quarta-feira, 10 de abril de 2013

Greenpeace quer mais corredores de ônibus

Cada vez mais a sociedade tem se conscientizado de que os investimentos em transportes públicos trazem benefícios para a mobilidade das pessoas, mas também para outros setores, como o econômico, social e para a preservação do meio ambiente.
E diversos movimentos em todo o mundo, inclusive no Brasil, reconhecem a importância dos corredores de ônibus para que as cidades tenham o espaço ocupado de forma democrática e com o menor impacto ambiental possível.
O Greenpeace Brasil colocou em diversos pontos da cidade de São Paulo faixas e cartazes cobrando das autoridades mais agilidade na priorização dos ônibus no espaço urbano.
Um ônibus consegue substituir em média 45 carros de passeio, o que significa menos congestionamento e poluição. Mas as pessoas que hoje usam carros só vão migrar para o transporte público se ele oferecer conforto e rapidez, o que é possível por meio de corredores bem elaborados.
No viaduto Guadalajara, sobre a Radial Leste, uma das vias de maior movimento da cidade de São Paulo, a ONG colocou uma faixa de 10 metros coma frase “Cadê o Corredor de Ônibus que poderia estar aqui?”
O Greenpeace também cobra outros corredores, como o da Vila Sônia, além de mais ciclovias, calçadas que ofereçam acessibilidade e melhoria nas travessias para pedestres.
Nesta terça-feira, dia 09 de abril, o secretário municipal de transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, apresentou um plano de corredores de ônibus para a cidade, que totalizam 147 quilômetros, muitos dos quais do estilo BRT, com possibilidade de pagamento da passagem nas estações para agilizar as operações de embarque e desembarque, estações com o piso no mesmo nível do assoalho dos ônibus, oferecendo acessibilidade, e pontos de ultrapassagem para evitar filas de ônibus nos pontos e aumentar a velocidade média dos transportes públicos sobre pneus.
A entidade mundial, com representação no Brasil, realiza a campanha “Cadê o Plano de Mobilidade” em nível nacional.
O objetivo é alertar a população para participar cobrando das autoridades o cumprimento da lei federal 12.587, de janeiro de 2012, que determina que até 2015 as cidades com mais de 20 mil habitantes tenham um Plano de Mobilidade que priorize o pedestre, o ciclista e os transportes coletivos.
De acordo com levantamento do Greenpeace Brasil apenas sete capitas apresentaram planos até agora: Rio Branco, Porto Velho, Salvador, Belo Horizonte, Vitória e Rio de Janeiro. A maior parte inclui o ônibus como solução de transportes.
Contanto com especialistas em cidades e meio ambiente e com milhares de ativistas em todo o mundo, o Greenpeace sabe do papel do transporte público para cidades mais sustentáveis e da importância do ônibus neste processo.


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