Brasília, da Reunião Extraordinária do Conselho Nacional das Cidades, convocada pelo ministro Agnaldo Ribeiro para deliberação a respeito de propostas de alteração do Regimento Interno do Conselho. 
5ª Conferência Nacional das Cidades. 
Nos dias 24 e 25 de julho, haverá reunião dos conselheiros que integram a organização da 5ª Conferência Nacional das Cidades.

terça-feira, 17 de julho de 2012

XIII Conferência das Cidades em Brasília

Nos próximos dias 20 e 21 de novembro deste ano, acontece a XIII Conferência das Cidades e a oitava edição do concurso público Prêmio Selo Cidade Cidadã, eventos promovidos pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, em Brasília. A Lei nº 12.587/2012, que determina as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, será o tema central da conferência. O prêmio Selo Cidade Cidadã, por sua vez, irá premiar os municípios brasileiros que implementam políticas públicas que visem à melhoria da mobilidade urbana.
Ciente da importância da mobilização, o prefeito de Estância e presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (FAMES), Ivan Leite, ressalta que a presença de todos os gestores municipais sergipanos no evento é fundamental. “A questão da mobilidade urbana é polêmica e ainda deixa muito a desejar. Os problemas ocasionados pelo excesso de veículos e pela falta de organização são inúmeros. Precisamos discutir condições necessárias para o deslocamento das pessoas em nosso estado, e a conferência nos dará essa oportunidade. O concurso representa, além de um incentivo, um leque de alternativas para o que vivemos hoje com os problemas na mobilidade urbana”, frisou.
Os municípios deverão inscrever seus projetos até o próximo dia 31 de agosto. Eles deverão abordar um dos seguintes grupos temáticos: a) o transporte e o trânsito no desenvolvimento e mobilidade urbanos (o transporte como estruturador do desenvolvimento urbano; a tecnologia na gestão do transporte e do trânsito; medidas mitigadoras das deseconomias urbanas resultantes do trânsito e transportes; trânsito e mobilidade urbana; transporte e integração social da população); b) mobilidade urbana e acessibilidade dos segmentos vulneráveis da população: pedestres, ciclistas, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida (idosos, gestantes, obesos).
Todos os municípios que compõem a República Federativa do Brasil poderão participar do concurso, e serão divididos em três categorias populacionais: a) até 60.000 habitantes; b) de 60.001 até 99.999 habitantes; c) de 500.000 habitantes em diante. A confirmação da inscrição ocorrerá após a ficha e o projeto serem entregues à Comissão de Desenvolvimento Urbano. O edital, o regulamento e a ficha de inscrição encontram-se no portal eletrônico da Câmara dos Deputados, através do link: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdu/concurso-selo-cidade-cidada-2012/selo-cidade-cidada-2012 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Novo aumento do diesel deve influenciar em passagens de ônibus e fretes dos caminhões





O aumento de 6% do diesel nas refinarias, que pode ficar na casa dos 4% nas bombas, vai pesar no bolso do trabalhador.
Por causa do reajuste, os caminhoneiros cogitam a possibilidade de aumentarem o valor dos fretes. Os custos de frete são repassados de forma acumulada em efeito cascata no valor final dos produtos, que engloba o custo do transporte da matéria prima, de componentes, do produto finalizada das fábricas para as distribuidoras e por fim das distribuidoras até o estabelecimento comercial.
O Movimento Brasil Caminhoneiro, que representa os motoristas e transportadores autônomos, anunciou a possibilidade de uma greve geral da categoria em todo o País para o próximo dia 25 de julho. Entre as queixas da categoria está o valor do frete, considerado baixo pelos profissionais.
Quem anda de ônibus, urbano ou rodoviário, deve sentir o reajuste também.
Algumas associações de empresas de ônibus, cujas tarifas ainda não tiveram aumento, já fazem novos cálculos para pedirem os reajustes ao poder público.
É o caso da RTI – Associação Rio-grandense de Transporte Intermunicipal. A entidade representa as companhias que fazem viagens de médio e longo percurso em ônibus de características rodoviárias.
A RTI solicitou ante do aumento diesel, reajuste nas passagens a Agergs – Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul, que estudava índices entre 5% e 6%. Mas os empresários agora revisam os cálculos e devem pedir 7% de aumento nas passagens. A Agência deve dar uma resposta em até 10 dias.
Em outras cidades, onde não houve aumento de tarifas, como as que formam o ABC Paulista , também deve ter alteração no pedido dos empresários. Na região, as tarifas podem chegar a R$ 3,25, nos serviços municipais. O aumento deve ocorrer depois das eleições municipais ou no ano que vem. Hoje, em boa parte das cidades, a passagem custa R$ 2,90. O índice, de 12,6%, é considerado alto, mesmo com o aumento dos custos de diesel, mão de obra, pneus, compra de ônibus e depreciação nos valores dos veículos.
Nas cidades onde o reajuste da tarifa já ocorreu, este aumento deve ser repassado em 2013.
Blog Ponto de Ônibus

sexta-feira, 13 de julho de 2012

MDT participou de audiência que presidente da República concedeu a Movimentos Nacionais Populares de Moradia

Em 14 de junho de 2012, a presidente da República, Dilma Rousseff, concedeu audiência aos Movimentos Nacionais Populares de Moradia. Responsável pelo Escritório da ANTP em Brasília, o coordenador nacional do MDT, Nazareno Affonso, foi um dos quatro representantes do Fórum Nacional da Reforma Urbana nesse encontro.

O coordenador nacional do MDT, Nazareno Affonso, representando a ANTP, foi um dos quatro representantes do Fórum Nacional da Reforma Urbana na audiência que a presidente da República, Dilma Rousseff, concedeu em 14 de junho de 2012 aos Movimentos Nacionais Populares de Moradia.


Na ocasião, a presidente destacou que os transportes públicos são essenciais para o desenvolvimento das cidades e criticou o pouco interesse na Rio+20 sobre o tema urbano. “A presidente disse estar de acordo com as críticas do Fórum Nacional de Reforma Urbana ao fato de o documento inicial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, o Esboço Zero, praticamente não fazer referência à questão urbana como parte indissociável do desenvolvimento sustentável”.
A presidente disse também que a cidade de São Paulo está se tornando inviável devido a mobilidade urbana, e que é necessário que os movimentos sociais incorporem esse tema em suas agendas, e que reivindiquem sistemas estruturais de transporte como o metrô e que ele não pode ser mais visto como solução para os setores de maior renda.

Não obstante estas colocações da presidente, é preciso observar que o governo federal pratica uma política expressa de incentivo à venda de automóveis, o que contribui para a crise de mobilidade não apenas em São Paulo mas em quase todas as grandes e médias cidades do País.
Além disso, o governo paulista previu em seu Programa Plurianual (PPA) para 2015 um total de R$ 45 bilhões para implantação e recondicionamento de sistemas estruturais de transporte – em especial, sobre trilhos, mas também corredores de ônibus –, formando, com o próprio governo federal e o Estado do Rio de Janeiro, o conjunto de entes públicos que mais tem buscado investir em mobilidade nas metrópoles brasileiras.
Boletim Informativo Movimentando - MDT

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Está em consulta pública, eletrônica e presencial, o Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para a Mitigação da Mudança do Clima



O Ministério das Cidades comunica que até 15 de agosto de 2012 se desenrolará o processo de consulta pública eletrônica do Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para a Mitigação da Mudança do Clima – PSTM.  

Planos Setoriais.

 Em seu comunicado, o Ministério das Cidades explica que a Lei nº 12.187/2009 instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), definindo seus princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos. Visando à consolidação de uma economia de baixo consumo de carbono, essa lei prevê a elaboração de Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima, dentre eles o Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana.  

Consulta pública via Internet

O processo de consulta pública eletrônica ocorrerá via internet pelo sítio eletrônico do Ministério do Meio Ambiente, especificamente pelo endereço www.mma.gov.br/consultasclima, mediante preenchimento de formulário eletrônico apropriado. No sítio eletrônico do Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br) também será possível ter acesso a esse mesmo formulário, por meio de link de redirecionamento.

CONSULTAS PÚBLICAS PRESENCIAIS

Haverá ainda a modalidade de consulta pública presencial, de acordo com o seguinte calendário: Rio de Janeiro (realizada em 6 de julho), Curitiba (12 de julho), Recife (18 de julho), Cuiabá (25 de julho), Manaus (2 de agosto), e Brasília (9 de agosto). Acione o link ao final desta notícia para outras informações.


Semanal ANTP nº 315


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Em Londres, ministro das cidades destaca gestão do transporte

 


O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, elogiou o transporte público da capital britânica. Foto: Vagner Magalhães/Terra O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, elogiou o transporte público da capital britânica
Foto: Vagner Magalhães/Terra


Terra 
O ministro das cidades, Aguinaldo Ribeiro, encerrou nesta quarta-feira um roteiro de visitas à cidade de Londres, sede dos Jogos Olímpicos de 2012. Na pauta, encontro com autoridades inglesas para a discussão de mobilidade urbana, habitação e saneamento básico. Os encontros também trataram de novas tecnologias de combustíveis e eficiência energética.

De acordo com ele, o que mais impressionou durante a visita foi o sistema de transporte londrino, com a interligação entre trens de superfície, metrô e linhas de ônibus. "A Inglaterra está em um momento bem diferente do Brasil. Esses investimentos foram feito ainda no pós-guerra, no final dos anos 40. Foi bastante interessante conhecer como é feita a gestão do transporte e um pouco disso pode ser levado ao Brasil", disse.
O ministro afirmou ter convidado as autoridades inglesas para conhecer o País e acompanhar os trabalhos que estão sendo feitos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016, que serão disputados no Rio de Janeiro.
De acordo com ele, uma das experiências mais bem sucedidas do Brasil em comparação com o que foi apresentado a ele pelos ingleses está no uso de energia limpa. "Aqui, eles estão investindo no uso de uma frota de ônibus híbrida, com a utilização da eletricidade e a redução na emissão de gases. Isso, acredito, possa ser utilizado de forma rápida no Brasil", afirmou.
Ribeiro deverá voltar a Londres, ainda este mês, durante a visita da presidente da República Dilma Rousseff, que estará na Inglaterra no período de abertura dos Jogos.
O ministro disse também que a alternativa menos poluente de mobilidade, com a implantação de pistas rápidas exclusivas para bicicletas é algo que pode ser levado ao Brasil. A Inglaterra pretende aumentar em 400% o uso da bicicleta na cidade de Londres até 2015. Somente com a construção de infraestrutura adequada para os Jogos Olímpicos, o uso da bicicleta aumentou cerca de 70% na cidade.
A secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, que também participou dos encontros, disse que entre o que viu em Londres e que pode ser utilizado no Brasil são os bairros planejados, dentro do projeto Minha Casa, Minha Vida.
"O que não podemos repetir é a construção de cidades dormitórios. Já estamos implantando no Brasil, um conceito de bairros, em que os equipamentos urbanos sejam construído ao mesmo tempo que as residências, para que se evitem grandes deslocamentos todas as vezes que se precisa utilizar um deles", disse ela.
Segundo ela, as construções precisam dialogar com o planejamento, o que, no Brasil, nem sempre foi assim. "Também observamos algumas soluções no uso de materiais, principalmente no que diz respeito às novas tecnologias. Vamos conversar sobre o uso de algumas novas tecnologias, que estão em desenvolvimento", disse.
Nesta terça-feira, o ministro se encontrou com técnicos do Ministério de Comunidades e Governos Locais. Também esteve na Aecom, empresa britânica que venceu a concorrência pública para desenvolver o Plano Diretor do Parque Olímpico de Londres e do Rio de Janeiro.
"Pudemos conhecer projetos de revitalização urbana (East London), acessibilidade e mobilidade urbana, além de habitação social e resíduos. Temos de trabalhar forte para também deixar um legado ao Brasil", afirmou.
No fim do dia, o ministro foi recebido para um coquetel na casa do embaixador brasileiro Roberto Jaguaribe, nas imediações do Hyde Park.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ministro Aguinaldo Ribeiro vai reestrutura licitações na sua pasta

Há algum tempo, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, anunciou que sua pasta passará a exigir que todas as obras de mobilidade urbana sob sua responsabilidade sejam licitadas somente depois de concluídos os projetos executivos de engenharia. O objetivo é evitar que, depois de assinado o contrato com base no projeto básico, a empresa contratada alegue necessidades não previstas para exigir aditamentos, justificar atrasos ou a simples paralisação do trabalho. É o caso de perguntar: ao contratar uma obra, o governo não deveria saber exatamente o que será feito? Deveria, mas, na grande maioria dos casos, não sabe.


Aguinaldo Ribeiro, deputado federal pelo PP da Paraíba, assumiu o cargo em fevereiro, em substituição a Mario Negromonte. Muitas obras de responsabilidade do Ministério, especialmente as ligadas à Copa de 2014, estão atrasadas. Além dessas, há obras na área de mobilidade urbana para 22 cidades, anunciadas em abril pela presidente Dilma Rousseff. É para a contratação dessas obras que o Ministério exigirá a apresentação do projeto executivo. A mesma exigência passará a ser feita por outros órgãos e empresas do governo, entre as quais a Valec, estatal responsável por grandes projetos no setor ferroviário.

A regra tem sido a contratação a partir do projeto básico, que não contém o detalhamento da obra, como, no caso de uma rodovia, o traçado exato, as pontes, viadutos e alças ao longo do traçado, as especificações técnicas e o tipo de material a ser utilizado, as necessidades e os custos da mão de obra e serviços complementares, entre outros itens.

Como, geralmente, o critério de escolha do vencedor da licitação é o menor preço, a empresa comprime sua oferta para derrotar os concorrentes e, assinado o contrato, começa a pedir correções de preços. Pode alegar, por exemplo, inadequação do projeto básico em relação às exigências da obra, tanto em termos de tipo de material como de quantidade. Em caso de paralisação das obras por greves dos trabalhadores, pode argumentar igualmente que os valores básicos da licitação não atendem às necessidades do mercado de trabalho.

Obras contratadas de acordo com essas regras têm sido embargadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por terem sido reajustadas de maneira irregular ou por não atenderem aos requisitos da licitação. Em seus relatórios sobre as contas da União, o TCU tem apontado frequentemente as dificuldades técnicas do governo para administrar "grandes obras de engenharia e projetos complexos" - um problema típico dos governos do PT - e, nas obras de infraestrutura, especialmente as incluídas no PAC, a baixa qualidade dos projetos básicos.

Projeto malfeito provoca revisões durante as obras "e, por conseguinte, afeta seu cronograma e custo", diz o TCU na avaliação da prestação de contas de 2011 do governo Dilma.

Esses problemas são particularmente notáveis nas obras de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mais frequentemente apontadas como irregulares pelo TCU. Mas são observados também em outras obras, como as de transposição do Rio São Francisco, muitas paradas porque há necessidade de se rever, ou simplesmente elaborar, os projetos executivos.

Acelerar a contratação de obras não significa realizá-las mais rapidamente - em muitos casos, significa o contrário. Por isso, nada justifica a pressão do governo para que seja estendido às obras do PAC o regime diferenciado de contratação que pode ser utilizado nas obras da Copa do Mundo e da Olimpíada. Isso só facilitaria a vida de um governo que administra mal seus projetos e programas, sem nenhuma garantia de benefícios à população.



O Estado de S.Paulo- 02 de julho de 2012.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bicicleta e caminhada em Londres

Enfrentando problemas com os motoristas de ônibus de Londres, que deflagraram uma greve a poucas semanas da Olimpíada e ainda acenam com outra durante os Jogos, o Comitê Organizador de Londres-2012 (Locog) já tem o que seria um 'plano B' para uma possível paralisação rodoviária. Com o 'Programa de Viagem Ativa', os organizadores esperam incentivar o uso de bicicletas e até mesmo a caminhada até as arenas de competição.

O programa disponibiliza bicicletas, mapas, caminhadas guiadas, tudo para facilitar a vida de quem for chegar aos locais de competição a pé ou de bicicleta. No total, haverá 18.800 vagas para estacionar bicicletas em todas as arenas da Olimpíada, além de um serviço de manutenção gratuito. A expectativa dos organizadores é que cerca de 300 mil pessoas utilizem os serviços do programa.
– A questão não é apenas disponibilizar uma alternativa ao sistema público de transporte para as pessoas que virão aos Jogos, mas inspirar os ingleses a serem menos sedentários. O objetivo a longo prazo é mudar a cabeça das pessoas, mostrá-las que essa é uma escolha simples e uma ótima alternativa para se locomover na cidade – disse David Stubbs, diretor da área de sustentabilidade do Locog.
O POVOonline

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Construindo uma Política de Mobilidade Urbana*

Portal Vermelho 

Getulio Vargas Junior - Diretor da Conan -discute no Vermelho a Lei da Mobilidade que foi sancionada em janeiro e que institui da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Sancionada em janeiro a lei entrou em vigor em abril e consolida avanços fundamentais que pretende tornar o transito e mobilidade nas cidades mais democráticos, avançando em práticas e conceitos que priorizem as pessoas e o meio ambiente.

Esta é a quarta lei setorial das políticas urbanas, que vem se somar ao Estatuto da Cidade, lei 10.257, ao Fundo e Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, lei 11.124, e o ao Marco Regulatório do Saneamento, lei 11.445. Aprovada com poucos vetos, esta lei é a síntese de um debate de praticamente 25 anos e que estava sendo articulada desde a criação do Conselho Nacional das Cidades.

A Lei da Mobilidade prioriza o transporte público coletivo e os meios não motorizados de transporte, como a bicicleta, integrando-a com os modos de transporte coletivo. A integração dos múltiplos modais, O objetivo é integrar os diferentes modos de transportes e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas.

As questões ambientais também estão entre as prioridades da Lei, que pretende estabelecer diretrizes para a redução da emissão de poluentes incentivando a valorização das formas não-motorizadas de transporte e o incentivo de criação de vias para pedestres nas cidades brasileiras.

Sobre a Política a lei afirma: “A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana. O Sistema Nacional de Mobilidade Urbana é o conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do Município.”

Entre as principais diretrizes da Política Nacional da Mobilidade Urbana esta a integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo no âmbito dos entes federativos; a prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; a mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade; e a integração entre os modos e serviços de transporte urbano.

Entre os objetivos da lei destaco: a) redução das desigualdades e promoção da inclusão social; b) promover acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais e c) proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à acessibilidade e à mobilidade;

Talvez uma das principais mudanças estabelecidas pela lei é a obrigatoriedade da elaboração do Plano de transportes e trânsito para as cidades com mais de 20 mil habitantes. Antes era previsto pelo Estatuto das Cidades que apenas cidades acima de 60 mil habitantes elaborassem este Plano, com a criação da lei. Isto em um prazo de 3 anos. Como forma de induzir a construção deste Plano de Mobilidade somente as cidades que elaborarem terão acesso aos recursos federais para as políticas de mobilidade.

Mas a elaboração do plano em si não basta ele deve ser elaborado de forma democrática e participativa, integrado com os outros planos setoriais entre os quais o Plano Diretor.

Este conjunto de medidas, aliadas a outras são fundamentais para que se construa uma nova consciência nas cidades. O transporte coletivo tem que ser atrativo. Uma cidade que não consiga ter no transporte coletivo uma boa alternativa não conseguirá construir uma nova mentalidade. Ao mesmo tempo que temos tantos incentivos para aquisição de mais veículos, como superar os gargalos de nossas cidades? Somente muito debate e participação poderão apontar caminhos para nossas cidades.

Lembrando que medidas importantes. Temos desafios grandes, a integração entre modais, a construção de bicicletários e estacionamentos públicos, além da qualificação do transporte coletivo, ônibus e lotações em especial, os tornando atrativos.

A médio e longo prazo as grandes cidades devem se planejar para a retomada do transporte metroviário, visto os grandes investimentos que estão sendo retomados no financiamento da infraestrutura urbana.

A curto prazo medidas como a proibição de estacionamento em vias que passa o transporte coletivo, aumento de linhas, redimensionamentos dos veículos que circulam no centro das cidades, pontos de conexão. Enfim são muitos debates importantes que nossas cidades devem fazer neste próximo período, fruto da aprovação desta importante lei.

* Getulio Vargas Junior - Diretor da CONAM – Confederação Nacional das Associações de Moradores e Membro do Conselho Nacional das Cidades e da sua Câmara Técnica de Mobilidade Urbana.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Em 5 de julho, o coordenador do MDT participará de seminário na capital baiana sobre barreiras e oportunidades do metrô em Salvador.


Em 5 de julho de 2012, às 19 horas, na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Cláudio de Senna Frederico, presidente da Comissão de Ônibus e integrante do Conselho Diretor ANTP, será o palestrante do seminário Planejamento, Implantação e Operação do Transporte Metroviário, promovido pelo Sindicato dos Engenheiros da Bahia (Senge-BA).  

Debatedores

Participarão do encontro como debatedores Nazareno Affonso, que responde pelo Escritório da ANTP em Brasília e é coordenador do Movimento Nacional pelo Transporte Público e de Qualidade para Todos (MDT); José Geraldo Baião, presidente da Associação de Engenheiro e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), e o ex-presidente e membro do Conselho Consultivo dessa entidade, Emiliano Affonso.  

Motivação

O presidente do Sindicato dos Engenheiros da Bahia, Ubiratan Félix, assinala que, neste momento de início de vigência da Lei Nacional de Mobilidade Urbana, o metrô de Salvador tem a sua primeira linha ainda em fase de implantação do trecho inicial e a segunda linha com inicio de obras previsto para 2013. “Embora exista muita discussão sobre o assunto, há pouco esclarecimento qualificado sobre a realidade da implantação do transporte metroviário na cidade. O seminário propõe mostrar a experiência de implantação e operação de metrô desde sua fase pré-operacional, identificando as barreiras e oportunidades em que o poder público deve focar sua atenção", disse o dirigente sindical, acrescentando que o evento levará a experiência do metrô de São Paulo, cidade na qual se encontra o maior número de linhas em operação e que tem um amplo plano de expansão de sua rede até 2015.  

Inscrições gratuitas

As inscrições pra o seminário devem ser feitas via portal do Sindicato dos Engenheiros da Bahia (www.sengeba.org.br). Não haverá cobrança de ingresso; será solicitada apenas a doação opcional de 2 kg de alimentos não perecíveis, a serem entregues para a campanha da União dos Municípios da Bahia (UPB) para minimizar os efeitos da seca.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

I WORKSHOP MOTOFRETE DÉCADA MUNDIAL DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO

A CET-Santos vai realizar amanhã o evento I WORKSHOP MOTOFRETE com o
objetivo de mobilizar a categoria profissional, tomadores de serviços de motofrete
e demais interessados acerca da vigência da Resolução 356/2010, que estabelece
requisitos mínimos de segurança para o serviço de motofrete a partir de 04/08/2012.


Local: Av. Ana Costa, 25
Vila Mathias
Santos/São Paulo

DIA 03 DE JULHO DE 2012 (3ª feira)
9 HORAS
Sindicato do Comércio

PROGRAMAÇÃO
9h00
Recepção com Welcome Coffee
9h30
Abertura
10h00
REGULAMENTAÇÃO DO SERVIÇO DE MOTOFRETE
Rogerio Crantschaninov
Diretor-presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos e do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Transportes e Trânsito
10h30
ACIDENTES COM MOTOCICLISTAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
João Rafael Alvarez Lopez
Médico Coordenador de Acesso do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência/SAMU Santos
11h00
O PAPEL DA FISCALIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR NO COMPORTAMENTO DOS MOTOCICLISTAS
Gustavo Pereira Lima Magnani
Capitão PM Comandante da 2ª Cia do 6º BPM/I