Houve uma queda de cerca de 30% na utilização do transporte público no Brasil nos últimos dez anos, segundo estudo divulgado pelo Instituto de Política Econômica Aplicada – IPEA. Na questão dos investimentos no transporte coletivo houve avanços em 2011, mas é preciso caminhar mais ainda. A mobilidade urbana teve positivos desafios. O PAC da Copa teve disponível R$ 11 bilhões para utilização em sistemas de transportes estruturais nas cidades-sedes e seu legado mais significativo será fazer com que esses meios de transportes estejam em operação em 2014 para dar qualidade à mobilidade dos cidadãos. Mas, o Governo também incentivoumais a utilização do transporte individual. Um dado da pesquisa mostra que 90% dos subsídios federais para transporte de passageiros são destinados à aquisição e operação de carros e motocicletas. Como conseqüência, o uso de automóveis nas grandes cidades cresce 9% ao ano, enquanto o de motocicleta á saltos de 19%. Em alguns lugares, dependendo do trajeto que se faça, sai mais barato usar moto ou até mesmo carro do que o ônibus, metrô A renda da população está aumentando e, se não houver políticas no sentido de melhorar e incrementar o transporte público, essa situação vai se deteriorar ao ponto em que teremos cidades inviáveis. A política de combustíveis também contribuiu para o encarecimento do transporte público, pois, segundo o estudo, os ônibus movidos a diesel estão presentes em 85% dos municípios do país e representam o principal meio de transporte de massas nas grandes cidades. Segundo o IBGE, o preço do óleo diesel subiu 50% a mais que o da gasolina nos últimos 10 anos. Somente cerca de 8% do diesel consumido no Brasil vai para o transporte público, e isso nos permite afirmar que é bem possível subsidiar a compra de diesel para o setor do transporte público e, assim, baratear as passagens. Sem maiores investimentos e sem políticas públicas de mobilidade urbana por parte do governo federal, será muito difícil atender à demanda que não para de crescer. Os dados da mortalidade no trânsito, divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, mostram que, infelizmente, nossos números continuam acima do aceitável. O MDT espera que em 2012 o Brasil definitivamente eleja a mobilidade urbana como o grande tema de utilidade pública e que se mantenham constantes os investimentos para solucionar a questão da circulação nas cidades. Essa é a nossa grande esperança. Cristina Baddini Lucas - Assessora do MDT |
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
2012 e a mobilidade urbana
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Nós além de precenciarmos, vemos em noticiarios e afins o estado em que se encontra as cidades. Se o Governo não tomar providências quanto a isso as cidades vão parar. A corrupção nesse país, desde os pequenos até os grandes poderosos e mafiosos é que impede um desenvolvimento. O povo precisa urgentemente de ATITUDE, e é pra ontem.
ResponderExcluirGrata,
Flavia.