terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

DOCUMENTO DE CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA À CONFERÊNCIA RIO+20

Foi elaborado um  documento a partir dos trabalhos da
Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, com base em extensas consultas à sociedade e a órgãos do Governo.

Este documento constitui a contribuição do Brasil para o processo preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), apresentando as visões e propostas iniciais do Brasil sobre os temas e objetivos da Conferência.

O documento no item Transportes diz o seguinte:

É fundamental que o desenvolvimento sustentável também englobe medidas e políticas
para fortalecer a sustentabilidade dos sistemas de transportes. Nos transportes urbanos, a
sustentabilidade está ligada ao estabelecimento de sistemas eficientes de transporte público, como
corredores rápidos de ônibus (BRT, na sigla em inglês para Bus Rapid Transit) metrôs, trens,
veículos leves sobre trilhos e rodas e outros de baixa emissão, que substituam em grande parte o
veículo individual. Essas alternativas poderiam diminuir os congestionamentos, reduzir a poluição
do ar, os custos dos deslocamentos e os acidentes, tendo impacto direto sobre os gastos públicos
com saúde e beneficiando sobretudo a população de renda mais baixa.
No transporte de cargas, devem ser feitos investimentos na diversificação da matriz de
transporte, de forma sustentável, notadamente por meio da ampliação e fortalecimento de ferrovias
e do transporte aquaviário de cabotagem e navegação interior, bem da como construção ou
recuperação da infraestrutura rodoviária existente. A eficiência econômica e ambiental do transporte
depende, necessariamente, do reequilíbrio da matriz de transporte, com a maior participação de
modais mais limpos e da integração e combinação eficiente dos diversos modais.
Os biocombustíveis representam alternativa importante para o setor de transportes, tanto
no que se refere ao transporte rodoviário, com o etanol e o biodiesel, quanto no transporte aéreo,
uma vez que os biocombustíveis de aviação já se encontram em desenvolvimento.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT