segunda-feira, 31 de outubro de 2011

18º Congresso da ANTP no Diário do Grande ABC


Cristina Baddini - colunista do DGABC
 

Diário do Grande ABC

De olho no trânsito

Cristina Baddini 
O modelo de cidades espraiadas se esgotou. Modelo este que considera a ‘sagrada aliança' entre a indústria automobilística e a de construção civil onde, para morar, torna-se imprescindível a posse de carros (no plural, um carro não resolve a mobilidade familiar), que sejam confortáveis, velozes e capazes de vencer estas longas distâncias em pouco tempo. Mitificado como símbolo inconteste da liberdade individual - condição hoje dividida com as motos, razoavelmente acessíveis aos extratos mais jovens e pobres da população - o automóvel irrompe o século 21 como um dos agentes efetivos da ineficiência das metrópoles e médias cidades, promovendo custos ambientais de alta monta e aumentando tempo perdido. No dia a dia das cidades congestionadas, apenas lentamente uma parcela da população começa a se dar conta de que, com o carro individual, perde-se muito mais tempo do que com o transporte público para cumprir seus trajetos rotineiros, pagando mais por isso.
Fonte da queima cotidiana e ineficiente de incontáveis toneladas de carbono, o crescente contingente de automóveis particulares cruza nossas cidades sem que seus fabricantes, revendedores e proprietários sejam sequer indagados a respeito do impacto ambiental que causam. A questão é perguntar por que o conjunto dos automóveis fica livre de algo análogo ao Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental - procedimentos justamente obrigatórios para uma série de atividades urbanas, incluindo a implantação de linhas de metrô e de corredores de ônibus.
Neste momento os desafios urbanos na questão da mobilidade são muitos e o evento da Copa 2014 e os investimentos que virão com o PAC da Mobilidade nos colocam uma perspectiva de melhoria na qualidade de vida das cidades. A priorização do transporte público nas cidades é ponto pacífico nesta discussão e um sistema com qualidade para o usuário, reduzindo tempo de viagem e garantindo confiabilidade e pontualidade nos serviços prestados é fundamental.
Com o objetivo principal de promover a troca de experiências entre cidades para a solução de problemas dentro dos preceitos da mobilidade urbana, nos dias 19 e 21, aconteceu no Rio de Janeiro, o 18° Congresso da Associação Nacional de Transportes Públicos.
O congresso trouxe profissionais especializados que discutiram assuntos como a acessibilidade de pedestres e ciclovias, as estratégias e planejamento para soluções em mobilidade urbana e o futuro das tecnologias modais, além dos desafios para a Década de Redução de Acidentes e a mobilidade urbana na agenda ambiental - a Conferência ONU Rio+20.
O evento serviu como uma plataforma de comunicação sobre a integração tarifária e inclusão social e outra conferência tratou do tema das tecnologias aplicadas na gestão das cidades, tendo como foco o Centro de Operações Rio. Também se discutiu mobilidade urbana para a Copa e 2014, em uma oficina internacional específica; o monotrilho como meio de transporte nos grandes centros urbanos, mobilidade para cidades sustentáveis.
Foi uma boa oportunidade de debate e promoção de informações que resultarão em soluções sustentáveis e eficientes entre sociedade, mobilidade e tecnologia. Com a participação de mais de 2.000 congressistas, público este de extrema qualificação. O congresso proporcionou um encontro entre os maiores representantes e interessados no assunto, com posicionamento frente a um mercado discutido mundialmente em busca de novas opções e soluções inteligentes que demandam um amplo planejamento.
Enfim, o congresso também defendeu medidas para que o automóvel seja adequadamente taxado por sua ineficiência energética, pelo impacto ambiental, pelos acidentes que causa, sugerindo que os recursos daí advindos sejam empregados diretamente na melhoria dos sistemas de transporte coletivo para toda a sociedade.
Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

sábado, 29 de outubro de 2011

Brasil tem 40 mil mortos no trânsito em apenas um ano


ALENCAR IZIDORO
Folha de São Paulo
 No ano passado, os acidentes de trânsito em estradas, ruas e avenidas deixaram 40.610 mortos no Brasil.
Trata-se do maior número registrado pelo Ministério da Saúde em ao menos 15 anos.
Pelas estatísticas recém-compiladas pelo governo federal, 111 pessoas morreram por dia em acidentes em 2010, 8% mais que no ano anterior.
Em dois dias, é suficiente para superar a quantidade de vítimas da queda do Airbus da TAM em 2007, maior tragédia da aviação brasileira.
As internações hospitalares de vítimas do trânsito também subiram -15%-, beirando 146 mil no ano.
A escalada de mortes havia sido interrompida em 2009, primeiro ano completo após a Lei Seca, quando houve queda inédita na década.
No ano seguinte, a quantidade superou patamares anteriores. "Há uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito", diz Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
A pasta atribui a elevação principalmente ao aumento -de 12%, em 2010- da frota de motos. Pelo segundo ano, as mortes de motociclistas superaram inclusive as de pedestres, sendo líder entre todos os tipos de vítimas cujos detalhes são conhecidos.
O ministério também diz que, ao longo dos anos, houve "melhoria estatística" -de casos que antes eram subnotificados. Porém, diz Padilha, só isso não justificaria as 3.016 mortes a mais de 2010 em relação ao ano anterior.

RESPONSABILIDADES
O balanço do ministério foi apresentado no Rio, no 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, realizado pela Associação Nacional de Transportes Públicos.
Técnicos incluem, entre as explicações para a alta do número de vítimas, um provável relaxamento da Lei Seca.
O ministro reconhece que "há evidências de que é preciso intensificar" esse controle, porque a embriaguez é uma das principais causas de acidentes. Mas ele alega ser uma atribuição dos Estados. Especialistas também elencam ações sob responsabilidade do governo federal.
Em 2009, por exemplo, uma lei sancionada pelo presidente Lula regulamentou a profissão de mototaxista.
A medida foi criticada por boa parte dos técnicos, pela avaliação de que estimularia a difusão desse transporte.
O governo também é criticado por incentivos à produção e venda de motos e pelo congelamento da arrecadação com multas de trânsito (que deveria ser investida em prevenção de acidentes).

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT
Arte: Nazareno Affonso

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Metrô e ônibus

Jurandir Fernandes - Secretario de Transportes Metropolitanos de São Paulo
O Estado de S.Paulo


Com muito realismo e em termos claros, o secretário estadual de Transporte Metropolitanos, Jurandir Fernandes, chamou a atenção para um ponto fundamental do problema do transporte coletivo da Grande São Paulo, com destaque para a capital: não se pode apostar apenas no metrô, porque a solução depende também da melhoria do serviço de ônibus, que cabe aos municípios. A ênfase excessiva no metrô - ele poderia ter acrescentado - tem sido na prática uma forma de os prefeitos da região fugirem de, pelo menos, uma parcela da responsabilidade que lhes cabe nesse caso.


É conhecido o esforço das últimas administrações estaduais para ampliar a rede do metrô. Mas esta é uma obra que, além de cara, demanda tempo. Não é de admirar, portanto, que, embora o governo do Estado esteja fazendo o maior investimento na extensão da rede em apenas um ano - R$ 4,9 bilhões -, o secretário reconheça que a conclusão de um importante conjunto de 11 obras, em meados do próximo ano, não trará uma melhora significativa para o transporte coletivo e o trânsito na capital. A superlotação do metrô em várias linhas deve continuar mesmo com essa expansão.


O problema é que os vários meios de transporte coletivo devem funcionar de forma integrada. Por mais importante que seja o transporte por trilhos - do metrô e da CPTM -, apenas a sua expansão, feita pelo governo do Estado, não resolve. Ela deveria ser coordenada com a melhoria do serviço de ônibus, para que ele mantivesse seus usuários. Como isso não ocorreu, eles estão migrando para o metrô. "Estamos tirando passageiros dos ônibus. Por quê? Em nossa opinião, é por tempo e por dinheiro. A viagem de metrô é mais rápida e custa R$ 3,20 por dia a menos", afirma Fernandes em entrevista ao Estado.


Imaginava-se, acrescenta ele, que o metrô ganharia passageiros que usam carro: "Você tiraria gente dos carros e daria até mais fluidez aos ônibus. Mas o carro continua ali". Como o serviço de ônibus continuou ruim, isso teve um triplo efeito negativo para o sistema de transporte coletivo: a absorção de parte de seus passageiros superlota as novas linhas do metrô que, assim, não conseguem atrair quem se locomove de carro. E o número cada vez maior de carros nas ruas piora o trânsito e, por isso, também colabora para a lentidão dos ônibus.


A solução, segundo Fernandes, é uma conjugação de esforços do governo estadual e dos municípios da Grande São Paulo. "De que adianta uma bela rede metroferroviária, se você não tem uma capilaridade funcionando bem? Não adianta fazermos só metrô. Ele nunca vai passar na esquina de casa. É preciso uma complementação. Não basta um prefeito pedir metrô para a cidade dele. Não basta dizer que está ajudando o metrô. Precisa fazer a parte dele."


A parte das prefeituras, a começar pela da capital, é a reforma e melhoria do péssimo serviço de ônibus que oferecem à população, um problema do qual elas vêm fugindo há muito tempo, ao longo de várias administrações. Uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo, em parceria com a Câmara Municipal e apoio da rádio Estadão ESPN, cujos resultados acabam de ser divulgados, mostra que na área de transporte a melhoria dos ônibus foi apontada como prioridade por 77,4% dos paulistanos. A participação da Prefeitura nos investimentos para a ampliação da rede do metrô vem em quinto lugar (47,94%).


O recado dos paulistanos é claro. Eles sabem muito bem que, como a implantação de uma rede de metrô à altura de suas necessidades demanda tempo, a curto prazo dependem em grande parte do serviço de ônibus, cuja má qualidade é notória - lento, sem pontualidade e desconfortável. Disso sabem também, é claro, as autoridades municipais, e há muito tempo. A única explicação razoável para isso nunca ter sido feito é a falta de coragem para contrariar os interesses das empresas que dominam o setor - altamente subsidiado - e não parecem nem um pouco descontentes com a situação.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A cidade de São Paulo terá trólebus autônomo



Veículo vai poder recarregar a energia nas paradas ou em pontos específicos. Prefeitura deve contratar empresa para substituir 325 quilômetros de fios




ADAMO BAZANI – CBN

Além de mais modelos semelhantes ao novo trólebus apresentado nesta segunda-feira, dia 24 de outubro de 2011, a cidade de São Paulo deve ter outros tipos de ônibus elétricos que prometem mostrar que este tipo de transporte não é ultrapassado. Pelo contrário, ele se modernizou e hoje oferece soluções que ampliam suas vantagens, como não emitir nenhum poluente na atmosfera em sua operação, produzir pouco ruído e ser mais confortável para os passageiros.

A cidade deve ter em breve um tipo de trolebus, chamado Auto Trolley, que pode funcionar de forma independente da rede aérea.

O veículo terá baterias armazenadoras de energia elétrica. Entre uma parada e outra, os ônibus usam a energia guardada e, quando param nos pontos, se conectam a uma fonte de alimentação que abastece essas baterias.

Com isso, os trólebus podem ser mais flexíveis principalmente em trechos que, por conta de irregularidades no pavimento e falta de corredores exclusivos, há constantes quedas de pantógrafos (as alavancas que ligam o ônibus a rede elétrica aérea).

Os estudos para este tipo de trólebus já estão bem desenvolvidos para serem aplicados em São Paulo.

O modelo para circular em São Paulo foi desenvolvido pela Illuminatti, empresa de tecnologia para tração elétrica e veículos não poluidores.


O veículo também vai contar com equipamentos de acessibilidade, como piso baixo, portas mais largas e espaço para cadeira de rodas e cão guia, e tecnologia de corrente alternada, que acaba resultando em melhor aproveitamento da energia elétrica, melhor desempenho do veículo e menos custos de aquisição de veículo e manutenção elétrica e mecânica.


Cristina Baddini Lucas - Asessora do MDT


terça-feira, 25 de outubro de 2011

RJ é líder em mobilidade e SP é última, mas o destaque é a falta de dados

São Paulo tem a pior nota em mobilidade urbana

Rede Brasil Atual

Um estudo realizado pelo Mobilize Brasil, entidade que estuda a mobilidade urbana no país, mediu as condições de deslocamento em nove capitais. O resultado mostrou que São Paulo tem as piores notas em relação à mobilidade, enquanto o Rio de Janeiro ficou na liderança.




Os quesitos analisados na pesquisa foram acessibilidade dos ônibus, mortes no trânsito, estrutura cicloviária, custo do ônibus no orçamento médio da população e proporção de viagens motorizadas. O Mobilize buscou dados em mais quatro capitais. A dificuldade de obter dados em Goiânia, Recife, Fortaleza e Manaus diminuiu a lista. Mesmo nas cidades que informaram seus indicadores, o processo não foi fácil. Os dados ficam dispersos em diversos órgãos, que dificilmente estão dispostos a compartilhá-los. Além disso, não é possível garatir a confiabilidade dos dados.



Outra dificuldade foi a obtenção de informações sobre sustentabilidade no transporte. As cidades não sabem os poluentes que sua frota emite na atmosfera.



Resultados

O Rio de janeiro se destacou principalmente na pequena proporção de viagens de carro no total de deslocamentos na cidade: apenas 13% delas é feita com carro. Outro quesito importante no Rio é a alta proporção de ônibus acessíveis, 60% da frota, e pela extensão de suas ciclovias. Curitiba vem logo depois do Rio, com bons indicadores em acessibilidade dos ônibus, mortes no trânsito e estrutura cicloviária. Apesar de ser conhecida pelo sistema de ônibus, a capital paranaense perde pontos no quesito viagens motorizadas: 27% dos deslocamentos são feitos em veículos motorizados.



Na rabeira da lista, estão Cuiabá e São Paulo. A capital paulista mostrou indicadores ruins em todos os elementos analisados. Os piores são estrutura cicloviária e proporção de viagens motorizadas. Em Cuiabá, o custo da tarifa é o que mais pesa para o mau desempenho. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui.



Para comentar os resultados da pesquisa, foi ouvido o consultor editorial do estudo, Thiago Guimarães, jornalista e especialista em mobilidade urbana.



Perguntas: A pesquisa teve que ficar restrita a menos cidades e usar menos dados do que o previsto inicialmente. A falta de dados sobre as cidades brasileiras atrapalhou o objetivo do trabalho de vocês? Os indicadores que faltaram poderiam mostrar um resultado diferente?



Thiago Guimarães: Ao mesmo tempo que afetou a abrangência do índice, a dificuldade de obter dados importantes junto às administrações municipais foi em si um resultado importante do estudo: os municípios brasileiros frequentemente não dispõem de informações elementares para o planejamento urbano e de transportes sob a égide da sustentabilidade. É claro que o estudo ganharia ao incorporar mais informações e mais cidades, mas, pessoalmente, esse resultado não me surpreendeu. Antes, como jornalista e como pesquisador, já havia tentado levantar informações básicas, que deveriam ser acessíveis a todo cidadão e que, no entanto, são indisponíveis ou tratadas quase como segredo de Estado. Ambos os problemas são gravíssimos. A inexistência ou a falta de transparência de dados fundamentais dificultam, impedem um envolvimento cidadão nesses assuntos. Como se pode observar, nenhum indicador que destaca sobre os impactos ambientais dos transportes foi incluído. Na segunda década do século XXI, ruídos, emissão de poluentes, produção de gases doe efeito estufa, mudança climática são temas muito distantes da política de transportes no Brasil inteiro. Além da comparação das condições de mobilidade sustentável entre as cidades, essa é uma das principais mensagens trazidas pelo estudo.



Pergunta: A qualidade dos dados foi um problema para a avaliação? Como comparar números que são obtidos de maneiras diferentes? Vocês atuaram in loco de alguma forma para confirmar os dados?



TG: Os cinco indicadores considerados no cálculo revelam aspectos da mobilidade das cidades como um todo. É virtualmente impossível checar se o dado informado pela autoridade pública confere com a realidade ou não. Pode-se até desconfiar desses números, mas a equipe de jornalistas responsável pelo levantamento dos dados teve de aceitá-los. Como saber se Curitiba tem mesmo 90% da frota adaptada a pessoas com deficiência? Como saber se apenas 13% dos deslocamentos diários no Rio de Janeiro são feitos por modos individuais motorizados? Os dados foram checados e confirmados com as fontes, antes entrarem para o cálculo. Partimos do pressuposto de que as autoridades detêm e informam os dados corretos. Nosso trabalho não investigou se houve erros de cálculos, equívocos ou manipulações produzidas pelas próprias autoridades. Mas, após a publicação dos resultados, já observamos que surgem questionamentos sobre a qualidade e a veracidade dos dados. E esse debate é muito positivo. Nós, do Mobilize Brasil, queremos mais é que o cidadão desconfie dos resultados do estudo, exija das autoridades mais e melhores informações sobre os sistemas de transporte e contribua para o desenvolvimento da metodologia. Esperamos que o Estudo Mobilize 2012 seja ainda melhor que o de 2011.



Pergunta: Os resultados mostram que a melhor cidade do ranking é cheia de problemas de mobilidade, o que significa que nenhuma cidade brasileira conseguiu equacionar esse problema de forma adequada. De uma maneira geral, vocês avaliam que há algum problema que atinja todas as cidades e que impeça a melhoria desse quadro?



TG: Todas as cidades no ranking têm problemas de mobilidade. Para explicitar esses problemas e os projetos desenvolvidos para enfrentar esses problemas, não publicamos apenas um ranking, mas adicionamos informações qualitativas sobre cada uma das cidades em forma de reportagens. Assim, procuramos de fato fazer um diagnóstico das condições específicas de mobilidade em cada uma das nove cidades. O que é transversal a muitas das cidades pesquisadas: a falta de planejamento continuado, o jogo de esconde-esconde com informações (a dificuldade de obter informações até em cidades como a pretensamente sustentável Curitiba) e, em alguns casos, as promessas irreais - tanto em termos de prazo como de metas.



Pergunta: Algum dos resultados surpreendeu a equipe, positiva ou negativamente?



TG: O resultado que mais me surpreendeu foi ter Rio de Janeiro em uma ponta e São Paulo na rabeira do ranking. Isso desmonta o argumento de que os problemas de mobilidade encontrados em megacidades se devem a sua grandeza ou à complexidade desses espaços. A nota 2 de São Paulo contrasta muito com o 7,9 do Rio de Janeiro e mostra que, na maior cidade do país, realmente houve pouco investimento em soluções inteligentes, que faltou coragem para implantar boas políticas de transporte. E aqui a crítica se dirige sobretudo ao poder público, que tem um enorme poder indutor sobre comportamentos individuais no que se refere à mobilidade. A mensagem é clara: São Paulo poderia ter um transporte economicamente mais acessível, mais democrático (incluindo pessoas com deficiência) e poderia fazer muito mais para priorizar os meios coletivos e não motorizados diante do automóvel, do qual a cidade virou refém.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Veículo por habitante vai crescer 62% no Brasil, estima setor

Folha.com

A indústria automotiva brasileira pretende aumentar em 62,3% a taxa de motorização até 2020. A intenção é passar dos atuais 154 para 250 veículos por 1.000 habitantes, de acordo com estimativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).




Para isso, o setor planeja investimentos de US$ 21 bilhões até 2015 em ampliações e em novas fábricas. A produção anual, que neste ano foi projetada em 3,74 milhões de unidades, deve saltar para 6,3 milhões em dez anos.



Considerando o mesmo percentual e a renovação da frota, as montadoras poderão produzir ao menos 37 milhões de novos veículos no período. Ao final do período, o país poderá registrar uma frota de 69 milhões de veículos.



O aumento da produção considera o crescimento da economia previsto para 2011, estimado em 4% pelo setor, e outros fatores como a oferta de crédito e o aumento de renda da população.



Segundo a Anfavea, 60% das vendas de veículos são feitas por meio de operações de crédito.



Além disso, o crescimento está relacionado aos pacotes lançados pelo governo para incentivar a produção e evitar a demissão de trabalhadores. A última medida aumentou o IPI para carros importados a partir da segunda quinzena de dezembro.


De acordo com dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a taxa de motorização no Brasil cresceu 30% entre 1998 e 2008 baseada na popularização e no aumento do crédito.



No México, o crescimento verificado foi de 75% no mesmo período. Já a vizinha Argentina tem taxa de motorização maior que a do Brasil.



Para o presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, não há dúvidas de que o Brasil tem potencial para superar a taxa de motorização de países da Europa, como Portugal, atualmente com 495 veículos por 1.000 habitantes.



"O Brasil tem condições de atingir a relação de 500 veículos por 1.000 habitantes. O brasileiro gosta de carro, e o país ainda tem muito a crescer no setor", disse.



Para especialistas consultados pela Folha, a meta é ambiciosa.



"Parece mais um desejo do que algo que seja possível", diz Arthur Barrionuevo, professor e economista da FGV (Fundação Getulio Vargas).



"Não creio que, nem mesmo num prazo razoável de dois ou três anos, o nível de crédito possa se expandir a ponto de viabilizar um aumento substancial da demanda de veículos no Brasil", diz Júlio Manuel Pires, professor de economia da USP.



Com mais veículos nas ruas, a lógica é que o tráfego se torne cada vez mais complicado, principalmente nas grandes cidades. Porém, para a Anfavea, a culpa não pode ser atribuída somente à indústria automotiva.



Segundo a associação, a questão deve ser analisada e associada a outros fatores, como a qualidade do transporte coletivo, sua eficiência, o adensamento populacional e a condição da infraestrutura viária (ruas e avenidas).



CARGA PESADA



No começo do mês, Ghosn esteve no Brasil para anunciar R$ 3,1 bilhões na construção da primeira fábrica da Nissan no país e a ampliação da unidade da Renault em São José dos Pinhais (PR).



Em entrevista à Folha, o executivo criticou o preço do aço brasileiro, a falta de infraestrutura e a alta carga tributária. "A tributação é muito grande no Brasil. De 40% a 48% do que se paga num carro é tributo", disse.



"A gente compra aço coreano feito com minério brasileiro porque custa bem menos do que o aço brasileiro. Esse é um problema que temos de resolver porque nosso interesse é baixar o preço do carro no Brasil."



Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

sábado, 22 de outubro de 2011

Foi um sucesso o Congresso da ANTP no Rio de Janeiro



O presidente da ANTP,  Ailton Brasiliense Pires afirmou que o Congresso foi um sucesso e as  discussões do 18º Congresso sobre os impactos dos grandes eventos sobre a mobilidade urbana deram inicio com qualidade ao Congresso no dia 19 passado. Ele recordou na abertura do evento que o Rio de Janeiro abrigou o primeiro congresso da entidade, nos anos 70. Disse também que a sociedade espera muito da ANTP em razão de suas bandeiras consequentes sobre transporte, trânsito, cidades, economia e meio ambiente.


Importante também foi o debate sobre a necessidade de compreender o uso da motocicleta para reduzir acidentes com esse tipo de veículo. A seguir ainda tivemos um painel com experiências do setor metroferroviário na Europa e América Latina,seguido do cenário internacional do transporte público, planos e projetos da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito do Rio de Janeiro e da Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade, 


A questão do transporte público diante da sustentabilidade urbana, o tema da gestão da inovação para a sustentabilidade, os projetos de BRT no Brasil e nas cidades sedes da Copa de 2014, as perspectivas de implantação e os impactos do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, planos e projetos da Secretaria de Transporte do Estado do Rio de Janeiro, os desafios para a Década de Redução de Acidentes e a questão da mobilidade e do meio ambiente. 


No dia seguinte houve uma conferência que se referia as ações globais da Organização das Nações Unidas (ONU) que debateu a campanha Década Mundial de Segurança Viária - 2011/2020  que conclama os países a promoverem ações para reduzir pela metade o número de mortos e feridos no trânsito. A outra conferência bastante frequentada foi a Mobilidade Urbana na Agenda Ambiental: A Conferência ONU Rio+20


No segundo dia houve duas conferências.Uma que  discutiru a integração tarifária e inclusão social e a outra tratou do tema das tecnologias aplicadas na gestão das cidades, tendo como foco o Centro de Operações Rio. Também se discutiu mobilidade urbana para a Copa e 2014, em uma oficina internacional específica; o monotrilho como meio de transporte nos grandes centros urbanos, mobilidade para cidades sustentáveis, pesquisa e qualificação dos profissionais do setor, perspectivas do transporte ferroviário regional, programas e ações das operadoras rodoviárias do Rio de Janeiro, os desafios do transporte cicloviário, funcionalidade de ITS (sistemas inteligentes de transporte) aplicáveis aos Bus Rapid Ttansit (BRTs). Por iniciaitva da Fudanção Universidade-Empresade Tecnologia e Ciência (Fundatec), foram desenvolvidas duas sessões especiais, uma das quais discutiu a operação, infraestrutura e tecnologia para BRTs e a outra abordou o tma sistemas inteligentes de transporte.


O presidente da ANTP salientou ainda sobre a necessidade de gestão inteligente de tráfego e políticas urbanas integradas em regiões metropolitanas, caso de São Paulo. E considerou que o Brasil tem tempo e capacidade para atender às necessidades de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada, de maneira a deixar um importante legado em termos de transporte público


Outros temas em foco por Brasiliense foram as conquistas e desafios da educação de trânsito, o transporte público como estruturador das regiões metropolitanas, mobilidade urbana de mudança climática, externalidades positivas no setor metroferroviário nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, atributos do transporte público por ônibus, qualidade da gestão para resultados sustentáveis.


O próximo congresso da ANTP será em Brasília daqui a dois anos. Parabéns pelo evento bem sucedido.


Cristina Baddini Lucas - assessora do MDT .  



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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dirigente da MDT participará do Congresso sobre Transporte e Trânsito no Rio de Janeiro


O evento discutirá soluções para a mobilidade urbana em todo o país




Tendo a Mobilidade Urbana como fator decisivo para o desenvolvimento sustentável do país, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) promoverá, entre os dias 19 e 21 de outubro, na cidade do Rio de Janeiro, o 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Durante esses três dias, o coordenador do MDT, Nazareno Affonso participará do evento e das discussões que ocorrem no país voltadas para o a inclusão e o desenvolvimento social, econômico e ambiental do setor. Dentre esses assuntos destacam-se a política nacional de mobilidade versus desenvolvimento econômico;mobilidade urbana e a acidentalidade; mobilidade urbana e aquecimento global; mobilidade urbana e matriz energética; redução de tarifas e de custos do transporte público para a inclusão social.

Durante 18º Congresso, visitantes de outros países, prefeitos, secretários de Estado, autoridades federais e parlamentares, acadêmicos e interessados no setor também estarão presentes e mostrarão suas experiências. Nazareno Affonso, explica que o evento é uma boa oportunidade de conhecimento, pois dentre os conferencistas estão Luzanda Makidizela, diretora do Departamento Nacional de Transporte da África do Sul e responsável pela Mobilidade da Copa 2010; Carlos Henrique Ribeiro Carvalho, Pesquisador – IPEA; Jose Carlos Martinelli, da Prodata Mobility; Ailton Brasiliense Pires, Presidente – ANTP, entre outros.



“É muito importante que seja discutido a prioridade que é dada hoje ao transporte individual. Precisamos reverter este quadro e priorizar o transporte coletivo e os meios não motorizados de se transportar . Ainda na programação do Congresso, também constam visitas técnicas, inclusive ao canteiro de obras de um sistema BRT.“ No decorrer de todo o evento serão realizadas visitas técnicas a setores do Sistema de transportes no Rio de Janeiro.

O evento acontecerá no Centro de Convenções SulAmérica, localizado na avenida Paulo de Frontin, 1,Cidade Nova, e também contará com a realização de sessões especiais, técnicas e temáticas. A Sessão de Abertura do Congresso contará com a presença de diversas autoridades e será animada pela Orquestra Villa Lobinhos que executará o Hino Nacional e um repertório de musicas com temática do transporte público e trânsito. Participarão da abertura do evento Mario Silvio Mendes Negromonte - Ministro das Cidades; Julio Luiz Baptista Lopes - Secretario de Estado de Transporte do Rio de Janeiro – SETRANS; José Ademar Gondim Vasconcellos, diretor Presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza;* *Joubert Flores - Diretor de Relações Institucionais e RH - Metrô Rio / Vice Presidente da DAL - Divisão América Latina – UITP, dentre outros.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT










segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Não perca esta semana o 18º Congresso da ANTP

De 19 a 21 de outubro de 2011, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro, o 18º Congresso da ANTP oferecerá 76 sessões, incluindo as solenidades de abertura e de encerramento, e sessões especiais, entre elas a de entrega do Prêmio ANTP de Qualidade.

Sessões temáticas.

Serão dez as sessões temáticas, organizadas pelas Comissões Técnicas da ANTP, referentes às áreas de Pesquisa de Opinião, Meio Ambiente, Trânsito Transporte Metroferroviário, Bicicleta, ITS (Sistemas Inteligentes de Transporte), Ônibus, Qualidade e Produtividade, Economia e Circulação & Urbanismo.

Conferências principais.

No conjunto das cinco conferências principais se referem serão debatidos os grandes eventos e seus impactos na mobilidade urbana, a questão da inclusão social possibilitada pela integração temporal e pelo uso de cartões inteligentes, e também o tema do uso da tecnologia no monitoramento e gestão da mobilidade urbana, além de dois grandes de interesse mundial: a Década Mundial de Segurança Viária – 2011/2020, mobilização convocada pela ONU e à qual o Brasil aderiu, e a conferência ambiental Rio+20, também estruturada pela ONU, e que fará um balanço das duas décadas que decorreram desde a conferência ambiental do Rio de Janeiro em 1992.

Painéis.

Os 15 painéis de debate cobrirão temas concernentes a diferentes aspectos da mobilidade urbana. No campo do trânsito, as consequências da forma como vêm sendo utilizadas as motocicletas no Brasil, a melhoria da gestão do trânsito e conquistas e desafios da educação de trânsito. Haverá espaço para dois temas internacionais, com a discussão da realidade dos metrôs na Europa e na América Latina, e a formulação de um cenário internacional do transporte público. Também terão lugar o tema da gestão da inovação para a sustentabilidade no setor e na sociedade, a questão da mobilidade para cidades sustentáveis e projetos de BRT no Brasil e nas cidades que serão sedes da Copa 2014. Estarão ainda em foco as perspectivas do transporte ferroviário, incluindo o Trem de Alta Velocidade (TAV) e o transporte ferroviário regional; o papel do transporte público na estruturação das regiões metropolitanas, o transporte urbano na macro metrópole de São Paulo, a questão da mobilidade urbana contraposta ao problema do aquecimento global, a pesquisa e qualificação dos profissionais do setor, e o tema da comunicação e do marketing aplicado ao transporte público.


259 trabalhos técnicos

O 18º Congresso contabilizou 259 comunicações técnicas a serem apresentadas em 37 sessões, distribuídas nos quatro eixos temáticos:  Eixo 1 – ‘Questão urbana, meio ambiente e transporte não motorizado’, foram entregues 70 trabalhos, com a seguinte distribuição por temas: Meio Ambiente (9), Mobilidade urbana (13), Planejamento e gestão urbana (33) e Transporte não motorizado (15). No Eixo 2 – ‘Qualidade, marketing e tecnologia’, são 79 os trabalhos entregues, com a seguinte distribuição: Desenvolvimento Tecnológico ‎(31), Gestão de Qualidade no Transporte Público e Trânsito (29), Marketing (19). No Eixo 3 – ‘Transporte público’, foram entregues 54 trabalhos, com a seguinte distribuição temática: Concepção e planejamento (25), Financiamento e custeio (4), Gestão do Transporte Público (13) e Implantação e operação (12). No Eixo 4 – ‘Trânsito’, foram entregues 56 trabalhos, distribuídos por quatro temas: Circulação urbana da carga (4), Operação de trânsito (5), Programas e políticas de segurança no trânsito ‎(38) e Restrição de acesso e circulação de veículos (9).

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Absurdo juiz fixar fiança de R$ 245 mil para motorista de Camaro ser liberado

O juiz Rodrigo de Azevedo Costa, do plantão do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo) do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou pedido de liberdade provisória feito pelo advogado de defesa de Felipe De Lorena Infante Arenzon, de 19 anos. Ao volante de um Camaro, o jovem se envolveu em um acidente na manhã de sexta-feira, no qual uma vítima ficou com queimaduras em 85% do corpo após o veículo se incendiar e em seguida veio a falecer.


Ele foi indiciado pelos crimes de tentativa de homicídio doloso, embriaguez ao volante e fuga do local do acidente.

Ele foi liberado já na segunda-feira com  uma fiança fixada pelo juiz em R$ 245 mil. O Ministério Público, segundo Cáceres, concordou com o pedido de liberdade, mas pediu uma fiança de R$ 250 mil. Segundo ele, o valor pode retornar a família caso Felipe cumpra todas as determinações da polícia e da Justiça durante o inquérito que apura as responsabilidades pelo acidente.

Felipe Arenzon dirigia um Camaro quando bateu em pelo menos outros dois veículos na Avenida Inajar de Souza, na Zona Norte de São Paulo. O jovem e outras quatro pessoas ficaram feridas, uma delas com gravidade.

De acordo com o delegado Marcos Manarini, delegado-assistente do 28º DP, na Freguesia do Ó, onde a ocorrência foi registrada, o motorista "assumiu o risco" de provocar o acidente. De acordo com a polícia e com testemunhas, o jovem apresentava sinais de embriaguez – ele estava com os olhos vermelhos, exalava cheiro de álcool e tinha dificuldades para andar e falar. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e, ao ficar preso na delegacia, não deu declarações.

Colisão

O acidente aconteceu por volta das 8h de sexta na altura do número 2.500 da Avenida Inajar de Souza, do sentido Freguesia do Ó. Por volta das 15h, pelo menos uma das faixas da via permanecia interditada. Cinco pessoas ficaram feridas – o motorista do Camaro, três pessoas que estavam em outro carro, e o motorista de um veículo que pegou fogo após a colisão e teve parte do corpo queimado, segundo os bombeiros.

De acordo com o soldado Luís Carlos Barboza, da Polícia Militar, o motorista do Camaro foi encontrado em uma casa próxima ao local do acidente. Ainda segundo o soldado, o condutor disse que voltava de uma festa em uma casa noturna na Zona Oeste da cidade quando o correu o acidente.

Dentro do carro foi encontrada uma lata de cerveja. Testemunhas disseram que ele havia batido em outro veículo antes de causar o maior acidente. Segundo a polícia, ele bateu em outro carro na região da Pompeia e atropelou duas mulheres na Ponte da Freguesia do Ó. Segundo a PM, elas foram socorridas por pessoas que passavam pelo local.

Absurdo total. O MDT luta pela paz no trânsito.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

Quase metade de moradores de SP ouvidos em pesquisa quer ciclovias em toda a capital

R7
A cena é bem conhecida por quem vive e visita a cidade de São Paulo. Uma frota de cerca de 3,8 milhões de veículos abarrotam diariamente as ruas da capital e interferem na qualidade do ar e na mobilidade urbana. Diante desse cenário com ares de apocalipse, quase a metade (48,8%) dos 33.430 moradores ouvidos pela pesquisa Você no Parlamento, da ONG Rede Nossa São Paulo junto com a Câmara dos Vereadores, defende que o poder público implante ciclovias e promova o transporte de bicicletas em todas as regiões da cidade.



A consulta pública foi realizada entre os dias 15 de junho e 30 de setembro deste ano. Por meio de um questionário, respondido pela internet ou em material impresso, os moradores de São Paulo puderam definir quais são as prioridades nas políticas públicas de transporte, saúde, acessibilidade, habitação, educação, entre outros serviços públicos. Os entrevistados puderam escolher 40% das opções de prioridades estabelecidas pelo questionário em cada um dos quesitos. Por exemplo, eles optaram por selecionar quatro dos dez itens no critério de mobilidade e transporte.



A maior parte das pessoas (77,4%) pede que o governo municipal priorize a circulação de ônibus nas ruas e a criação de corredores exclusivos para esses veículos na cidade. É este mesmo grupo de entrevistados que, inclusive, cobra pontualidade na chegada dos ônibus nos pontos de parada e nos terminais.



A pesquisa da Rede Nossa São Paulo e da Câmara dos Vereadores apontou também que 59% dos moradores da capital ouvidos no estudo querem que o preço das passagens do transporte público seja mais barato. Ainda no quesito transporte, 48,6% dos mais de 33 mil entrevistados desejam que a administração municipal desenvolva ações para diminuir o tempo de deslocamento na cidade. Outros 48% avaliam como prioridade a participação da prefeitura na ampliação das linhas do Metrô e ferrovias.



Os moradores de São Paulo apoiaram ainda ações para melhorar a qualidade das calçadas (39,8%) e pediram para que a circulação das motocicletas na capital seja mais fiscalizada (33,6%).



Os resultados completos da consulta pública serão entregues aos 55 vereadores de São Paulo, na tarde desta terça-feira (11). A proposta do estudo é que os parlamentares aproveitem as informações contidas nele para elaborar projetos de lei, propor emendas ao orçamento de 2012 e fiscalizar os trabalhos da prefeitura.

Saúde


Você no Parlamento também revelou as áreas da saúde nas quais a população espera melhorias. Mais de 75% dos 33.450 entrevistados pediram para que a administração municipal garanta mais rapidez na hora de alguém precisar marcar uma consulta médica e fazer uma cirurgia ou um exame.


Do total, 73% dos entrevistados ainda elencaram a necessidade de criar mais unidades de saúde na cidade, como os hospitais, pronto-socorros e AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). A maior oferta de locais de atendimento médico na cidade faria com que o acesso até eles fosse mais rápido, acreditam os paulistanos ouvidos pela pesquisa.



Quase metade dos respondentes também pediu que o poder público fique mais de olho na qualidade do serviço e da infraestrutura oferecida das unidades de saúde. A realização de concursos públicos e o investimento na formação dos profissionais foi escolhidos por 45% do público.



O estudo ouviu 18.319 mulheres e 14.463 homens a partir de 18 anos. Cerca de 24% deles tem entre 30 e 39 anos e outros 17,5% têm de 40 a 49 anos. A maior parte dos moradores entrevistados também são brancos (62,5%), seguidos por pardos (22,7%) e pretos (6,8%). Cerca de um quarto dos participantes também já concluiu o nível superior.
 
Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Google mostra melhor rota para ciclistas nos EUA

O Google anda sempre se atualizando para ficar mais verde. Dessa vez, o update foi na sua área de mapas: Nos EUA, o Google Maps já consegue indiciar quais são os melhores traçados para se fazer com uma bicicleta e onde ficam as estações de recarga para carros elétricos.






Para o traçado de bicicletas, o site aceita ajuda de ciclistas de cada região para dar dicas de onde é melhor e mais seguro andar com as magrelas. A novidade ainda está em fase beta e, por enquanto, só funciona nos EUA.



Já para os carros elétricos a novidade é uma lista dos pontos de recarga mais próximos assim que você procura por “ev charging statiton” (estação de recarga de veículo elétrico). Claro que isso também só está disponível por lá, onde já existem modelos elétricos e híbridos sendo comercializados em maior número.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

8 ANOS do MDT

Nazareno Affonso - Coordenador do MDT
No oitavo aniversário do MDT, coordenador destaca decisões e anúncios compatíveis com as propostas históricas do Movimento

As ações destacadas são: os recursos do PAC da Mobilidade e PAC da Copa, os avanços do PL da Mobilidade e do PL do Barateamento das Tarifas, a perspectiva de melhoria do Diesel, a adesão do Brasil à Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011/2020, proposta pela ONU e o compromisso do groveno paulista de investir R$ 45 bilhões em sistemas estruturais de transporte público. O coordenador nacional do MDT, Nazareno Affonso comentou no dia 25 de setembro de 2011 o transcurso do oitavo aniversário do MDT, destacando fatos ocorridos ou anunciados em 2011 que guardam relação com as bandeiras do Movimento.

O FATOS DESTACADOS

PAC da Mobilidade (R$ 18 bilhões), lançado em fevereiro deste ano e em fase de seleção os valores desta inciativa somados aos PAC da Copa totalizam R$ 30 bilhões;

PL da Mobilidade (PLC 166/10). Este projeto foi aprovado no Senado Federal com apenas uma emenda de redação e está próximo de ser enviado para sanção presidencial;

Melhoria do Diesel. Utilização obrigatória do Diesel S-10 (10 partes de enxofre por milhão) em 2013 e do Diesel S-50 (50 partes de enxofre por milhão) em 2012 com os motores ecologicamente limpos, do tipo Euro 5;

PL do Barateamento (PLC 310/09) Este projeto foi aprovado em mais uma Comissão no Senado Federal e recebeu apoio explícito dos governadores do PSB em programa político;

Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011/2020. Resolução da ONU que propõe a redução de 50% dos mortos por acidente no trânsito, foi aprovada pelo Comitê de Mobilização da Saúde e Paz no Trânsito e encontra-se em análise pelo Governo Federal para lançamento das medidas de ação para o próximo ano;

Investimentos R$ 45 bilhões do governo de São Paulo Compromisso do Governo do Estado de São Paulo em investir R$ 45 bilhões em sistemas estruturais de transporte público, sendo R$ 15 bilhões através de Parcerias Público-Privadas (PPPs).



Movimentando 63 - MDT

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PL DA MOBILIDADE - Veto ameaça sanção presidencial do projeto que institui diretrizes para a Política Nacional de Mobilidade Urbana


Como não conseguiu fazer prevalecer suas alterações, o Ministério da Fazenda deverá propor o veto do artigo 8º, o qual estabelece que novas gratuidades não poderão onerar os usuários, promove a transparência das planilhas e torna pública a porcentagem da tarifa que os benefícios custam para os usuários. Na primeira semana de outubro, vencida a fase de recursos, será possível saber se o Projeto de Lei da Câmara nº 166, de 2010, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, seguirá para sanção presidencial sem precisar passar pelo plenário do Senado. Na tarde de 15 de setembro de 2011, esse projeto foi aprovado pela Comissão de Serviços e de Infraestrutura (CI) do Senado Federal – a última das cinco Comissões daquela Casa a apreciar a matéria. Se não houver recurso que provoque a votação no plenário no Senado, o projeto deverá seguir para sanção presidencial. De acordo com Ivo Palmeira, secretário-executivo da Frente Parlamentar do Transporte Público, será possível ter certeza sobre o destino da matéria já no início de outubro.

Até junho último a matéria tramitava bem pelo Senado Federal, tendo sido aprovada em quatro das cinco Comissões da Casa, quando uma área do Executivo, mais precisamente do Ministério da Fazenda, propôs alterações em diversos artigos, desfigurando profundamente uma proposta que resultava de um pacto entre todos os partidos políticos nas duas casas legislativas e aprovado pelo pleno do Conselho das Cidades. Os senadores aceitaram apenas uma emenda de redação, porém se fossem aceitas essas alterações o projeto retornaria à Câmara Federal e seria perdido todo o trabalho político feito até aquele momento. Na ocasião, o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Transporte Urbano e Trânsito, o MDT junto com o Fórum Nacional da Reforma Urbana e a Frente Nacional de Prefeitos elaboraram cada qual seu manifesto reivindicando a aprovação da matéria tal como havia sido aprovada pela Câmara, tendo em vista o fato de o texto ter obtido amplo apoio no Parlamento. No final desta nota encontram-se os links que permitem o acesso aos manifestos do Fórum Nacional, do MDT/FNRU e da Frente Nacional de Prefeitos e o texto do PLC nº 166/10.

Virtudes. O PLC nº 166/10 tem como uma de suas propostas a criação de um ambiente favorável para o transporte público em todo o País e possibilitará a aplicação de recursos financeiros no segmento. Entidades e lideranças do setor destacam outros pontos positivos, como o fato de tratar da regulação dos serviços de transporte público coletivo, disciplinando a concessão de benefícios e subsídios tarifários. Se o projeto for aprovado e sancionado, as gratuidades não mais poderão onerar os usuários, devendo ser custeadas com recursos financeiros específicos previstos em lei. Outro aspecto a destacar é a atuação das operadoras, que poderão oferecer descontos nas tarifas aos usuários, inclusive em caráter sazonal, com o consentimento prévio do poder concedente.

O projeto estabelece, ainda, prioridade para o transporte público sobre o individual no sistema viário urbano, o que, se efetivamente aplicado – com faixas de rolamento exclusivas para ônibus ou a implantação de corredores totalmente segregados, como os BRTs (Bus Rapid Transit) – deve contribuir para melhorar o desempenho dos transportes em pontos como velocidade comercial e redução do consumo enérgético. O projeto considera o transporte público coletivo como elemento capaz de estruturar e induzir o desenvolvimento urbano integrado, favorecendo ainda aspectos como a utilização de combustíveis menos poluentes e a acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida. E determina que o poder público combata o transporte ilegal. Outra vantagem está no fato de o projeto estabelecer que a política de mobilidade urbana deve ser estruturada de modo a reduzir as desigualdades e promover a inclusão social, favorecendo a equidade de oportunidades.

AMEAÇA DE VETO DO A ARTIGO 8º, QUE TRATA DA POLÍTICA TARIFÁRIA

Como não conseguiu fazer prevalecer suas alterações, o Ministério da Fazenda vai propor o veto do artigo 8º, que estabelece: novas gratuidades não poderão onerar os usuários; promove a transparência das planilhas; e torna público a porcentagem da tarifa que os benefícios custam para os usuários. No fundo, o Ministério da Fazenda pretende é que os usuários nunca deixem de ser os principais financiadores do serviço de transporte, permitindo a manutenção de uma barganha política dos Governos e Parlamentos para proporem gratuidades a serem pagas mediante aumento tarifário.

As entidades já se mobilizaram para evitar o veto. As quatro centrais nacionais dos movimentos populares Central de Movimentos Populares (CMP), Confederação Nacional de Associações de Moradores (CONAM), União Nacional da Moradia Popular (UNMP) e Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) se reuniram com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, com vistas a apresentar suas reivindicações para a Marcha da Reforma Urbana, na qual o MDT apresentou a proposta de não haver veto ao PL da Mobilidade. No momento, está sendo discutida a elaboração de um manifesto conjunto contra o veto, de autoria do MDT, Fórum de Secretários, FNRU e FNP, a ser encaminhado à presidente Dilma Rousseff.

Professor Anísio Brasileiro foi empossado nesta quinta no cargo de reitor

Anísio Brasileiro, professor com livros e artigos na área de mobilidade urbana, foi empossado ontem (6) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, no cargo de reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A solenidade aconteceu às 16h30, na Sala de Atos do Edifício-Sede do MEC,  em Brasília.

A solenidade de transmissão do cargo de reitor, do professor Amaro Lins para o professor Anísio Brasileiro, acontecerá na próxima terça-feira (11), às 9h30, no Centro de Convenções da UFPE. Na ocasião, também será empossado o vice-reitor Sílvio Romero Marques.

Nesta quarta (5), foi publicado, no Diário Oficial da União (DOU), ato do vice-presidente Michel Temer, no exercício da Presidência da República, nomeando o novo reitor para exercer o cargo, com mandato de quatro anos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Coordenador do MDT, Nazareno Affonso é contra estacionar na rua

Diário do Grande ABC
04 de outubro de 2011

Uma das maiores autoridades em mobilidade urbana do País, o urbanista Nazareno Affonso defende o fim das vagas de estacionamento nas vias públicas como uma das formas de diminuir o caos no trânsito do Grande ABC. O coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte e ex-secretário municipal de Transportes de Santo André (gestão Celso Daniel) sugere ainda que o poder público regule as vagas de estacionamento privado nos bairros.




"Atualmente, muitas vias importantes nas cidades perdem uma ou até duas faixas de rolamento por conta dos carros estacionados. A medida imediata a ser tomada é proibir isso", aponta. Por outro lado, o especialista enxerga que o espaço recuperado com a remoção dos veículos parados não deve ser devolvido aos carros de passeio. "É preciso acabar com a lógica de que o transporte particular deve se sobrepor ao coletivo. Por isso, esses espaços devem ser usados para a criação de corredores de ônibus, ciclovias, ou simplesmente para o aumento da calçada."



Para que a modificação não seja de forma radical, o urbanista sugere que as proibições tenham início nas avenidas que fazem parte do itinerário das linhas de ônibus. "A partir daí, deve haver a regulamentação das vagas privadas. Ou seja, a Prefeitura deveria limitar o número de estacionamentos em cada região e tabelar os preços", acrescenta. Na opinião do especialista, essa medida ajudaria a desestimular o uso do automóvel.



Nazareno defende mudança na lógica de investimentos relacionados à mobilidade urbana. "Se não houver investimento maciço em transporte público, não conseguiremos mais andar, seja de carro ou de ônibus." Para reforçar a iminência da piora no trânsito, o ex-secretário remete a dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. "De 1957 a 2007, o Brasil atingiu a marca de 50 milhões de veículos fabricados. No entanto, a expectativa é de que os próximos 50 milhões sejam montados até 2022, portanto, daqui a 11 anos."



No Grande ABC, a estimativa do Departamento Nacional de Trânsito é de que 2012 comece com a frota total chegando a 1,4 milhão de veículos, incluindo caminhões, ônibus, utilitários e motocicletas.



Apesar do caos vivido atualmente nas ruas da região, Nazareno avalia que o Grande ABC tem condições de reverter a situação e melhorar a mobilidade urbana. O especialista se refere aos investimentos anunciados para o transporte pelas prefeituras e pelo Estado. Em junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que investirá R$ 5,4 bilhões em obras viárias nas sete cidades. "Já é um início bom. Só temos que ver se tudo isso sairá do papel e quando ficará pronto", finaliza.

Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT




segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mobilidade Urbana na Marcha da Reforma Urbana em Brasília

O MDT vai participar da Marcha pela Reforma Urbana em Brasília amanhã defendendo a mobilidade urbana e as questões positivas que exigem muita atenção dos movimentos sociais para que seus resultados revertam na melhoria da qualidade de vida de nossas cidades neste importante momento que estamos vivendo e que temos os seguintes desafios para encaminhar:


Sistemas de transportes em operação em 2014


O PAC da Copa dispõe de R$ 11 bilhões para utilização em sistemas de

transportes estruturais nas cidades-sedes e seu legado mais significativo

será fazer com que esses meios de transportes estejam em operação em

2014 para dar qualidade à mobilidade dos cidadãos. Não podemos

aceitar as propostas de adiamento dos prazos para implantação de

“sistemas definitivos” de alta capacidade sem o devido compromisso

com a urgência de suprir o déficit de transportes públicos, há mais de 20

anos sem investimentos. De igual modo, o PAC da Mobilidade, com seus

R$ 18 bilhões, está na mesma pauta de discussão, gerando

desvinculação dos prazos previstos para 2014 .

Entretanto, uma notícia positiva nesse sentido vem do anunciado

compromisso do Governo do Estado de São Paulo em investir até 2014

R$ 45 bilhões em sistemas estruturais de transporte público, sendo R$ 15

bilhões através de Parcerias Público Privadas-PPPs.



Aprovação sem vetos do PL da Mobilidade



O PL da Mobilidade (PLC 166/10), marco regulatório da Mobilidade, foi

aprovado no Senado Federal com apenas uma emenda de redação e

deverá ser enviado para sanção presidencial. Lamentavelmente o

Ministério da Fazenda está propondo o veto do Art. 8, que proíbe que

novas gratuidades sejam pagas pelos usuários na tarifa, responsáveis

hoje pela majoração das citadas tarifas em mais de 20%.



Diesel limpo em 2013



Urgente: Barateamento das tarifas para inclusão social

Fim do genocídio nas vias urbanas e rodovias com trânsito.

Essa luta está caminhando para uma melhoria na qualidade do ar de nossas

cidades com a utilização obrigatória do diesel S 10 em 2013 e do diesel S

50 em 2012 com os motores ecologicamente limpos, do tipo Euro 5;



Urgente: Barateamento das tarifas para inclusão social



O PL do Barateamento (PLC 310/09), voltou a tramitar no Senado

Federal e foi aprovado em mais uma Comissão (restam duas), porém

permanece a dúvida se os governos federal, estatuais e municipais

estarão dispostos a subsidiar os usuários, como acontece na Europa. A

aprovação do PL significa uma redução de até 25% das tarifas, mas

poderá ocorrer veto presidencial se não houver mobilização e pressão da

sociedade;



Fim do genocídio nas vias urbanas e rodovias com trânsito



Os 100 mortos diários e mais de 300 portadores de deficiência precisam

deixar de manter anestesiados o povo brasileiro e principalmente os

Governos, que chegam ao cúmulo de contingenciar mais de R$ 3 bilhões

de recursos destinados às medidas de redução de acidentes.

Para isso é fundamental colocar em prática as propostas aprovadas pelo

Comitê do Comitê de Mobilização da Saúde e Paz no Trânsito para a

Década de Ação pela Segurança no Trânsito, Resolução da ONU que

propõe a redução de 50% dos mortos por acidente no trânsito. Temos que

lutar para que o DENATRAN se torne uma autarquia e que os recursos do

FUNSET e DPVAT deixem de ser contingenciados e que as ações e

propostas para 2012 sejam de conhecimento público.

O MDT de Goiás estará vindo reforçar as ações.



 
Nazareno Affonso


Edição especial do Jornal do FNRU – Fórum Nacional de Reforma Urbana


Nº 03 - Outubro/2011