segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito

81ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito, será nos dias 08 e 09 de AGOSTO de 2013, na Área de Eventos do Hotel Marriot/Airport - na cidade de GUARULHOS/SP.

PROGRAMA PRELIMINAR

DIA 08/08/2013 – QUINTA-FEIRA

08h00 CREDENCIAMENTO

09h00 SOLENIDADE DE ABERTURA DA 81ª REUNIÃO DO FÓRUM NACIONAL DE SECRETÁRIOS E 
DIRIGENTES PÚBLICOS DE TRANSPORTE URBANO E TRÂNSITO 

Sebastião Alves de Almeida Prefeito de Guarulhos
José Fortunati Prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente 
Nacional de Prefeitos (FNP)
Jurandir F. R. Fernandes Secretário de Transportes Metropolitanos
Jilmar Augustinho Tatto Secretário Municipal de Transportes de São Paulo - (a 
confirmar)
Julio Eduardo dos Santos Secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade 
Urbana (SEMOB) - (a confirmar)
Antonio Claudio Portella Serra e 
Silva
Diretor do DENATRAN (a confirmar)
Daniel Annenberg Diretor-Presidente do DETRAN-SP
Renato Gianolla Presidente da URBES-Sorocaba e presidente do Fórum 
Nacional de Secretários e Dirigentes de Transporte e 
Trânsito
Atílio André Pereira Secretário de Transportes e Trânsito de Guarulhos
Ailton Brasiliense Pires Presidente Associação Nacional de Transportes 
Públicos – ANTP
10h30 Intervalo para o Café

10h45 Apresentação dos Programas de Mobilidade Urbana – Região Metropolitana de São Paulo
Coordenador Renato Gianolla – presidente da URBES e presidente do 
Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes
10h45 Expositor Jurandir F.R. Fernandes – Secretário de Transportes 
Metropolitanos
11h30 Expositor Atílio André Pereira – Secretário de Transportes e 
Trânsito de Guarulhos
12h15 Debates
12h45 Intervalo para almoço
14h00 Painel: Custo, Qualidade, Remuneração e Tarifa do Transporte Público
Coordenador Vanderlei Luis Cappellari – Diretor Presidente da EPTC 
Porto Alegre e vice-presidente do Fórum Nacional
Expositores Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho – Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA –Tarifação e
Financiamento do Transporte Público Urbano
Adauto Farias – São Paulo Transportes - SPTrans –
Planilha Tarifária - (a confirmar)
Eduardo Alcântara Vasconcellos – Sistema de Informação 
da Mobilidade Urbana da ANTP.
15h30 Intervalo para o Café 
16h00 Reunião Exclusiva de Secretários e Dirigentes de Transporte e Trânsito
Coordenador Renato Gianolla – Presidente do Fórum Nacional
Debatedores Todos os secretários presentes
Temas  Relato das medidas tomadas de redução tarifária após 
evento das ruas.
 Subsídios para o transporte. Relatos
 Dia Sem Meu Carro
 Planilha Tarifaria Nacional e a participação do Fórum 
Nacional de Secretários
 Resolução 414 – Notificação de Advertência
 O Município no Sistema Nacional de Trânsito – Branco 

16h00 Painel: Boas Práticas de Transporte
Coordenador (a confirmar)
Expositores Richele Cabral, Diretora de Mobilidade Urbana da 
FETRANSPOR – BRT Transoeste e o BRS – Rio de Janeiro
Roberto Gregório da Silva Júnior – URBS – Corredores de 
Curitiba
17h15 Palestra: Plano de Mobilidade Urbana – Projeto Universitário
Coordenador Nazareno Stanislau Affonso – Coordenador do Escritório 
da ANTP de Brasília e presidente do MDT
Expositores Bárbara Schneider, Universidade de Caxias do Sul –
Mostra de Planos de Mobilidade Urbana para Caxias do 
Sul - (a confirmar)
18h00 Encerramento
DIA 09/08/2013 – SEXTA-FEIRA
9h00 Painel: PL 310 – REITUP – Desoneração dos Transportes Públicos
Coordenador Ailton Brasiliense Pires – presidente da ANTP
Expositor Deputado Carlos Zarattini
Expositor Marcos Bicalho dos Santos – Diretor da NTU - (a 
confirmar)
10h30 Intervalo para café
11h00 Conselhos Municipais de Transporte - Experiências
Coordenador Elequicina dos Santos – Secretária de Mobilidade Urbana 
de Natal/RN
Expositores Três experiências de estruturação e condução de 

Conselhos Municipais de Transporte – (a confirmar)


sexta-feira, 26 de julho de 2013

O projeto Bike Sampa permite que as pessoas peguem bicicletas emprestadas com o Bilhete Único

O Bilhete Único em São Paulo, já pode ser usado para pegar bicicletas do projeto Bike Sampa em três estações onde foram instalados leitores de Bilhete na zona sul da cidade. Para quem deseja participar do projeto, é necessário atualizar o cadastro junto ao Bike Sampa , incluindo o número do Bilhete.


Os usuários que liberarem as bicicletas terão que seguir as regras do projeto Bike Sampa: o veículo poderá ser usado gratuitamente no período de 30 minutos e deve ser devolvido em qualquer posto do projeto, mesmo os que não tenham o validador do cartão. Caso o usuário ultrapasse esse período, será cobrado uma taxa de R$ 5,00 para cada 30 minutos.

A ação já é conhecida na cidade do Rio de Janeiro é considerada um sucesso. Implantado no fim de 2011, o projeto conta com 66 mil usuários cariocas cadastrados e cerca de 550 mil viagens foram realizadas até o dia 9 de maio – média superior a quatro mil solicitações por dia.

Vídeo da Palestra sobre Tarifa Zero e a Mobilidade Sustentável


Vejam o vídeo sobre Tarifa Zero e Mobilidade Sustentável no canal do MDT aproveitem!!!

http://www.youtube.com/watch?v=f-iyzrwGRao

terça-feira, 23 de julho de 2013

2º Encontro Cidades Amigáveis ocorrerá no mês de agosto em Sorocaba/SP


Ocorrerá nos dias 22 e 23 de Agosto, no SESC Sorocaba - Rua Barão de Piratininga, 555 - Jardim Faculdade, Sorocaba/SP o 2º Encontro Cidades Amigáveis.
O objetivo do Encontro é o de proporcionar a discussão e a reflexão sobre o uso do espaço viário das cidades, em especial, tendo por foco os usuários mais vulneráveis da via: pedestres e ciclistas.
O evento é gratuito e contará com representantes de órgãos públicos de cidades brasileiras que estão adotando boas práticas de programas voltados para as bicicletas, bem como especialistas em urbanismo, representantes de organizações não governamentais do segmento e também do segmento de serviços de bicicletas compartilhadas (bikeshare).
Patrocinador Oficial: Itaú Unibanco S.A.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Parlamentares e especialistas concordam em transformar transporte em direito social

Deputados, especialistas e ativistas reunidos hoje (9) no plenário da Câmara concordaram com a necessidade de transformar o transporte público no grupo de direitos sociais, como alimentação, educação e saúde. Na visão dos debatedores presentes à sessão, é preciso aprovar rapidamente a Proposta de Emenda à Constituição 90, de 2011, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que recentemente passou pelos colegiados e está agora em comissão especial criada para debater o tema.

O autor do requerimento, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que foi relator da PEC de Erundina e convocou a comissão geral de hoje, reiterou que é preciso rapidez para formar rapidamente o grupo encarregado por analisar o texto. A proposta ganhou tramitação mais rápida depois que manifestações de rua realizadas em junho forçaram a classe política a dar respostas, mas agora existe o receio de que a PEC fique esquecida nos corredores do Congresso.

“Para que haja soluções criativas no âmbito da política, precisa-se de vontade política, que hoje está vindo a partir das ruas”, disse Erundina. “Após a comissão, teremos duas votações na Câmara e duas no Senado”, lembrou, dizendo-se esperançosa quanto à aprovação da matéria.

“Esta PEC não pode ficar anos a fio aguardando sua discussão e aprovação”, disse a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC). Ela criticou a situação do transporte público atual nas cidades brasileiras por fazer com que o cidadão precise gastar o mesmo tempo para trabalhar e para chegar ao local de trabalho.

A aprovação da PEC era um dos pedidos do Movimento Passe Livre (MPL), responsável por iniciar as manifestações que resultaram na revogação do aumento da tarifa de transporte público em São Paulo e no Rio de Janeiro, espalhando-se em seguida por dezenas de cidades graças à pressão popular.

Para Lucas Monteiro de Oliveira, que representou o MPL no plenário, uma das principais vitórias das marchas foi trazer a discussão sobre o transporte para onde ela deve realmente estar: no Congresso. “Agora em 2013, essa foi a principal vitória que conseguimos, depois de muito trabalho e mobilização”, disse, acrescentando que a questão central a ser debatida não é técnica, com foco apenas na redução das tarifas, mas sim sobre o modelo de transporte que se deseja para as cidades.

“Os movimentos conseguiram revogar o aumento das tarifas em mais de 100 cidades em junho. Isso é a força da população, interferindo diretamente na gestão da política do transporte”, afirmou Monteiro. “Mas o que precisamos discutir é em que cidade nós queremos viver, que cidade nós queremos construir”, completou, destacando a necessidade de se pensar o transporte com políticas públicas que permitam às pessoas participar das decisões e ter livre acesso às riquezas produzidas nas cidades.

Para Monteiro, a cobrança de tarifa é uma forma de exclusão de uma parcela da sociedade que não tem oportunidade de circular e de ter acesso a outros direitos sociais por não ter recursos financeiros. “Isso daria um total de 36 milhões de pessoas”, disse. Segundo ele, esse problema não deve ser encarado somente sob a ótica do financiamento, de como pagar isso. “Aqui é uma questão de garantir a mobilidade das pessoas e o acesso a todos os seus direitos, e não simplesmente como essa conta será paga”, completou.

O represente do MPL também criticou o fato de a maior parte dos recursos ser investida no transporte privado. “Atualmente, a politica de desoneração não resolve o problema da mobilidade urbana. Não é desonerando uma parte do setor privado que você vai permitir que as pessoas circulem pela cidade”, disse Monteiro, que defendeu a aprovação da PEC 90.

Também representante do MPL, Marcelo Pomar reforçou que o governo federal errou ao desonerar o setor automobilístico, contribuindo para o aumento de engarrafamentos e o caos no sistema viário. “A cada R$ 1 investido no setor público, R$ 12 são investidos no particular”, disse Pomar, que defende o fim do regime de concessão no transporte coletivo. “O poder público deve assumir sua responsabilidade de gerir o transporte coletivo. Além disso, o segundo passo é subsidiar o transporte, tratando-o como serviço público essencial, bancado por fundos específicos que seriam alimentados por cobranças feitas dos setores que se utilizam da força de trabalho originada por quem usa o transporte público.”

Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), ainda existe “muita gordura” a ser cortada do lucro das empresas concessionárias de transporte público. Ele também defendeu a extensão do bilhete único para mais cidades brasileiras, a utilização da Cide para subsidiar a tarifa de transporte urbano e um maior investimento em metrôs nas maiores cidades do País, medidas que vêm sendo advogadas pelo também petista Fernando Haddad, prefeito de São Paulo.

Secretário dos Transportes da capital paulista durante a gestão Erundina (1989-92), Lúcio Gregori também criticou o atual modelo de concessões por criar “feudos” em estados e municípios. “Empresas por mais de 80 anos operam no mesmo estado ou metrópole. A cartelização com concessões ad infinitum resulta em falta de competitividade”, afirmou, cobrando a aprovação da PEC. “Só um processo de financiamento das tarifas é garantia para exercer esse direito por todos. Paga mais quem tem mais, menos quem tem menos, e não paga quem não tem.”

Para aplicar a mobilidade urbana como direito social, porém, o ex-secretário avalia que será necessária a criação do Código Nacional de Desempenho de Transporte Coletivo. “Assim como temos meta de inflação, temos de ter o código”, afirmou. Esse código traria exigências como câmbio automático e ar-condicionado para ônibus, além da proibição de usar chassis de caminhão para ônibus. “Isso [estrutura de caminhão] é para porco e não para gente. Eu não gosto de ser tratado como porco.”

A professora de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) Marilena Chauí disse que a lógica atual do transporte público no País reflete a sociedade brasileira “autoritária, oligopólica, vertical, que opera sob a forma do favor, da tutela e que não cria espaço público republicano”. Segundo ela, as metrópoles atuais dividem-se em um centro privilegiado e uma periferia excluída, sem direito a nada. Marilena Chauí também criticou a desoneração de impostos para empresas de ônibus. “Não podemos continuar a defender esses cartéis e alimentar seu lucro indiscriminado.”

O deputado Beto Albuquerque fez eco à necessidade de revisar o custeio do transporte público. “O transporte é financiado hoje 100% por quem paga a tarifa. Queremos buscar um novo modelo de financiamento e um novo modelo de transporte urbano para o futuro”, disse. O parlamentar reclamou que apenas 45% das 38 maiores cidades do Brasil têm um plano de transporte urbano e criticou a prioridade dada pelos governos ao transporte individual, com redução de impostos para automóveis. “Esse privilégio contrasta com a queda de passageiros transportados por transporte público.”

Segundo o técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Carlos Henrique de Carvalho, os últimos anos têm mostrado um aumento no acesso ao transporte privado, que ficou mais barato, e uma redução da demanda de usuários por meios públicos de locomoção.

Ele foi um dos autores da nota técnica “Tarifação e Financiamento do Transporte Público Urbano”, do Ipea, que analisou o transporte público nos últimos anos. De acordo com o estudo, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede a inflação no País, teve alta de 125% entre janeiro de 2000 e dezembro de 2012, o aumento das tarifas dos ônibus foi de 192% – 67 pontos percentuais acima da inflação.

“O impacto disso é muito grande para as cidades. As classes mais baixas estão tendo acesso a um bem durável, mas do ponto de vista da qualidade de vida urbana é um desastre”, disse, durante comissão geral no Plenário da Câmara que discute a política de transporte público no Brasil. Ele citou como problemas as mais de 40 mil mortes por ano por acidentes de trânsito, além do aumento da poluição e dos engarrafamentos cada vez maiores.

A pesquisa do Ipea evidencia que, para as famílias brasileiras mais pobres, o impacto médio do gasto com transporte público na renda domiciliar é de 13%, enquanto a média total, que inclui famílias de todas as faixas de renda, é de 3,4%. Entre 2003 e 2009, esse comprometimento foi amortecido pelo aumento geral de renda, mas, como o transporte privado ficou relativamente mais barato, grande parte do adicional de renda foi canalizada à aquisição de meios particulares de transporte.

Carvalho destacou ainda que a indústria de motocicletas no Brasil vem crescendo três vezes mais que o Produto Interno Bruto (PIB), e a indústria automobilística, duas vezes mais que o PIB.

O presidente da Diretoria Executiva da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Otávio da Cunha Filho, destacou que a crise no transporte vem de longa data. Segundo ele, ao longo dos anos tem sido possível observar o aumento do número de automóveis e a simultânea redução do número de ônibus circulantes. “Em 2010, 50% das pessoas se deslocaram pelo sistema público de transportes, e 50% pelo individual. Se continuarmos assim, em 2030 teremos 65% utilizando o transporte particular e apenas 35% o público”, alertou.

Ele defende um melhor aproveitamento dos recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para que sejam transformados em projetos efetivamente eficientes em termos de mobilidade urbana. Cunha Filho é favorável ainda a priorizar os ônibus nas vias públicas e a que todos os municípios com mais de 200 mil habitantes sejam obrigados a dispor de planos de mobilidade urbana desenvolvidos com participação da sociedade.

O coordenador da Associação Nacional dos Transportes Públicos, Antenor José dos Santos, defendeu mais atitude e gestão para viabilizar melhorias no transporte urbano. “Precisamos de atitude, gestão e ação. De leis e expertise técnica o Brasil já está bem servido”, afirmou. “Precisamos recepcionar o clamor das ruas e traduzir em políticas públicas em legislação e produção técnica.”

Ele criticou a lógica de privilegiar os automóveis em relação a outros meios de locomoção como bicicletas ou ônibus. Santos reclamou que o Brasil tem apenas 1.500km de ciclovias, enquanto Bogotá, capital da Colômbia, possui 420km e tem mais 220km em construção, integrados ao sistema de transporte.

O coordenador da Associação Nacional dos Transportes Públicos e diretor da ONG Roda Viva, Nazareno Stanilau Affonso, defendeu a aplicação da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12), que destina ao automóvel 30% da rua. Os outros 70%, de acordo com a lei, devem ser destinados aos pedestres, às bicicletas e ao transporte público.

De acordo com o ativista, as prefeituras não conseguem gerir o sistema de transporte porque estão sucateadas. “Hoje temos sistemas em perfeita condição de controlar onde está cada ônibus, mas as prefeituras não conseguem analisar esse dados” , afirmou. Ele classificou como absurdo o foco do Estado brasileiro em universalizar o acesso do automóvel, com redução de impostos do setor, como política de transporte.

*Fonte: Site Rede Brasil Atual com informações da Agência Câmara.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Debate, em São Paulo, discute o projeto de lei aprovado no Senado sobre o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e de Caráter Urbano de Passageiros - REITUP


Este Projeto de Lei institui o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e de Caráter Urbano de Passageiros - REITUP, baseado na redução de tributos incidentes sobre serviços e sobre os insumos neles empregados, para promover a redução das tarifas cobradas aos usuários, objetivando o preço justo e qualidade na prestação de serviços
.
Este tema é um dos assuntos que será discutido no debate dos Secretários e Dirigentes Públicos de Transporte e Trânsito do Fórum Paulista, foi realizado hoje, no Auditório da Sede do Observatório dos Consórcios Públicos e do Federalismo (OCPF) - Rua Do Arouche nº. 23 - 3ª Sobreloja, Praça da República, Centro, com a presença do deputado Carlos Alberto Rolim Zarattini.
I 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

MDT e as manifestações de rua por transporte qualificado e barato

Há muito anos, no Brasil, o transporte público vem sendo um tema potencialmente explosivo. Isso se dá desde a Revolta do Vintém,no Rio de Janeiro, no final do Império, passando por várias outras situações ao longo do Século 20 e chegando aos nossos dias.
Entre meados dos anos 1970 e meados dos anos 1980, houve dezenasde quebra-quebras nos trens de subúrbio e ônibus urbanos no Rio de Janeiro, em São Paulo e também em outras capitais, especialmente Salvador, onde, em uma ocasião, 400 ônibus – 2/3 da frota – foram depredados devido a um aumento de tarifa.
Expressão das lutas populares “contra a carestia”, as reivindicações por maisqualidade e pelo barateamento das tarifas tiveram considerável importância para as medidas que foram sendo tomadas nas últimas décadas: a implantação do Vale Transporte (Lei no 7.418/1985), investimentos em ferrovias (sobretudo no Estado de São Paulo, a partir de meados dos anos 1990)e, na maioria dos municípios, a qualificação da gestão com renovação das frotas dos ônibus.
Apesar de tudo, manteve-se a essência do eixo da política de estado para a mobilidade urbana, implantada desde a década de 50: a universalização da propriedade e, principalmente, do uso do automóvel, com a organizaçãodas cidades para que esse modo de transporte tivesse todas as facilidades. Os transportes públicos, as bicicletas e as calçadas continuaram submetidas a uma política de mercado. Foram desmontadas as estruturas de gestão, de projetos e de investimentos do governo federal para o transporte coletivo (EBTU e GEIPOT).
Os municípios ficaram entregues à própria sorte, propondo-se a implantar e gerir a custosa infraestrutura para os automóveis, tendo, simultaneamente, de administrar – sem recursos econômicos, de pessoal e de gestão – os transportes públicos. Com raras exceções, as municipalidades simplesmente ignoraram ser de sua responsabilidade a implantação e a qualificação da infraestrutura adequada aos modos não motorizados de transporte e aos pedestres.
Duas décadas. A motivação inicial das manifestações que presenciamos recentemente estava nos aumentos tarifários. Propostas como as do Movimento Passa Livre, com a bandeira da tarifa zero, entusiasmam parte da população, mas não levam em conta totalmente as complexidades e os custos embutidos na tarefa de transportar 50 milhões ou mais de pessoas diariamente em todo o País.Assim, é preciso dizer, sobretudo aos jovens e àqueles que têm, hoje, o poder de decidir as políticas públicas, que propostas bem claras e operacionalmente viáveis para a mobilidade urbana existem.
Várias dessas sugestões estão consolidadas pelo menos desde 31 de maio de 1993 – curiosamente, exatos 20 anos e uma semana antes das primeiras manifestações do último mês de junho – no relatório final de uma comissão especial para reduzir as tarifas e promover melhorias nos serviços de transporte coletivo urbano nas cidades brasileiras.
Instituída por decreto federal em 30 de abril de 1993, essa comissão especial era composta por representantes dos ministérios do Trabalho e dos Transportes, do IPEA, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Fórum Nacional dos Secretáriose Dirigentes Públicos de Transporte Urbano e Trânsito, Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) e pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), que representava a sociedade civil.
Do  relatório constavam propostas de desoneração tributária para os três níveis de governo, incluindo para os insumos metroferroviários; redução do preço do diesel para os transportes públicos;revisão da planilha tarifária eexclusão, das tarifas, do pagamento das gratuidades; recursos para investimentos,prioridade do transporte coletivo no trânsito e a criação de um Conselho Nacional de Transportes Urbanos.Tais sugestões, como se sabe, não prosperaram.
Outra tentativa, há dez anos. Uma década mais tarde, exatamente no dia 23 de setembro de 2003, em ato na Câmara dos Deputados, foram criados o Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), congregando entidades da sociedade civil, e a pluripartidária Frente Parlamentar do Transporte Público, que reforçavam as bandeiras da qualificação e do barateamento dos transportes públicos urbanos.
Em novembro 2003,houve a criação, em nível de governo federal, sob a coordenação da  Secretaria de Assuntos Federativos, órgão da Presidência da República, de um grupo de trabalho encarregado de empreender nova tentativa de lidar com a equação ‘qualidade versus tarifa’.
Dessa vez,a iniciativa reunia os ministérios das Cidades,Fazenda,Minas e Energia e do Trabalho,contando com a participação, novamente, da Frente Nacional de Prefeitos, do Fórum Nacional de Secretários, e da ANTP, além dos recém-criadosMDT e Frente Parlamentar dos Transportes Públicos. O grupo reproduziu algumas das propostas feitas 10 anos antes, acrescentando outras igualmente importantes.
O conjunto de sugestões incluía: desoneração tributária, redução do preço do diesel em 50%, revisão da planilha tarifária, extinção das gratuidades dos carteiros e proibição de novas gratuidades, valorização do vale Transporte. Esperava-se, com essas medidas uma redução de 20% no valor das tarifas para os usuários.
Agregou-se ainda uma proposta de aumento 10 centavos de real no preço da gasolina vendida aos proprietários de automóveis particulares para que se pudesse redução de 10% nas tarifas do transporte público em todo território nacional; tal sugestão foi rechaçada pela Petrobras, que tem mantido seu foco em garantir subsídios ao preço da gasolina (122% em 12 anos) enquanto aumentou o  diesel no mesmo período em  250% para um IPCA de 125% (IPEA NT 2/7/2013). As propostas contidas no relatório final do grupo foram encaminhadas ao governo federal, mas, como havia ocorrido uma década antes, também não frutificaram.
Sequência. Irmanados, o MDT e a Frente Parlamentar dos Transportes Públicos seguiram levando suas propostas de barateamento e de qualificação dos serviços de transportes público para a sociedade e para os governos. Em seu primeiro manifesto, o MDT apresentou cinco eixos de luta e, passados dez anos, é possível identificar conquistas referentes a alguns desses eixos.
Um dos eixos, concernente ao preço das passagens, diz respeito o “barateamento das tarifas para inclusão social”, mostrando ser possível reduzir pela metade o custo do transporte para o usuário com medidas objetivas: 18% de redução de tributos, 20% com os usuários deixando de pagar as gratuidades, e 12% com a redução em 50% do preço do diesel. Dessas propostas, algumas foram concretizadas há pouco tempo: medida governamental ocasionou desoneração tarifária de 7,65%,referentes ao PIS/CONFINS e à redução do pagamentodos encargos sociais pelas empresas de transporte, que passaram a pagar pelo faturamento e não sobre a folha de salários.
Há em perspectiva o projeto de lei originário da Câmara (PLC 310/09) – aprovado no Senado e que deverá retornar à Câmara para, espera-se, completar rapidamente a tramitação no Congresso– que ocasionará mais 15% de redução tarifária.
Outro eixo de luta do MDT diz respeito à mobilidade para todos e quanto a ele é preciso destacar a aprovação da Lei da Mobilidade Urbana (Lei 12.587/12), que, entre outros dispositivos, prioriza o transporte não motorizado e o transporte público no uso do sistema viário.
A Lei de Mobilidade Urbana também cria as condições para que se atendaum terceiro eixo de luta do MDT: ” prioridade ao transporte público no trânsito”. Se implantadas pelas administrações públicas, as vias exclusivas para ônibus com monitoramento eletrônico de invasão de faixa poderão garantir o dobro da velocidade para os ônibus, com diminuição de quase 50% no consumo do diesel, significando somente nesse item,redução de 12% nas tarifas. De quebra, haverá diminuição da poluição ambiental e melhora efetiva da qualidade do serviço, com menor tempo de viagem.
Como faz há dez anos, o MDT e as entidades que compõem o seu Secretariado Nacional têm buscado contribuir de varias formas para atender ao clamor das ruas por transportes mais baratos e com qualidade. São ações, sobretudo, de natureza técnica e política, no campo do esclarecimento quanto aos ganhos que se poderá obter com a priorização, a qualificação e o barateamento do transporte público em nossas cidades.
Nesta edição, trazemos alguns exemplos desse trabalho persistente. Várias entidades integrantes do MDT fazem parte do Comitê Técnico Nacional de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, do Conselho Nacional das Cidades, que se reuniu no início de junho; essas organizações levam ao Comitê e ao Conselho as suas propostas e têm se mostrado dispostas atuar nos espaços participativos oficiais que podem redundar em avanços quanto ao que recentemente se convencionou chamarde ‘pacto pela mobilidade’.
Junto com outras organizações, o MDT participou no final de junho de audiência concedida aos movimentos sociais pela presidente Dilma Rousseff, ocasião em pôde apresentar seus pontos de vista e propostas.
Em junho e inicio de julho varias das entidades que compõem o Secretariado o MDT,lançaram manifestações públicas sobre o momento político da Mobilidade como a  Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (SEESP) e o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). E em julho o MDT junto com o Sindicato dos Engenheiros da Bahia (SENGE-BA) promoverão em Salvador o seminário ” Tarifa Zero e a Mobilidade Sustentável” – que debaterá a como construir a Mobilidade Sustentável ao mesmo tempo que se se analisa os desafios de implantar a Tarifa Zero e todas as implicações de seu financiamento diante das condições vividas pelo País.
O otimismo é um dos ingredientes essenciais das lutas de alcance social. Ao nascer, o MDT queria contribuir para que o direito ao transporte público de qualidade fizesse parte da agenda sócio econômica do País. Hoje, o MDT está otimista em ver que várias de suas principais propostas vêm, finalmente, ganhando maior espaço na sociedade e diante dos governantes, caminhando para se transformarem em realidade. Mas tem clareza de que as dificuldades ainda são muito grandes e que o empenho deve ser redobrado.


 Editorial “Movimentando” junho 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Com menos trânsito, tarifa de ônibus poderia ser R$ 2 em SP


As manifestações seguem pelo Brasil e as bandeiras se diversificaram (algumas até foram queimadas). Mas aqui no blog, sigo falando de mobilidade, pois acredito que o levante nacional é uma oportunidade de se aprofundar na compreensão de velhos problemas. E o trânsito de São Paulo é um deles.
A tarifa de ônibus baixou de novo. Para mim, o que há de mais nobre nessa redução é a disposição do prefeito em abrir os gastos com transportes, para que todo mundo os compreenda, e quebrar o oligopólio das empresas concessionárias (como defendeu a filósofa Marilena Chauí). E seria ótimo se a lógica "vamos tirar dinheiro da saúde e transferir para os transportes” caísse por terra. Mobilidade também é um problema de saúde pública. (Só para lembrar um dado já citado pelo médico Paulo Saldiva: 80% dos leitos do SUS são ocupados por vítimas dos poluentes emitidos no congestionamento paulistano). A cidade é um organismo interdisciplinar.
Eu tinha prometido escrever sobre soluções. Antes, no entanto, vamos compreender duas questões chave.
Primeiro: quem paga as passagens de ônibus?
De acordo com dados da SPTrans, em apenas 25% dos deslocamentos de ônibus é paga a tarifa inteira. Nas demais viagens, os custos são pagos com Vale Transporte (a empresa paga e desconta 6% do salário do funcionário), Bilhete Único (a segunda viagem em um período de 2 horas não é paga pelo usuário), integração e por isenções parciais ou totais para grupos como estudantes e idosos. Claro, esse é um dado quantitativo, não há uma leitura qualitativa de quem são as pessoas que fazem essas 25% das viagens pagas integralmente. Eu chuto: são trabalhadores informais e autônomos. Se for assim, seriam os principais prejudicados pela tarifa alta, ainda que incluam nos preços de seus serviços o valor da passagem. Aliás, pior, com a tarifa alta demais, pode acabar ficando mais barato ir de carro – piorando ainda mais o trânsito. Seja como for, a redução da tarifa não ataca o problema central: a má qualidade de serviço de ônibus. Talvez ela seja um passo em direção a uma gestão mais participativa e transparente – pauta importantíssima, claro. Mas a lata de sardinha a 13 km/h no horário de rush seguirá sendo a mesma.
Segundo: por que a tarifa é cara?

Como mostrei no último post, o que mais encarece a tarifa dos ônibus em São Paulo é o custo da mobilidade. A cidade é deformada (empregos no centro, pessoas na periferia), a as ruas são mal priorizadas (150 km de corredores x 17 mil km de ruas e avenidas) e andar de carro muito barato (a gasolina é subsidiada e motoristas não pagam pelas externalidades dos seus deslocamentos, como fazem em Londres com o pedágio urbano). Gastar dinheiro público subsidiando a gasolina é inadmissível (esse dinheiro tinha que estar construindo mais corredores), mas o pedágio urbano, é importante lembrar, não seria aplicável nesse momento a São Paulo: não dá para cobrar a conta de quem está de carro sem melhorar a oferta dos ônibus antes. E isso se faz aumentando sua velocidade. Priorizando melhor as vias, com mais corredores. De acordo com o assessor da Associação Nacional dos Transportes Públicos, Eduardo Vasconcelos, o congestionamento de São Paulo encarece o custo total dos deslocamentos de ônibus por passageiro em pelo menos R$ 1. Segundo ele, ao brigar por espaço com os carros no trânsito, os ônibus têm sua velocidade reduzida, o que demanda uma frota maior para transportar as pessoas. Se a velocidade média dos ônibus aumentasse, a economia na tarifa seria muito maior do que os 20 centavos conquistados, podendo chegar aos R$ 2.
Natália Garcia, do blog Cidades para Pessoas / Planeta Sustentável

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Presidente Executivo da NTU, membro do secretariado do MDT, discursa em Seminário Nacional da entidade em nome da qualidade do transporte


Durante a abertura do Seminário Nacional NTU 2013, no dia 4 de julho, o presidente executivo, Otávio Cunha, em discurso para cerca de 400 pessoas falou sobre os desafios de se oferecer um serviço de transporte coletivo urbano de qualidade e das dificuldades que o setor tem enfrentado ao longo dos anos para que isso aconteça. No mesmo dia, e com o mesmo teor, a NTU divulgou uma Manifestação Pública. Leia discurso na íntegra.


Otávio Cunha - Presidente Executivo da NTU
 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Comissão do Senado aprova Projeto de Lei que deve diminuir o custo do transporte público


A redução de tarifas de transporte público por meio de desoneração tributária federal foi aprovada dia 25 passado, por unanimidade e em caráter terminativo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

De acordo com o PL, fica instituído o Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros (Reitup) com isenção de tributos, que deve diminuir o custo do transporte público. A desoneração não é obrigatória e valerá apenas para os estados que aderirem ao regime.

O projeto de lei tramita no Congresso há dez anos, mas sua apreciação e aprovação na CAE foram aceleradas por causa da onda de manifestações que começaram após o anúncio de reajuste das tarifas em São Paulo.

Para entrar em vigor, o PL que desonera os custos para empresas de transporte público tem de voltar a uma comissão especial da Câmara, devido às emendas feitas ao texto. Dentre elas, estão mais transparência nas planilhas de custo das empresas; auditoria externa para empresas de serviços de transporte público em municípios com mais de 500 mil habitantes; aplicação da Lei de Acesso à Informação a contratos com essas empresas; divulgação de planilha de custos e receitas inclusive para estados que não aderirem ao regime; e participação social no processo de cálculo. Depois de passar pela comissão especial da Câmara, o projeto segue para sanção presidencial.

O projeto prevê que as empresas que prestam serviço de transporte público vão ter isenção do Programa de Integração Social (PIS), do Programa de Formação do Patrimônio do Funcionário Público (Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre as tarifas de serviço (como energia elétrica) e sobre a aquisição de insumos e bens e equipamentos; e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para a compra de óleo diesel. O PL prevê ainda a criação do bilhete único de transporte.

As empresas prestadoras de serviço também precisão passar por licitação para ser contratadas. Atualmente, estima-se que 90% dessas empresas não tenham passado por qualquer tipo de processo seletivo concorrencial. Na última audiência sobre o tema, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, estimou que, se for aprovada, a nova medida deverá gerar redução de R$ 0,10 a R$ 0,15 no preço das passagens.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Famílias pobres gastam 13% da renda com transporte público

Financiamento do serviço de transporte público urbano foi debatido nesta quinta-feira, 4, no Ipea

Para a parcela de famílias que corresponde aos 10% mais pobres do país, o impacto médio do gasto com transporte público na renda domiciliar é de 13,5%, enquanto a média total, que inclui famílias de todos os níveis de renda, é de 3,4%.

A informação foi divulgada hoje durante a apresentação da Nota Técnica – Tarifação e financiamento do transporte público urbano, realizada na sede do Ipea, em Brasília.

Entre os anos de 2003 e 2009 esse impacto foi minimizado, graças ao aumento geral de renda verificado em todo o país, mas o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, que apresentou o estudo, avalia que o comprometimento anda é muito elevado.

Leia a "Nota Técnica – Tarifação e financiamento do transporte público urbano"

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Bandeira de luta pelo barateamento das tarifas avança com a aprovação no Senado do PLC 310/09



A ANTP esteve representada pelo Coordenador do Escritório de Brasília e Coordenador do MDT , Nazareno Affonso na votação do PLC 310/09 na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado do PLC 310/09 no dia 02 de julho ,conhecido como REITUP - Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros - a lei do barateamento das tarifas. Após quase três horas de debates foi aprovado o substitutivo do Senador Lindenberg por unanimidade, com algumas emendas.


Estiveram também prestigiando a votação os dirigentes da Frente Nacional de Prefeitos representada pelo seu presidente e prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT) e pelos prefeitos de São Paulo, Fernando Haddad (PT); de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB);Sebastião-Guarulhos;e pelas prefeitas de Ribeirão Preto e Guarujá. Na ocasião o prefeito de São Paulo defendeu que além da aprovação desse projeto , deveriam juntar forças para a CIDE Combustível sobre a gasolina passe a financiar o transporte público. Hoje a CIDE é utilizada para baratear a gasolina.

O projeto propõe desonerar tributos das três esferas de governo da ordem de 15% que se soma as desonerações já realizadas pelo Governo Federal do PIS/CONFINS e a desoneração da folha de pagamento que somam 7,5%. Com o projeto as prefeituras e Estados podem reduzir da ordem de 22% de suas tarifas.

Aprovado em caráter terminativo, o projeto deve seguir direto para a Câmara dos Deputados, se não houver apresentação de recurso para que a matéria seja apreciada no plenário do Senado , o que não se espera que aconteça porque foi aprovado por unanimidade pelos senadores de situação e oposição.


O projeto propõe a desoneração dos tributos federais e estaduais, mediante o enquadramento no Regime Especial de Incentivos para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros -REITUP, exige um pacto federativo entre os entes governamentais para terem as isenções tributárias. Assim os Estados e municípios deverão isentar os seus tributos que incidem no preço das tarifas.


Esse projeto vem também para qualificar e democratizar o serviço de transporte pois exige transparência e publicitação das planilhas de custos, que os contratos das concessões estejam regularizados (licitados) , que se criem Conselhos de Transporte com participação da sociedade, e que se implante a tarifa única (temporal) ou a integração em terminais pagos.

Essas exigências vem de encontro com a lei de Mobilidade (Lei 12.587/12) que exigem esses pontos e mais Planos de Mobilidade, prioridade do transporte público (fluidez dos ônibus não transito) e não motorizados na ocupação da via pública.

Uma emenda que gerou polêmica foi apresentada pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) propõe o que for gasto pelas Prefeituras e Estados em subsídio da para reduzir tarifa, assim como tudo que for investido em transporte coletivo, poderá ser abatido no máximo de 30% da prestação mensal da dívida de estados e municípios com a União.na opinião do relator ela seria muito difícil a aprovação pelo Governo Federal.

Outra emenda aceita, proposta pelo senador Blairo Maggi ( PR-MT), incentiva a frota verde, ao passar de 5% para 20% o percentual de biodiesel no diesel utilizado no transporte público, que também gerou polêmica pode levar ao encarecimento do valor final do diesel.

Mesmo com esses viés foi considerado uma importante vitória da luta pelo barateamento das tarifas no Brasil que vem sido travada pela ANTP, Frente Parlamentar do Transporte Público, MDT, Fórum Nacional da Reforma Urbana e pelo Conselho das Cidades pela sua aprovação desde sua concepção na Câmara dos Deputados com a autoria do Deputado Carlos Zaratini, enfim como disse o Senador Lindbergh Farias a Agencia Brasil, "Uma vitória para as ruas".

Vejam também a matéria da Agencia Brasil sobre a aprovação do PLC 310/2013

Nazareno Affonso-

terça-feira, 2 de julho de 2013

"Fluidez para o Transporte Coletivo", mais uma bandeira do MDT acontecendo em São Paulo

O prefeito Fernando Haddad (PT) inaugura às 8h desta segunda-feira, 01, a prometida faixa exclusiva para ônibus na Marginal do Pinheiros, que será a maior da cidade, com 21 quilômetros de extensão, quando estiver totalmente concluída. Ela faz parte de um pacote, anunciado na última semana, que prevê que a cidade tenha 220 quilômetros de faixas exclusivas até o final deste ano.

O trecho aberto hoje é na Avenida das Nações Unidas, no trecho entre a Rua Professor Leme da Fonseca e a Avenida Interlagos, na pista sentido Interlagos. Ele tem 3,6 quilômetros. No sentido oposto, em direção da Rodovia Castelo Branco, a faixa é entre as Avenidas Interlagos e Mário Lopes Leão, medindo 4,2 quilômetros de extensão.

Essas faixas vão funcionar apenas nos horários de pico: das 6h às 9h e das 17h às 20h, sempre de segunda a sexta-feira. A previsão da Companhia de Engenharia de Tráfego é que, em breve, a faixa se estenda por toda a pista local da Marginal do Pinheiros, nos dois sentidos.

Por enquanto, não haverá cobrança de multa para os motoristas que não respeitarem a exclusividade das faixas para os ônibus - a Prefeitura trata o momento como uma fase educativa, para que a população "se acostume" com a faixa. Em data a ser definida, a multa será de R$ 53,20, e o motorista terá três pontos anotados em seu prontuário da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Estratégia
 
As faixas exclusivas são a aposta mais barata e de rápida implementação feita pela gestão Haddad para melhorar o serviço dos ônibus. O raciocínio é que, dando mais espaço para os coletivos circularem, a velocidade média deles vai aumentar. E, com os ônibus chegando mais rápido aos pontos, é como se oferta de coletivos aumentasse, o que reduz a superlotação deles. Há ainda a estimativa de redução dos custos operacionais, movimento relevante no momento em que a tentativa de aumento das tarifas foi barrada pelos protestos organizados pelo Movimento Passe Livre (MPL).O aspecto negativo das faixas é que elas retiram espaço de circulação para os carros - o que, em tese, aumenta o tamanho dos congestionamentos.

Embate

Prevendo eventual repercussão negativa na disputa por espaço entre os carros e os ônibus, o prefeito Haddad declarou anteontem, em visita a uma escola de São Miguel Paulista, extremo leste da cidade, que a população deve "brigar" pelo transporte coletivo.

"As pessoas vão chegar mais cedo em casa (com as faixas exclusivas). Nessa hora de embate entre o carro e o ônibus eu espero que vocês estejam na rua para defender o transporte, porque a decisão vai ser tomada em favor do transporte público", disse o prefeito.
 Agência Estado
 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Diesel menos poluente será vendido em metade das cidades brasileiras

A partir desta segunda-feira (1º), a comercialização do óleo diesel S-500, com menor teor de enxofre, será obrigatória em mais 385 municípios brasileiros, em substituição ao S-1800.

Atualmente, são três os tipos de óleo diesel comercializados no país, diferenciados pelos teores máximos de enxofre: S-10 (10 partículas por milhão - ppm), S-500 (500 ppm) e S-1800 (1800 ppm).


Redução da emissão

Com a medida, cerca de 3 mil - dos 5.500 municípios brasileiros - reduzem a emissão de poluentes, beneficiando assim o meio ambiente e a saúde da população.
O combustível é utilizado pela frota de caminhões, ônibus e outros veículos de uso rodoviário.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo), em 1º de janeiro de 2014 todo o diesel S-1800 será retirado do mercado brasileiro, substituído pelo S-500.

Diesel S-500

Sete estados brasileiros (a Bahia, o Espírito Santo, Maranhão, a Paraíba, Pernambuco, o Piauí e Sergipe) passam a comercializar exclusivamente o diesel S-500.
Alguns capitais já oferecem exclusivamente o diesel S-10, que é o menos poluente de todos.
A introdução do diesel com menor teor de enxofre vem sendo feita desde 2006. Naquele ano, o S-500 passou a ser comercializado em 237 municípios de regiões metropolitanas.

Com informações da Agência Brasil -